229 - KANDAUROV

É bem verdade que muito do nosso sucesso deve-se ao contexto onde estamos inseridos. O que terá acontecido com Kaudaurov no Benfica é, em certa medida, um bom exemplo disso. Sendo um jogador bem razoável, o internacional ucraniano chegou ao Estádio da Luz numa das fases mais conturbadas da história dos “Encarnados”. Para além da maioria dos elementos que compunham o plantel serem de qualidade duvidosa, também as “Águias” pareciam ter entrado, no seu todo, numa dinâmica perdedora e uma das razões a contribuir para o fracasso colectivo acabaram por ser as constantes mudanças de jogadores e no corpo técnico.
Tantas alterações, em conjunto com a pressão feita pelos adeptos que pediam o regresso às sendas vitoriosas, resultaram numa impaciência que raramente permitiu aos novos atletas qualquer tempo de adaptação. Foi assim com Kandaurov que, contratado ao Maccabi Haifa no mercado de Inverno de 1997/98, chegou a meio da semana para, logo no fim-de-semana seguinte, sem praticamente ter treinado, quanto mais conseguir algum entrosamento com os restantes colegas, ser lançado como titular frente ao FC Porto. Porém, contrariamente àquilo que a equipa obteve, uma derrota por 2-0, a prestação do médio-ofensivo conseguiu mostrar algum valor. Na partida disputada no Estádio das Antas, o atleta, depois de dominar a bola com o peito, aplicou um potente remate e introduziu o esférico nas redes "azuis e brancas". Claro, como já se devem ter percebido, o golo não contou, pois, inexplicavelmente, foi anulado!
Nas três épocas e meia seguintes à sua estreia com a camisola encarnada, o futebolista alternou jornadas de grande qualidade – principalmente nos grandes embates – com jogos em que, incompreensivelmente, ficava apagado. Acabou por ser essa inconstância exibicional que ficou na memória da maioria dos adeptos benfiquistas. Contudo, se Kandaurov tivesse tido a sorte de jogar num Benfica de outra altura da história, penso que a opinião sobre o atleta seria bastante diferente.

228 - CHERBAKOV

Nunca ninguém saberá, com certeza absoluta, o que poderia sido o futuro de Cherbakov, se, naquela madrugada de 15 de Dezembro de 1993, o antigo futebolista não tivesse acelerado o automóvel perante o semáforo com a luz vermelha acesa. Pelo contrário, o rescaldo do acidente na avenida da Liberdade não trouxe assim tantas dúvidas. O diagnóstico médico deu-o como paraplégico. Daí em diante, para além de uma série de agruras no mais normal do seu quotidiano, o acto irreflectido, sentenciou, irremediavelmente, o fim prematuro dos seus sonhos enquanto desportista.
Por mais que quisesse, e muitas vezes ouvimo-lo dizer acreditar no contrário, nada houve a fazer em relação à paralisia. Nunca mais ninguém viu as exibições que, nas jovens equipas da antiga União Soviética, rapidamente conferiram a Cherbakov o estatuto de grande promessa do futebol. Para trás ficou também a vitória na edição de 1990 do Campeonato Europeu sub-18, conquistado na final frente aos congéneres portugueses, ou o título de Melhor Marcador conseguido no Mundial sub-20 realizado em Portugal, no ano de 1991.
Foi a seguir ao último certame referido que o avançado trocou o Shakhtar Donetsk pelo Sporting. Orientado por Sir Bobby Robson e ao lado de atletas como Balakov ou a jovem promessa Luís Figo, Cherbakov mostrou-se melhor jogador a cada partida disputada. Em Alvalade, a sua capacidade técnica, aliada a uma compreensão superior do jogo, começaram a dar a entender que não faltava muito para o médio-ofensivo passar a ser um dos pensadores dos movimentos atacantes do conjunto leonino. Também na recém-formada equipa nacional ucraniana, que chegou a representar por 2 vezes, revelou capacidades para brilhar. Tinha ainda os golos. Poucos, poderão até dizer os números. Todavia, a facilidade que mostrava em movimentar-se nas zonas vizinhas à baliza contrária e o remate fácil permitiram a concretização de momentos de belo recorte artístico

227 - SAGANOWSKI

De todos os jogadores nascidos na Polónia e cuja história já publicamos durante este mês, Marek Saganowski foi o que teve a passagem mais recente por Portugal. Tal como muitos outros atletas, sem reportar neste caso à nacionalidade, facilmente poderei incluir o avançado na temática que ficou classificada como “Os mal aproveitados”. Digo isto porque, da curta passagem por Guimarães, ficou-me verdadeiramente a impressão que estaria mais do que preparado, caso a oportunidade tivesse surgido, para jogar num clube com outros horizontes. Até chegou a especular-se sobre o interesse do Sporting. No entanto, nada veio a concretizar-se. A verdade, essa parece-me indiscutível, é que deixou muitas saudades no Vitória Sport Clube. Não é para menos! A prontidão do remate, a boa técnica e a mobilidade que, na frente de ataque, tantas vezes permitiu abrir espaços para outros companheiros, fez dele, naquela que foi a única temporada em solo luso, um dos jogadores mais valiosos da 1ª Liga de 2005/06.
Sem novas portas abertas em Portugal, Saganowski partiu para nova aventura, não com o valor com que veio transferido do Legia Warszawa, mas como um atleta dono de uma cotação alta. Depois de um dia, sem grande sucesso, ter experimentado os Campeonatos Alemão (Hamburger SV) e o dos Países Baixos (Feyenoord), onde, no emblema neerlandês, partilhou o balneário com o antigo treinador benfiquista Ronald Koeman e com extremo Gaston Taument, a chegada do jogador a terras gaulesas na campanha de 2006/07, revelou alguém com vontade de mostrar o seu valor. No entanto, ao ser pouco utilizado no Troyes, a escolha acabou por revelar-se pouco acertada. Já o desafio seguinte surgiu de Inglaterra, com o Southampton a recrutá-lo a meio dessa temporada de estreia em França. Durante o tempo passado no Reino Unido, a sua presença em campo seria algo intermitente o que levou o ponta-de-lança a um empréstimo. Ao serviço dos dinamarqueses do Aalborg, para além de marcar presença na Liga dos Campeões de 2008/09, foi chamado para representar a Polónia no Euro 2008.
Saganowski voltou, nesta temporada de 2011/12 e depois de uma passagem pelo cenário competitivo grego, ao clube que o lançou como sénior. No LKS Lodz, com 33 anos, regressou ao seu país, com o mais que provável intuito de aí terminar a carreira de futebolista.

226 - WOZNIAK

Quando, no Verão de 1996, Sir Bobby Robson deixou a "Invicta" a caminho da capital da Catalunha e com ele, naquilo que foi uma transferência milionária, levou Vítor Baía para o FC Barcelona, a prioridade para o FC Porto passou a ser encontrar um guardião que, rapidamente e de forma convincente, ocupasse o lugar deixado vago pelo português. A escolha, não sei se aconselhada por Józef Mlynarczyk, à altura o treinador de guarda-redes dos "Dragões", ou mesmo se inspirada neste, recaiu sobre o polaco Andrzej Wozniak.
Curiosamente, os dois internacionais acima referidos até tinham muitas coisas em comum. Para além da nacionalidade, da posição ocupada no rectângulo de jogo e de ambos terem defendido as cores da selecção polaca, também Wozniak tinha atingido a notoriedade ao representar o Widzew Lódz. Por esse rol de razões, foi normal que os adeptos vissem na contratação desse reforço, a chegada de outro grande nome para as redes “azuis e brancas”. Infelizmente, se estavam a espera de alguém com uns "nervos de aço", seguro nas suas intervenções e que, com grandes estiradas, fosse buscar as bolas mais impossíveis, enganaram-se completamente! A imagem transmitida pelo guarda-redes, sem ser a de alguém completamente alienada das suas funções, acabou por passar algo distante das saudosas exibições do seu conterrâneo. Nas Antas nunca conseguiu ser um dos indiscutíveis no "onze" portista e a titularidade, na maioria das partidas dessa campanha de 1996/97, acabou atribuída à jovem promessa e actual atleta do Chelsea, Hilário.
Na temporada seguinte, a de 1997/98, com as chegadas de Costinha (ex-Sporting) e de Rui Correia (ex-Sporting de Braga), Wozniak viu reduzido o seu espaço no plantel. Acabou, em consequência da transferência do antigo guarda-redes bracarense, por ser emprestado ao emblema da "Cidade dos Arcebispos". A mudança para o Minho até poderia ter sido a oportunidade para provar que, afinal, a sua contratação não tinha sido um erro. Mas, não! Wozniak, pouco mais fez do que repetir a prestação da época anterior e, naturalmente, acabou por voltar à Polónia, onde, alguns anos após o regresso, pôs um ponto final na vida de futebolista.
Depois de terminada a carreira nos relvados o antigo guarda-redes abraçou a vida de técnico. Já nessas funções, e pelas razões erradas, foi notícia outra vez. Apanhado numa rede corrupção, implicada na combinação de resultados e suborno a jogadores e árbitros, Wozniak, no Outono de 2009, acabou condenado a três anos e meio de prisão que, para sua sorte, pôde cumprir com pena suspensa.

225 - MIELCARSKI

Também Mielcarski, para além da passagem por um clube em Portugal, tem em comum com os dois jogadores a precedê-lo neste "blog", Juskowiak e Adamczuk, a conquista da medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 1992. Tal como eles, o evento disputado em Barcelona, talvez de forma não tão efectiva quanto para o referido colega de ataque, serviu para o avançado conseguir alguma projecção no estrangeiro e, de certo modo, alavancar a sua carreira. Nesse sentido, a primeira oportunidade fora da Polónia e do Olimpia Poznan surgiu através dos suíços do Servette. No entanto, a aposta saiu-lhe gorada e, alguns meses após a partida, o regresso ao país natal emergiu como algo inevitável.
Mielcarski, apesar do desaire helvético, recusou-se a encarar tal episódio como uma contrariedade irreversível. A experiência helvética acabou mesmo por dar novo fôlego à sua carreira. Já depois de chegar ao Widzew Lodz, as portas do estrangeiro voltaram a abrir-se. Com o FC Porto à procura de alguém para, em conjunto com Domingos e Rui Barros, dar mais força ao ataque “azul e branco”, o ponta-de-lança, com o poder físico e habilidade concretizadora, afigurou-se como o homem certo para reforçar o plantel de 1995/96.
Não fosse uma terrível lesão no joelho, e consequentes recaídas, e o avançado, com certeza, não acabaria aferido como uma escolha medíocre. Todavia, a verdade é que o problema físico, quase desde a sua entrada nas Antas, manteve o jogador, por demasiadas vezes, afastado das opções dos diferentes corpos técnicos. Infelizmente para o atleta, o saldo das 4 épocas passadas com os “Dragões” jamais foi visto como animador. Com os golos a contarem-se pelos dedos e o parco número de partidas disputadas durante o referido, nada acabou por favorecer o atacante.
Mesmo depois da saída do FC Porto, sem ainda ter chegado aos 30 anos de idade, Mielcarski, de forma legítima, recusou-se a dar por terminada a sua vida nos relvados. Tentou o Salamanca, o Pogon Szczecin e o AEK de Atenas. Contudo, nem sempre a vontade conseguiu fazê-lo triunfar. Já no Amica Wronki, colectividade da Polónia, por razão das mazelas que carregava e que não o deixavam mostrar tudo o que acreditava valer, acabou por “pendurar as chuteiras”.

224 - ADAMCZUK

Da equipa laureada com a prata nos Jogos Olímpicos de 1992, organizados na cidade catalã de Barcelona, não foi só Juskowiak e Mielcarski que cruzaram o seu destino com os relvados de Portugal. Provavelmente, nem os mais atentos devem recordar-se deste internacional polaco, mas, para juntar aos dois medalhados já referidos, também há que referir que Dariusz Adamczuk acabou a andar por estas bandas.
O ano era o de 1994 quando, por empréstimo dos italianos da Udinese, chegou ao Restelo aquele que era uma das mais sonantes contratações para a época que estava a começar. Um bom físico e a fama de lutador incansável faziam do médio-centro um trunfo prometedor para a temporada a avizinhar-se. No entanto, tal como já tinha acontecido no "Calcio" e nas suas breves passagens pelos alemães do Eintracht Frankfurt e pelos escoceses do Dundee FC, Adamczuk, ao serviço do Belenenses, pouco mostrou do seu real valor.
A verdade é que, apesar de reconhecidas as suas capacidades, o jogador, durante bastante tempo, revelou ser o típico caso de inadaptação à mudança. A prova faz-se pelo facto do centrocampista, desde da sua saída do Pogon Szczecin, clube onde esteve diversos anos, nunca ter conseguido manter-se no mesmo emblema, por mais de uma época. Porém, Adamczuk estava apostado em fazer crer o contrário e o regresso, em 1996, a um Dundee FC a militar no segundo escalão conseguiu, em certa medida, provar essa vontade.
Na Escócia ajudou o aludido clube a voltar ao convívio dos “grandes”. Já a disputar a "Premiership", a garra demonstrada em campo fez com que emblemas de outra monta começassem a olhar para ele de forma diferente. O passo seguinte deu-o no Rangers. Contudo, tal com havia acontecido anteriormente, o internacional polaco revelou sérias dificuldades em impor-se na equipa de Glasgow e, com isso, nunca atingiu um lugar entre os indiscutíveis do "onze" titular. Ainda assim, mesmo sem jogar muito, nos anos passados no Ibrox conseguiu amealhar alguns títulos. Para a sua história fica a "dobradinha" de 2000, onde fez parte do grupo que venceu a Liga e a Taça.

223 - JUSKOWIAK

Quando o Sporting foi buscá-lo ao Lech Poznan, Andrzej Juskowiak começava a querer mostrar ao mundo do futebol que dentro de campo, ao ter conquistado, para além de dois Campeonatos, o título de Melhor Marcador polaco de 1989/90, já era um pouco mais do que uma mera promessa da modalidade. Contudo, do nome do avançado, que até já tinha feito a estreia pela selecção "A" do seu país, ainda poucas certezas existiam. Os “Leões”, no entanto, acreditaram nele e decidiram arriscar. Diga-se, em abono da verdade, que em boa-hora o fizeram, pois nesse mesmo Verão, o avançado disputou os Jogos Olímpicos de 1992 e, terminada a competição, a cotação do ponta-de-lança não voltou a ser a mesma.
De Barcelona chegou com uma medalha de prata e consagrado como o goleador máximo do Torneio Olímpico de Futebol. O Presidente Sousa Cintra logo aproveitou a euforia que o feito do atleta provocou nos adeptos para, num bom estilo festivo, anunciar que rejeitaria qualquer proposta pelo "André, o polaco"! Na realidade, ao seu faro mortífero e à boa técnica de finalização, juntou-se uma inconstância exibicional que, ao longo de várias épocas, fez com que o avançado nunca conseguisse mostrar tudo aquilo que tinha prometido. Não quero com isto dizer que, na sua passagem por Alvalade, Juskowiak tivesse sido um “flop”. Longe disso! Todavia, a alternância que teve entre fases de excelência e períodos de claro ocaso, também nunca fizeram dele uma “estrela”. Ainda assim, ficaram na retina dos adeptos alguns belos golos, como o “pontapé de bicicleta” marcado ao Boavista em 1993/94 ou ainda outros lances que levariam Gabriel Alves a exaltar a sua “vantagem de ter duas pernas"!
Da estadia em Lisboa, Juskowiak levou no currículo apenas a Taça de Portugal de 1994/95. Seguiu-se, depois de uma temporada no Olympiakos, o ingresso do avançado na “Bundesliga”. Porém, se os registos conseguidos no Borussia de Mönchengladbach, meia dúzia de golos em mais de meia centena de encontros, não permitiram reclamar sucesso, já os quatro anos passados no VfL Wolfsburgo, com a grande contribuição por si dada para a sustentabilidade do clube na divisão maior do futebol alemão, levam-no, ainda hoje e passados que estão quase 10 anos desde a sua saída em 2002, a ser recordado e muito acarinhado pelos adeptos.
Após regressar de um “saltinho” dado até às "Terras do Tio Sam", onde representou o New York/New Jersey Metrostars, Juskowiak, cumpridos mais uns anos em solo germânico, decidiu pôr um ponto final na vida nos relvados. Vestia, por esta altura, a camisola do Erzgebirge Aue, emblema das divisões inferiores alemãs e o seu último jogo terminou com o "placard" a assinalar aquele que veio a tornar-se o derradeiro golo da carreira do avançado.

222 - MLYNARCZYK

Contava 27 anos de idade quando, ao assinar pelo Widzew Lódz, foi dada a Jozef Mlynarczyk a oportunidade para representar um dos emblemas de grande tradição na Polónia. Para ser mais correcto, aquele que veio a tornar-se num dos marcos mais importantes na sua carreira, foi precedido, um ano antes e quando ainda jogava ao serviço do Odra Opole, por outro de igual, ou até de maior, relevância, ou seja, a estreia pela selecção principal do seu país.
Apesar da internacionalização conseguida, faltavam títulos ao currículo do guardião. Curiosamente, a já referida mudança para a cidade de Lódz na temporada de 1980/81, acabou por empurrar o jogador de encontro a tal destino. Como elemento do "Czerwona Armia" (exército vermelho) as conquistas não demoraram muito a aparecer e as duas primeiras épocas do guardião no aludido clube vieram a coincidir com as duas primeiras vitórias, na história do clube, no Campeonato da Polónia.
Anos mais tarde, com o antigo "Bloco de Leste" a mostrar alguma abertura ao Ocidente, Mlynarczyk acabou por dar outro passo significativo na sua caminhada de futebolista. Ao aproveitar a montra que, dois anos antes, tinha sido o Mundial realizado em Espanha, o guarda-redes transferiu-se para o Bastia. A jogar no emblema da ilha da Córsega a partir da campanha de 1984/85, o atleta pouco tempo ficou por terras gaulesas. Já com a época seguinte em andamento e por razão da demanda do FC Porto em conseguir um nome que concorresse com Zé Beto, deu-se a sua mudança para Portugal.
Nos primeiros tempos de “Dragão” ao peito, ainda repartiu a titularidade com o guarda-redes português acima mencionado. Porém, apesar do inquestionável valor de ambos, a frieza que o polaco mostrava entre os postes começou a sobrepor-se à intempestividade do colega. Por altura da grande final de Viena, Mlynarczyk já era o dono do lugar à baliza. Essa razão, fê-lo tornar-se num dos grandes responsáveis pela conquista, disputada no derradeiro desafio com o Bayern de Munique, da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1986/87. Também frente ao Ajax e depois na peleja com o Peñarol, acabou por ser, logo na campanha seguinte, um pilar nas vitórias da Supertaça Europeia e da Taça Intercontinental. Essa glória além-fronteiras, a juntar aos títulos nacionais amealhados, ajudou o guardião a cimentar-se, aos olhos dos adeptos, como um dos seus ídolos e a cotar-se como um dos melhores a ter passado pelas Antas.
Após uma fractura na clavícula, a sua carreira veio a terminar em 1989. O reconhecimento pelo trabalho feito fê-lo passar, de imediato, para a equipa técnica. Nas novas funções, no papel de treinador de guarda-redes, ajudou a transformar num dos grandes nomes das redes portistas o “menino” que, quando ainda tomava conta das balizas “azuis e brancas”, emergiu das “escolas” do FC Porto. Por esse motivo é, ainda hoje, considerado como o grande mestre de Vítor Baía.

POLACOS E UCRANIANOS

Com a aproximação de mais um certame internacional, como é o Campeonato Europeu de Selecções organizado em parceria pela Polónia e pela Ucrânia, não havia maneira deste "blog" ficar indiferente a tal acontecimento. Decidimos, no entanto, um pouco à imagem do que já fizemos noutras situações, abordar a competição de uma forma um pouco peculiar. Deixámos as projecções para os entendidos e preferimos, desse modo, recordar alguns atletas que, nascidos nesses dois países, em alguma parte da sua vida futebolística, passaram por Portugal. Assim, durante todo o mês de Março, o "Cromo Sem Caderneta" debruçar-se-á apenas sobre as histórias de "Polacos e Ucranianos".