1621 - LEITÃO

Cumprido o trajecto formativo com as cores do Sporting, João António Rodrigues Leitão veria Armando Ferreira a chamá-lo aos desafios agendados para os seniores. Após a estreia pela equipa principal dos “Leões” a ocorrer na temporada de 1966/67, o avançado manter-se-ia por mais uma campanha ao serviço dos homens de Alvalade. No entanto, a presença no plantel de praticantes mais traquejados, a exemplo Marinho, Lourenço, Figueiredo ou Fernando Peres, inviabilizaria a afirmação do jovem futebolista no grupo de trabalho. Nesse contexto, a falta de presenças em campo no conjunto já às ordens de Fernando Caiado, levá-lo-ia a procurar um novo rumo para a carreira e o União de Tomar emergiria como a melhor opção para o atacante.
Nos “Nabantinos” a partir de 1968/69, Leitão, a trabalhar sob a alçada de Oscar Tellechea, depressa conseguiria assumir-se como parte importante dos desígnios do clube. A disputar a 1ª divisão, a colectividade ribatejana, ao contar com outros elementos chegados, nesse ano, de Alvalade, casos de Barnabé e Caló, cumpriria os objectivos traçados para a manutenção. Já a época seguinte desenhar-se-ia de formas bem distintas para o jogador e para o colectivo. No que diz respeito ao avançado, a campanha de 1969/70 até seria proveitosa, com a titularidade alcançada em boa parte das jornadas a deixá-lo com boa aferição. Em sentido oposto, no que concerne à equipa, nem mesmo a entrada de Fernando Cabrita para o comando técnico iria alterar o rumo descendente do União de Tomar e o último lugar da tabela classificativa tornaria a descida num facto inalterável.
A despromoção da equipa sediada na “Cidade dos Templários” empurraria o desportista de novo para a Lisboa. Com a entrada na Tapadinha a acontecer na temporada de 1970/71, o jogador, ainda assim, não evitaria a 2ª divisão. De forma engraça, a época seguinte ditaria o regresso tanto do Atlético, como da sua antiga colectividade, ao convívio com os “grandes”. De volta ao degrau maior do futebol luso, Leitão, ao envergar a camisola do emblema alcantarense, mais uma vez traria os bons números à sua caminhada. Todavia, mesmo ao vincar-se como um intérprete de natureza primodivisionária, o atacante, com o termo das provas executadas no decorrer de 1972/73, não evitaria nova descida. Após tal desaire, ainda manteria a ligação ao emblema “alfacinha” por mais um ano e, após a passagem pelo patamar secundário, ao trajecto do atleta surgiria outra agremiação.
A entrada no plantel de 1974/75 da CUF, sucedida da temporada de 1975/76 com as cores do Belenenses, serviria para que Leitão somasse mais um par de campanhas na 1ª divisão. Curiosamente, as referidas épocas trariam ao palmarés do avançado o mesmo título, com o emblema barreirense e a colectividade do Restelo a vencerem as respectivas “poles” da Taça Intertoto. De seguida, com o currículo do jogador a contar com 8 campanhas no patamar máximo, emergiria um novo ingresso nos escalões inferiores. Numa senda a dar continuidade à errância verificada em anos anteriores, Estrela de Portalegre, Desportivo de Chaves e União de Leiria afirmariam em definitivo a ligação do atleta às pelejas secundárias. Sem cambiar de universo competitivo, o atacante, com a passagem de 3 anos pelo Farense, ainda alimentaria uma fase mais estável na carreira. Por fim, surgiriam aqueles que viriam a tornar-se nos derradeiros capítulos do seu trajecto futebolístico e a experiência ao serviço dos algarvios da Juventude Campinense.

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