1435 - MARCO AURÉLIO

Ao dar os primeiros passos como sénior ao serviço do Internacional de Porto Alegre, Marco Aurélio Berg, nessa temporada de 1968, encetaria uma caminhada que, nos primeiros anos, seria percorrida em emblemas do seu país natal. Ainda ligado contratualmente à agremiação do Estado do Rio Grande do Sul, a campanha de 1970 seria dividida entre o “Colorado” e o Náutico de Rio Pardo. Seguir-se-iam, após um pequeno regresso ao Estádio Beira-Rio, o resto da época de 1971 com as cores do América de Santa Catarina e pouco tempo depois, dando início à fase seguinte do seu trajecto profissional, surgiria a viajem com destino à Europa.
À chegada a Portugal, Marco Aurélio seria apresentado como reforço do Tramagal. A disputar a 2ª divisão, essa época de 1971/72 e a seguinte serviriam para o jogador conseguir demonstrar capacidades merecedoras de emblemas de outra monta. Ainda assim, a transferência para o FC Porto não deixaria de constituir uma surpresa. Com a entrada nas Antas a ocorrer na campanha de 1973/74, rapidamente o médio emergiria como um dos predilectos de Béla Guttmann. Contudo, a ida para o comando técnico dos “Dragões” de Aimoré Moreira e, com o despedimento deste, de Monteiro da Costa, o atleta acabaria por perder alguma preponderância no alinhamento da equipa portuense.
Os 3 anos passados no Varzim, onde encontraria o treinador António Teixeira, serviriam para voltar a sublinhar o médio como um intérprete de grande habilidade. Muito para além desse acréscimo de valor, Marco Aurélio também entraria para a história dos “Lobos-do-mar”. Ao lado de nomes sonantes do futebol luso, como Lima Pereira, Fonseca, Festas ou Ibraim Silva, o jogador ajudaria o clube do listado alvinegro a atingir, com o termo da temporada de 1976/77, a melhor prestação de sempre no Campeonato Nacional, ou seja, o 7º lugar da tabela classificativa.
As boas prestações no emblema sediado na Póvoa de Varzim acabariam a patrocinar o regresso de Marco Aurélio ao FC Porto. Logo nessa época de 1978/79, onde conseguiria convencer José Maria Pedroto a dar-lhe um lugar no “onze”, o médio viveria um episódio que viria a condicionar o resto da sua carreira. Num lance disputado com o benfiquista Toni, o brasileiro acabaria com uma grave fractura da tíbia e do perónio. A lesão entregá-lo-ia a um largo período de recobro e nem a comemoração da vitória no Campeonato Nacional conseguiria aligeirar a gravidade das mazelas.
Apesar de ter voltado ao activo na temporada de 1979/80, as prestações de Marco Aurélio nunca mais recuperariam os índices exibicionais de outrora. Após deixar o FC Porto com o termo da campanha mencionada no começo deste parágrafo, o médio, com mudanças de emblema a cada ano cumprido, encetaria uma fase em que a errância seria a nota dominante. Nessa sequência, o Vitória FC orientado por Rodrigues Dias, tornar-se-ia na derradeira colectividade onde o jogador participaria em pelejas primodivisionárias. Seguir-se-iam, numa caminhada que findaria em 1985, o Juventude de Évora, o Nacional da Madeira, o Vilanovense e o Barreirense.

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