Começaria a jogar profissionalmente na época de 1971. Como atleta da equipa principal do Santo André, Ademir Vieira rapidamente começaria a revelar boas qualidades. Contudo, apesar das qualidades patentes, a sua mudança para Portugal seria resultado de um episódio bem caricato e a envolver Luiz Antônio, o seu irmão mais velho – “O meu irmão é que devia ter ido para o Olhanense, acho que por intermédio do Juan Figer, um empresário uruguaio. Ele soube que o guarda-redes principal do clube estava suspenso e indicou o meu irmão para lá. Mas à última da hora o negócio caiu, porque o Rodrigues, o tal guarda-redes, foi perdoado (…). Apesar de o meu irmão não ter sido contratado, as pessoas do Olhanense perguntaram-lhe se ele conhecia algum avançado bom. E ele indicou o irmão. Eu”*.
Em Portugal a partir da temporada de 1972/73, Ademir começaria a destacar-se num Olhanense ainda a disputar a 2ª divisão. Com um interregno estival, tão normal nessa altura, para, na North American Soccer League, integrar o plantel de 1974 do Toronto Metros, o avançado ainda passaria outras 2 temporadas no Algarve. Ao fim desse par de campanhas, ambas na 1ª divisão, as prestações conseguidas levá-lo-iam a ser cobiçado por diversos emblemas lusos. Com o Sporting, o Benfica, o Vitória Sport Clube e o Boavista no seu encalço, seria o FC Porto a convencê-lo a mudar de ares. Com a chegada à “Invicta” a acontecer na época de 1975/76 e com António Oliveira e Cubillas a apresentarem-se como os principais competidores por um lugar no “onze”, o atacante revelaria algumas dificuldades para conseguir agarrar a titularidade. Porém, a mudança de posição, perpetrada por José Maria Pedroto, pô-lo-ia a jogar mais recuado no terreno de jogo e, com essa alteração, o atleta assumiria um papel de maior relevância no grupo de trabalho “azul e branco”.
Apesar de ter somado números bem positivos durante as 3 campanhas ao serviço dos “Dragões”, durante as quais também ajudaria a vencer a Taça de Portugal de 1976/77, houve um momento em especial que acabaria por marcar toda a sua passagem pelo FC Porto. Numa altura em que imperava o longo jejum da equipa sem ganhar o principal troféu do calendário futebolístico português, a 28ª jornada de 1977/78 assumir-se-ia como de fulcral importância para dar um fim a esse interregno. Nas Antas, frente ao Benfica, os “Azuis e Brancos”, resultado de um autogolo de Simões, começariam a perder. Já bem perto do fim do jogo, na sequência de um livre por si marcado, a bola é rechaçada por Alberto. Todavia, o esférico voltaria à proximidade do médio-ofensivo que, com um potente remate sem preparação, bateria o guardião Fidalgo e, desse modo, ajudaria a sua equipa a dar um passo de gigante na direcção de um título que, há 19 anos, fugia à colectividade portuense.
Curiosamente, apesar de ser um dos mais utilizados, Ademir, antes ainda do fim da temporada de 1977/78 decidiria rubricar um contrato com o Boavista. Apesar da tentativa dos responsáveis do FC Porto para reverter a situação, o atleta acabaria mesmo por deixar o clube. Contudo, o destino de jogador não seria o Bessa e transferido de imediato pelos “Axadrezados”, a Espanha e o Celta de Vigo transformar-se-iam na sua nova morada.
Depois de 4 temporadas cumpridas na Galiza, Ademir tornaria a Portugal e ao Algarve. De novo a envergar as cores do Olhanense, o jogador entraria na derradeira etapa da carreira competitiva. Sem voltar, desde o regresso, a experimentar o contexto primodivisionário, o médio-ofensivo, antes de “pendurar as chuteiras”, ainda teria tempo para representar o Louletano e o Imortal. Após decidir pôr um ponto final na caminhada enquanto praticante, o antigo atleta voltar-se-ia para as tarefas de técnico. Nessas funções, como adjunto, passaria pelo Olhanense, para de seguida, em agremiações de menor monta, assumir os encargos de treinador-principal. Já de novo no Brasil, mantendo-se ligado à modalidade, seria responsável pela criação de 2 “escolas” de futebol.
*retirado da entrevista conduzida por Pedro Jorge da Cunha, publicada a 2/12/2021, em https://maisfutebol.iol.pt
Em Portugal a partir da temporada de 1972/73, Ademir começaria a destacar-se num Olhanense ainda a disputar a 2ª divisão. Com um interregno estival, tão normal nessa altura, para, na North American Soccer League, integrar o plantel de 1974 do Toronto Metros, o avançado ainda passaria outras 2 temporadas no Algarve. Ao fim desse par de campanhas, ambas na 1ª divisão, as prestações conseguidas levá-lo-iam a ser cobiçado por diversos emblemas lusos. Com o Sporting, o Benfica, o Vitória Sport Clube e o Boavista no seu encalço, seria o FC Porto a convencê-lo a mudar de ares. Com a chegada à “Invicta” a acontecer na época de 1975/76 e com António Oliveira e Cubillas a apresentarem-se como os principais competidores por um lugar no “onze”, o atacante revelaria algumas dificuldades para conseguir agarrar a titularidade. Porém, a mudança de posição, perpetrada por José Maria Pedroto, pô-lo-ia a jogar mais recuado no terreno de jogo e, com essa alteração, o atleta assumiria um papel de maior relevância no grupo de trabalho “azul e branco”.
Apesar de ter somado números bem positivos durante as 3 campanhas ao serviço dos “Dragões”, durante as quais também ajudaria a vencer a Taça de Portugal de 1976/77, houve um momento em especial que acabaria por marcar toda a sua passagem pelo FC Porto. Numa altura em que imperava o longo jejum da equipa sem ganhar o principal troféu do calendário futebolístico português, a 28ª jornada de 1977/78 assumir-se-ia como de fulcral importância para dar um fim a esse interregno. Nas Antas, frente ao Benfica, os “Azuis e Brancos”, resultado de um autogolo de Simões, começariam a perder. Já bem perto do fim do jogo, na sequência de um livre por si marcado, a bola é rechaçada por Alberto. Todavia, o esférico voltaria à proximidade do médio-ofensivo que, com um potente remate sem preparação, bateria o guardião Fidalgo e, desse modo, ajudaria a sua equipa a dar um passo de gigante na direcção de um título que, há 19 anos, fugia à colectividade portuense.
Curiosamente, apesar de ser um dos mais utilizados, Ademir, antes ainda do fim da temporada de 1977/78 decidiria rubricar um contrato com o Boavista. Apesar da tentativa dos responsáveis do FC Porto para reverter a situação, o atleta acabaria mesmo por deixar o clube. Contudo, o destino de jogador não seria o Bessa e transferido de imediato pelos “Axadrezados”, a Espanha e o Celta de Vigo transformar-se-iam na sua nova morada.
Depois de 4 temporadas cumpridas na Galiza, Ademir tornaria a Portugal e ao Algarve. De novo a envergar as cores do Olhanense, o jogador entraria na derradeira etapa da carreira competitiva. Sem voltar, desde o regresso, a experimentar o contexto primodivisionário, o médio-ofensivo, antes de “pendurar as chuteiras”, ainda teria tempo para representar o Louletano e o Imortal. Após decidir pôr um ponto final na caminhada enquanto praticante, o antigo atleta voltar-se-ia para as tarefas de técnico. Nessas funções, como adjunto, passaria pelo Olhanense, para de seguida, em agremiações de menor monta, assumir os encargos de treinador-principal. Já de novo no Brasil, mantendo-se ligado à modalidade, seria responsável pela criação de 2 “escolas” de futebol.
*retirado da entrevista conduzida por Pedro Jorge da Cunha, publicada a 2/12/2021, em https://maisfutebol.iol.pt
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