1511 - BOTELHO

Com boa parte do percurso formativo cumprido com as cores do Belenenses, Marco Botelho, filho do também guardião António Botelho, seria, ainda como elemento das camadas jovens dos “Azuis”, chamado aos trabalhos das equipas sob a intendência da Federação Portuguesa de Futebol. Integrado nos sub-17, o jovem guarda-redes, ao lado de outras promessas como Bruno Caires, Nuno Gomes ou Dani, faria parte do conjunto convocado para a disputa da edição de 1992 dos Jogos da CPLP. Orientado por José Alberto Costa, o atleta participaria nas jornadas frente a Cabo Verde e à Guiné-Bissau e desse modo enriqueceria o seu currículo com 2 internacionalizações.
No que diz respeito ao percurso clubístico, Botelho, ajudado pelos bons predicados revelados, acabaria, ainda em idade de júnior, por estrear-se na equipa principal do Belenenses. Depois desse arranque na temporada de 1994/95, o guarda-redes ver-se-ia emprestado a outras colectividades. As passagens pelo Oriental e pelo Santa Clara, ambos na disputa da 2ª divisão “B”, seriam suficientes para justificar o seu regresso ao Restelo. Nessa temporada de 1997/98, inicialmente orientado por Stoicho Mladenov para, com a saída deste, passar a ser treinado por Manuel Cajuda, o atleta começaria a dar sinais de estar a conquistar um lugar no “onze”. Como titular, teria uma noite inesquecível frente a um FC Porto a trabalhar para o “Penta”. Porém, a descida de escalão, resultado do último lugar no Campeonato Nacional, alteraria definitivamente o curso da sua caminhada competitiva e a contratação do brasileiro Marco Aurélio viria dificultar a expectável afirmação.
Já de volta ao escalão máximo, a segunda metade da campanha de 2000/01, significaria, para o jogador, o início de outra senda de empréstimos a agremiações a disputar os escalões secundários. Vitória Futebol Clube, Portimonense, Santa Clara e Louletano antecederiam o fim da ligação contratual ao emblema lisboeta. Daí em diante, dando seguimento aos últimos anos da caminhada desportiva, Marco Botelho manter-se-ia pelas divisões inferiores. Maia, Lagoa, Pinhalnovense, Atlético e Oriental preencheriam as derradeiras etapas de uma carreira que, no plantel do Amora de 2014/15, por razão de duas hérnias cervicais, conheceria o fim.
Sem abandonar o futebol, Botelho manteria a ligação à modalidade como treinador de guarda-redes. Num trajecto curto, o antigo guardião, nas novas funções, ainda estaria ligado ao Pinhalnovense, Amora e Cova da Piedade. Paralelamente abraçaria as mais diversas profissões que o levariam a ter experiências nas áreas da restauração, serralharia, distribuição de pão ou na construção civil.

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