É bem verdade que muito do nosso sucesso deve-se ao contexto onde estamos inseridos. O que terá acontecido com Kaudaurov no Benfica é, em certa medida, um bom exemplo disso. Sendo um jogador bem razoável, o internacional ucraniano chegou ao Estádio da Luz numa das fases mais conturbadas da história dos “Encarnados”. Para além da maioria dos elementos que compunham o plantel serem de qualidade duvidosa, também as “Águias” pareciam ter entrado, no seu todo, numa dinâmica perdedora e uma das razões a contribuir para o fracasso colectivo acabaram por ser as constantes mudanças de jogadores e no corpo técnico.
Tantas alterações, em conjunto com a pressão feita pelos adeptos que pediam o regresso às sendas vitoriosas, resultaram numa impaciência que raramente permitiu aos novos atletas qualquer tempo de adaptação. Foi assim com Kandaurov que, contratado ao Maccabi Haifa no mercado de Inverno de 1997/98, chegou a meio da semana para, logo no fim-de-semana seguinte, sem praticamente ter treinado, quanto mais conseguir algum entrosamento com os restantes colegas, ser lançado como titular frente ao FC Porto. Porém, contrariamente àquilo que a equipa obteve, uma derrota por 2-0, a prestação do médio-ofensivo conseguiu mostrar algum valor. Na partida disputada no Estádio das Antas, o atleta, depois de dominar a bola com o peito, aplicou um potente remate e introduziu o esférico nas redes "azuis e brancas". Claro, como já se devem ter percebido, o golo não contou, pois, inexplicavelmente, foi anulado!
Nas três épocas e meia seguintes à sua estreia com a camisola encarnada, o futebolista alternou jornadas de grande qualidade – principalmente nos grandes embates – com jogos em que, incompreensivelmente, ficava apagado. Acabou por ser essa inconstância exibicional que ficou na memória da maioria dos adeptos benfiquistas. Contudo, se Kandaurov tivesse tido a sorte de jogar num Benfica de outra altura da história, penso que a opinião sobre o atleta seria bastante diferente.
Tantas alterações, em conjunto com a pressão feita pelos adeptos que pediam o regresso às sendas vitoriosas, resultaram numa impaciência que raramente permitiu aos novos atletas qualquer tempo de adaptação. Foi assim com Kandaurov que, contratado ao Maccabi Haifa no mercado de Inverno de 1997/98, chegou a meio da semana para, logo no fim-de-semana seguinte, sem praticamente ter treinado, quanto mais conseguir algum entrosamento com os restantes colegas, ser lançado como titular frente ao FC Porto. Porém, contrariamente àquilo que a equipa obteve, uma derrota por 2-0, a prestação do médio-ofensivo conseguiu mostrar algum valor. Na partida disputada no Estádio das Antas, o atleta, depois de dominar a bola com o peito, aplicou um potente remate e introduziu o esférico nas redes "azuis e brancas". Claro, como já se devem ter percebido, o golo não contou, pois, inexplicavelmente, foi anulado!
Nas três épocas e meia seguintes à sua estreia com a camisola encarnada, o futebolista alternou jornadas de grande qualidade – principalmente nos grandes embates – com jogos em que, incompreensivelmente, ficava apagado. Acabou por ser essa inconstância exibicional que ficou na memória da maioria dos adeptos benfiquistas. Contudo, se Kandaurov tivesse tido a sorte de jogar num Benfica de outra altura da história, penso que a opinião sobre o atleta seria bastante diferente.