Com um percurso feito nas camadas jovens do clube, seria pela mão de Sven-Göran Eriksson que Kenedy chegaria à principal equipa benfiquista. Duas temporadas depois e a sua preponderância no seio do plantel, começa a ganhar contornos de alguma importância. Aquando do início dessa época de 1993/94, os da "Luz" contavam já com um defeso bem atribulado. A saída de alguns jogadores para o rival Sporting e uma grave crise financeira, assombravam o futuro próximo do emblema. Não se deixando atormentar por tal, o carismático Toni reuniria à sua volta um grupo de jogadores com uma grande vontade de vencer. Kenedy, sem ser um dos nomes de primeira linha, não deixava de ser um dos tais escolhidos pelo técnico português. No final, das agruras previstas, sairia a vitória no Campeonato. Para Kenedy era o arrecadar de mais um troféu... mais um, a juntar à Taça de Portugal vencida no ano anterior.
Daí em diante a carreira do esquerdino tomou os contornos de quem evolui normalmente. Começou, progressivamente, a jogar mais; as suas qualidades melhoravam a cada passar de época; e começou a ser visto como um bom reforço para alguns planteis. Seria por essa altura, já depois de nova vitória na Taça de Portugal (1995/96), que Kenedy decide não renovar pelo Benfica. No horizonte, por certo, estariam já as promessas de outros clubes e o mesmo veio a confirmar-se pouco tempo depois. Foi com o 4º lugar conseguido por Portugal, nos Jogos Olímpicos de Atalanta, que o jogador chega a Paris. Em cima da mesa estava um contrato com o PSG, orientado pelo seu antigo colega Ricardo Gomes. Na "Cidade Luz", a vida de Kenedy, ao lado de craques como Paul Le Guen, Leonardo ou Anelka superaria as mais optimistas previsões. Contudo, e apesar da sua boa utilização e de melhores expectativas futuras, o defesa/médio, ao fim de um ano, toma a decisão de deixar o clube - "Eu era jovem, tinha 23 anos. Eu tinha feito uma grande temporada. Dos 70 jogos que, aproximadamente, tínhamos jogado, eu estava envolvido em quase todos. Na altura o FC Porto queria-me e eu queria voltar para casa. Foi-me oferecido as mesmas condições que na França. Era tentador. Mas as coisas não correram como eu esperava no Porto. Se eu pudesse voltar atrás, eu ficaria no PSG. Cometi um erro ao deixar Paris...".
O tal arrependimento, entende-se bem quando analisamos a temporada que Kenedy faria pelos "Dragões". Poucas partidas disputadas e exibições de fraco calibre, acabariam por ter mais peso que os títulos que, ainda assim, adicionaria ao seu palmarés. Com mais 1 Campeonato, 1 Taça de Portugal e 1 Supertaça no seu currículo, o atleta, já depois de um fracassado empréstimo ao Albacete, tenta relançar a sua carreira no Estrela da Amadora. A sua opção revelar-se-ia a mais acertada. Apesar do clube da Linha de Sintra não ter o peso dos emblemas a que estava habituado até então, a mudança permitir-lhe-ia jogar com regularidade.
Já como um futebolista renascido e com a sua cotação a subir, o Marítimo decide contratá-lo. Na Madeira, a época de 2001/02 revela-se para o jogador como uma das melhores da sua carreira. Merecido, mas com alguma surpresa à mistura, o seu nome é apresentado por António Oliveira, como um dos escolhidos para o Mundial de 2002. O pior vem a seguir, com Kenedy a acusar positivo num controlo anti-doping. Afastado da convocatória para o torneio disputado no Japão e Coreia do Sul, o atleta continua a afirmar a sua inocência, revelando que o medicamento que utilizava era com o intuito de manter o peso e receitado pelo seu médico. Nem a confirmação do clínico lhe valeria de nada... e a sanção disciplinar das entidades competentes cairia sobre Kenedy.
Assombrada pelo episódio, a sua vida profissional nunca mais voltou a entrar no rumo certo. Os anos que seguiram, ao serviço do Marítimo, do Sp.Braga e Académica, mostrariam um Kenedy com uma forma física débil. Os resultados não poderiam ser outros, senão os piores.
A última fase da sua carreira, já acima dos 30 anos, passaria pelos campeonatos cipriota (APOEL) e grego. Com as cores de clubes de menor monta, entre os quais alguns de escalões inferiores, Kenedy decidir-se-ia pelo "arrumar das botas". Nesse seu último capítulo, destaque para a experiência que teve como treinador-jogador que, "quiçá", o poderá ajudar, futuramente, a relançar-se no mundo do futebol.
Daí em diante a carreira do esquerdino tomou os contornos de quem evolui normalmente. Começou, progressivamente, a jogar mais; as suas qualidades melhoravam a cada passar de época; e começou a ser visto como um bom reforço para alguns planteis. Seria por essa altura, já depois de nova vitória na Taça de Portugal (1995/96), que Kenedy decide não renovar pelo Benfica. No horizonte, por certo, estariam já as promessas de outros clubes e o mesmo veio a confirmar-se pouco tempo depois. Foi com o 4º lugar conseguido por Portugal, nos Jogos Olímpicos de Atalanta, que o jogador chega a Paris. Em cima da mesa estava um contrato com o PSG, orientado pelo seu antigo colega Ricardo Gomes. Na "Cidade Luz", a vida de Kenedy, ao lado de craques como Paul Le Guen, Leonardo ou Anelka superaria as mais optimistas previsões. Contudo, e apesar da sua boa utilização e de melhores expectativas futuras, o defesa/médio, ao fim de um ano, toma a decisão de deixar o clube - "Eu era jovem, tinha 23 anos. Eu tinha feito uma grande temporada. Dos 70 jogos que, aproximadamente, tínhamos jogado, eu estava envolvido em quase todos. Na altura o FC Porto queria-me e eu queria voltar para casa. Foi-me oferecido as mesmas condições que na França. Era tentador. Mas as coisas não correram como eu esperava no Porto. Se eu pudesse voltar atrás, eu ficaria no PSG. Cometi um erro ao deixar Paris...".
O tal arrependimento, entende-se bem quando analisamos a temporada que Kenedy faria pelos "Dragões". Poucas partidas disputadas e exibições de fraco calibre, acabariam por ter mais peso que os títulos que, ainda assim, adicionaria ao seu palmarés. Com mais 1 Campeonato, 1 Taça de Portugal e 1 Supertaça no seu currículo, o atleta, já depois de um fracassado empréstimo ao Albacete, tenta relançar a sua carreira no Estrela da Amadora. A sua opção revelar-se-ia a mais acertada. Apesar do clube da Linha de Sintra não ter o peso dos emblemas a que estava habituado até então, a mudança permitir-lhe-ia jogar com regularidade.
Já como um futebolista renascido e com a sua cotação a subir, o Marítimo decide contratá-lo. Na Madeira, a época de 2001/02 revela-se para o jogador como uma das melhores da sua carreira. Merecido, mas com alguma surpresa à mistura, o seu nome é apresentado por António Oliveira, como um dos escolhidos para o Mundial de 2002. O pior vem a seguir, com Kenedy a acusar positivo num controlo anti-doping. Afastado da convocatória para o torneio disputado no Japão e Coreia do Sul, o atleta continua a afirmar a sua inocência, revelando que o medicamento que utilizava era com o intuito de manter o peso e receitado pelo seu médico. Nem a confirmação do clínico lhe valeria de nada... e a sanção disciplinar das entidades competentes cairia sobre Kenedy.
Assombrada pelo episódio, a sua vida profissional nunca mais voltou a entrar no rumo certo. Os anos que seguiram, ao serviço do Marítimo, do Sp.Braga e Académica, mostrariam um Kenedy com uma forma física débil. Os resultados não poderiam ser outros, senão os piores.
A última fase da sua carreira, já acima dos 30 anos, passaria pelos campeonatos cipriota (APOEL) e grego. Com as cores de clubes de menor monta, entre os quais alguns de escalões inferiores, Kenedy decidir-se-ia pelo "arrumar das botas". Nesse seu último capítulo, destaque para a experiência que teve como treinador-jogador que, "quiçá", o poderá ajudar, futuramente, a relançar-se no mundo do futebol.