1508 - MIGUEL FIDALGO

Produto das “escolas” do Nacional da Madeira, Miguel Fidalgo, que, no ataque, podia posicionar-se à direita ou num lugar mais central, subiria à equipa principal dos insulares na temporada de 2000/01. Na Choupana, a disputar a divisão de Honra, o jovem atleta, nas duas primeiras campanhas como sénior, não conseguiria conquistar muitas oportunidades no conjunto orientado por José Peseiro. Mesmo tapado por atletas mais experientes, casos de Serginho Cunha, Herivelto ou Rômulo, o potencial demonstrado levá-lo-ia a ser chamado às jovens selecções portuguesas. A trabalhar sob a alçada da dupla Rui Caçador/Francisco Ramos, o atacante seria convocado para a edição de 2002 do Torneio de Toulon. No embate agendado a 12 de Maio, o atleta, ao lado de Moreira, Ricardo Costa, Miguelito, Carlos Martins, Manuel José, Mário Sérgio ou Bruno Aguiar, entraria como titular no embate frente a Inglaterra e, apesar da derrota por 1-0, o jogo serviria para adicionar ao seu currículo 1 internacionalização no escalão sub-20.
À procura de jogar mais, Miguel Fidalgo, na temporada de 2002/03, encetaria o primeiro de vários empréstimos. Ao serviço do Camacha, o avançado completaria duas épocas, com os resultados apresentados a justificarem o seu regresso ao emblema funchalense. De volta aos “Alvinegros”, o jogador apanharia o clube no patamar maior do futebol luso. Nesse sentido, seria na intendência do treinador Casemiro Mior que o atleta faria a estreia na 1ª divisão. Porém, apesar do feito registado no decorrer da época de 2004/05, a verdade é que o atacante continuaria sem segurar um lugar como titular. A solução, mais uma vez, emergiria de novas cedências e os cipriotas do AEK Larnaka e o União da Madeira, respectivamente nas campanhas de 2006/07 e 2007/08, surgiriam a preencher o seu itinerário.
Ao repetir a senda de anos anteriores, Miguel Fidalgo regressaria ao Nacional na temporada de 2008/09, para, depois de contribuir para o histórico 4º lugar no Campeonato Nacional, ser novamente emprestado. Dessa feita, seguindo os passos do seu colega Bruno Amaro, seria o plantel de2009/10 da Académica de Coimbra a recebê-lo. Na “Cidade dos Estudantes”, mesmo com uma primeira temporada algo modesta, a insistência de André Villas-Boas para que continuasse no clube fá-lo-ia, após terminar a ligação à agremiação madeirense, rubricar um novo contrato com a “Briosa”. Curiosamente, seria sob a alçada de Jorge Costa que a época seguinte começaria para o conjunto conimbricense. No entanto, a mudança de técnico não afectaria o avançado. Aliás, a campanha de 2010/11, durante a qual conquistaria um lugar no “onze”, acabaria por ser um dos melhores ciclos do jogador.
Estranhamente, o jogador, que apenas tinha assinado um contrato de um ano com a Académica, ao invés de continuar em Coimbra, decidiria mudar de cidade e de emblema. Todavia, o ano passado ao serviço do Vitória Futebol Clube, tornar-se-ia numa quase nulidade para o jogador. Sem qualquer partida disputada na temporada de 2011/12, Miguel Fidalgo abalaria de Setúbal para regressar a um emblema já antes envergado por si. De volta ao União da Madeira, a ligação encetada na campanha de 2012/13 abriria caminho para aquele que viria a tornar-se no laço mais representativo da sua caminhada competitiva. Com a camisola amarela e azul, o avançado seria muito importante para o regresso do emblema funchalense ao convívio com os “grandes”. Orientado por Norton de Matos, 2015/16, num trajecto com um total de 7 épocas na 1ª divisão, tornar-se-ia no derradeiro ano do atacante a competir no degrau maior. De seguida, com a carreira a aproximar-se do fim, o jogador, sempre num par de anos, teria ainda tempo para retornar ao Camacha e para no União da Madeira, com o termo das provas agendadas para 2019/20, “pendurar as chuteiras”.

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