Para muitos atletas de alturas mais remotas do desporto luso, como alguns que por este blog já passaram, a edificação de uma biografia capaz de contar, com o rigor de fontes fidedignas, as suas carreiras e também partes da vida pessoal, é de uma arduidade tremenda. No que diz respeito a José Maria Gomes, popularizado no futebol pela alcunha Bravo, os obstáculos que encontrei para a construção deste texto, como ficou entendido na primeira frase, fazem dele outro bom exemplo dessas dificuldades.
Comecemos pela data do seu nascimento. Segundo o sítio da Federação Portuguesa de Futebol, contrastando com outras fontes que dão o atleta como nascido no mesmo dia, mas em 1917, tal efeméride terá ocorrido a 30 de Agosto de 1919. Escolhendo a segunda calendarização como a de maior probabilidade, passemos aos registos da sua carreira. Com a inscrição inicial, no que conta ao que consegui apurar, a dar-nos a temporada de 1943/44 como a de arranque da sua caminhada competitiva, esse dado faz-me crer que Bravo, anteriormente a essa campanha passada com o Estoril Praia, já haveria de ter tido outras experiências desportivas.
No emblema da Linha de Cascais, numa altura em que os “Canarinhos” teimavam em cirandar entre os dois principais patamares do futebol luso, Bravo, ao destacar-se como interior-direito, passaria a ser tido como um dos mais brilhantes elementos a representar a colectividade. Essa temporada de 1943/44, a tal do primeiro registo por mim encontrado, coincidiria com um dos momentos altos da história da agremiação. Com a chegada à final da Taça de Portugal, o atleta seria um dos escolhidos por Augusto Silva para, ao lado de nomes como Alberto de Jesus, Eloi, Raul Sbarra ou Franjo Petrak, disputar a partida frente ao Benfica. Infelizmente para o Estoril Praia, a peleja correria desastrosamente mal e os de amarelo sairiam do Estádio das Salésias após averbarem uma pesada derrota por 8-0.
Ao manter-se como um dos elementos a merecer enorme destaque no plantel “canarinho”, as temporadas de 1944/45 e de 1946/47, passadas nas disputas primodivisionárias, serviriam para Bravo sublinhar o estatuto de craque. Nesse sentido, na última das campanhas referidas, chegaria o reconhecimento por parte dos responsáveis técnicos da Federação Portuguesa de Futebol. Ao lado de outros grandes nomes do contexto futebolístico luso, casos de Patalino, Fernando Caiado, Albano, Carlos Canário, Barrigana, Julinho, Manuel Marques, Octávio Barrosa, Lourenço, Jacinto e Pacheco, o interior-direito seria chamado aos trabalhos da selecção “B”. Em Bordeaux, no Stade du Parc Lescure, o jogador entraria em campo frente à França e, com a disputa realizada a 3 de Maio de 1947, embelezaria o currículo com 1 internacionalização.
Outro dos grandes feitos da sua carreira surgiria já com a época de 1947/48 em andamento. Com a Real Sociedad na luta pela manutenção e à procura de reforçar o plantel, Bravo surgiria como uma das hipóteses mais viáveis e muito boa a equilibrar o rácio preço/qualidade. Já em Espanha, a sua estreia no patamar máximo da La Liga, dar-se-ia, numa ronda frente ao Celta de Vigo, a 22 de Fevereiro de 1948. Nessa partida, o jogador tornar-se-ia no primeiro português a jogar e, ao fazer o “gosto ao pé”, a marcar um golo no patamar maior do futebol de “Nuestros Hermanos”. Porém, apesar do salto qualitativo, a época de arranque pela agremiação de San Sebastian não correria de feição e os bascos acabariam relegados ao segundo escalão. Ainda assim, não demoraria muito para que a descida fosse emendada e com o atacante como um dos titulares, o regresso dos “Erreala” à 1ª divisão ocorreria em 1949/50.
A sua presença naquele que é o degrau maior do futebol espanhol não iria prolongar-se por muito mais tempo. De volta a Portugal, ainda na temporada de 1949/50, Bravo passaria a integrar o plantel do Belenenses. Já o resto da sua carreira, mais uma vez salvaguardando algo que não tenha conseguido aferir, resumir-se-ia à época de 1950/51, também na 1ª divisão e com as cores do Estoril Praia e, por fim, a campanha passada ao serviço do União de Montemor.
Comecemos pela data do seu nascimento. Segundo o sítio da Federação Portuguesa de Futebol, contrastando com outras fontes que dão o atleta como nascido no mesmo dia, mas em 1917, tal efeméride terá ocorrido a 30 de Agosto de 1919. Escolhendo a segunda calendarização como a de maior probabilidade, passemos aos registos da sua carreira. Com a inscrição inicial, no que conta ao que consegui apurar, a dar-nos a temporada de 1943/44 como a de arranque da sua caminhada competitiva, esse dado faz-me crer que Bravo, anteriormente a essa campanha passada com o Estoril Praia, já haveria de ter tido outras experiências desportivas.
No emblema da Linha de Cascais, numa altura em que os “Canarinhos” teimavam em cirandar entre os dois principais patamares do futebol luso, Bravo, ao destacar-se como interior-direito, passaria a ser tido como um dos mais brilhantes elementos a representar a colectividade. Essa temporada de 1943/44, a tal do primeiro registo por mim encontrado, coincidiria com um dos momentos altos da história da agremiação. Com a chegada à final da Taça de Portugal, o atleta seria um dos escolhidos por Augusto Silva para, ao lado de nomes como Alberto de Jesus, Eloi, Raul Sbarra ou Franjo Petrak, disputar a partida frente ao Benfica. Infelizmente para o Estoril Praia, a peleja correria desastrosamente mal e os de amarelo sairiam do Estádio das Salésias após averbarem uma pesada derrota por 8-0.
Ao manter-se como um dos elementos a merecer enorme destaque no plantel “canarinho”, as temporadas de 1944/45 e de 1946/47, passadas nas disputas primodivisionárias, serviriam para Bravo sublinhar o estatuto de craque. Nesse sentido, na última das campanhas referidas, chegaria o reconhecimento por parte dos responsáveis técnicos da Federação Portuguesa de Futebol. Ao lado de outros grandes nomes do contexto futebolístico luso, casos de Patalino, Fernando Caiado, Albano, Carlos Canário, Barrigana, Julinho, Manuel Marques, Octávio Barrosa, Lourenço, Jacinto e Pacheco, o interior-direito seria chamado aos trabalhos da selecção “B”. Em Bordeaux, no Stade du Parc Lescure, o jogador entraria em campo frente à França e, com a disputa realizada a 3 de Maio de 1947, embelezaria o currículo com 1 internacionalização.
Outro dos grandes feitos da sua carreira surgiria já com a época de 1947/48 em andamento. Com a Real Sociedad na luta pela manutenção e à procura de reforçar o plantel, Bravo surgiria como uma das hipóteses mais viáveis e muito boa a equilibrar o rácio preço/qualidade. Já em Espanha, a sua estreia no patamar máximo da La Liga, dar-se-ia, numa ronda frente ao Celta de Vigo, a 22 de Fevereiro de 1948. Nessa partida, o jogador tornar-se-ia no primeiro português a jogar e, ao fazer o “gosto ao pé”, a marcar um golo no patamar maior do futebol de “Nuestros Hermanos”. Porém, apesar do salto qualitativo, a época de arranque pela agremiação de San Sebastian não correria de feição e os bascos acabariam relegados ao segundo escalão. Ainda assim, não demoraria muito para que a descida fosse emendada e com o atacante como um dos titulares, o regresso dos “Erreala” à 1ª divisão ocorreria em 1949/50.
A sua presença naquele que é o degrau maior do futebol espanhol não iria prolongar-se por muito mais tempo. De volta a Portugal, ainda na temporada de 1949/50, Bravo passaria a integrar o plantel do Belenenses. Já o resto da sua carreira, mais uma vez salvaguardando algo que não tenha conseguido aferir, resumir-se-ia à época de 1950/51, também na 1ª divisão e com as cores do Estoril Praia e, por fim, a campanha passada ao serviço do União de Montemor.
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