Seria como mais um “Bebé do Mar” que Sérgio Nunes, depois de terminar o percurso formativo nas “escolas” do Leixões, entraria em cena no contexto competitivo sénior. Sem deixar a colectividade sediada em Matosinhos, a primeira época passada na equipa principal levá-lo-ia a disputar a divisão de Honra de 1992/93. Ao afirmar-se como uma das boas surpresas do plantel, logo nesse final de época, o defesa-central ganharia um prémio pelos seus desempenhos. Convocado aos trabalhos dos colectivos à guarda da Federação Portuguesa de Futebol, o jovem atleta, integrado nos sub-21, acabaria convocado a disputar o famoso Torneio de Toulon. Em França, chamado a jogo por Nelo Vingada, o atleta participaria em 3 partidas e ajudaria, ao lado de nomes como Costinha, Tuilpa ou Litos, a levar Portugal até às meias-finais do certame gaulês.
Também com o listado vermelho e branco do Leixões, Sérgio Nunes continuaria a dar sinais de uma evolução a prometer-lhe outros voos. Todavia, a despromoção da equipa matosinhense na época seguinte à da sua estreia como sénior, fá-lo-ia mudar de rumo e rubricar uma nova ligação. Com contrato assinado pelo Desportivo das Aves a partir de 1994/95, o jogador manter-se-ia como um elemento de enorme fiabilidade. Apesar de um arranque algo discreto, as campanhas seguintes voltariam a sublinhá-lo como um intérprete promissor e plenamente orientado para as disputas do colectivo sediado no concelho de Santo Tirso. Ainda assim, ao fim de 3 anos, a preferência do jogador seria dada à União de Leiria e a mudança para a “Cidade do Lis” surgiria com o início da temporada de 1997/98.
A entrada no Estádio Magalhães Pessoa mantê-lo-ia nas contendas da divisão Honra. Contudo, ao contrário do que até aí tinha ocorrido, o final da primeira temporada, onde seria orientado por Vítor Oliveira, traria ao percurso do jogador, não só a vitória no escalão referido no começo deste parágrafo, mas a subida ao patamar maior do futebol luso. No convívio com os “grandes”, já com Mário Reis como “timoneiro”, Sérgio Nunes destacar-se-ia como um dos nomes mais interessantes dessa campanha de 1998/99. Os desempenhos pessoais, como esteio do 6º lugar atingido pelo colectivo beirão no Campeonato Nacional, faria com que outros emblemas olhassem para si como um hipotético reforço. Quem venceria a corrida pelo seu concurso viria a ser o Benfica e logo no dia de assinar o novo contrato, o atleta mostraria uma justa ambição – “Quero impor-me. A minha vida tem sido feita de etapas e esta é mais uma. Tenho de estar preparado para este desafio, pois se as pessoas não confiassem em mim não teria chegado a este ponto da minha carreira”*.
Apesar da aspiração manifestada, a verdade é que Sérgio Nunes revelaria algumas dificuldades em adaptar-se no Benfica. Tapado por Paulo Madeira e pelo brasileiro Ronaldo, o defesa-central nunca conseguiria impor-se como uma primeira escolha para Jupp Heynckes. Ainda assim, a temporada de entrada na Luz não seria má de todo, com o jogador a aparecer em campo com uma boa regularidade. O pior viria com a campanha seguinte, onde, para além do técnico alemão, ainda seria treinado por Toni e por José Mourinho. Praticamente sem jogar, o atleta seria dispensado pelas “Águias”. Seguir-se-iam 3 anos ao serviço do Santa Clara, com os 2 primeiros ainda na disputa do escalão maior. Depois emergiria no seu caminho aquele que, num regresso a uma casa conhecida, surgiria como o emblema mais representativo da sua caminhada sénior. De novo ao serviço do Desportivo das Aves, as 6 épocas consecutivas passadas na agremiação nortenha, dar-lhe-ia ao currículo a última aparição na 1ª divisão. Após essa época de 2006/07, não mais voltaria aos palcos principais do desporto português e com a saída da colectividade do município de Santo Tirso com o termo das provas agendadas para 2009/10, as duas últimas temporadas da sua carreira seriam vividas com as cores do Freamunde.
*retirado do artigo de António José Oliveira, publicado a 17/06/1999, em www.record.pt
Também com o listado vermelho e branco do Leixões, Sérgio Nunes continuaria a dar sinais de uma evolução a prometer-lhe outros voos. Todavia, a despromoção da equipa matosinhense na época seguinte à da sua estreia como sénior, fá-lo-ia mudar de rumo e rubricar uma nova ligação. Com contrato assinado pelo Desportivo das Aves a partir de 1994/95, o jogador manter-se-ia como um elemento de enorme fiabilidade. Apesar de um arranque algo discreto, as campanhas seguintes voltariam a sublinhá-lo como um intérprete promissor e plenamente orientado para as disputas do colectivo sediado no concelho de Santo Tirso. Ainda assim, ao fim de 3 anos, a preferência do jogador seria dada à União de Leiria e a mudança para a “Cidade do Lis” surgiria com o início da temporada de 1997/98.
A entrada no Estádio Magalhães Pessoa mantê-lo-ia nas contendas da divisão Honra. Contudo, ao contrário do que até aí tinha ocorrido, o final da primeira temporada, onde seria orientado por Vítor Oliveira, traria ao percurso do jogador, não só a vitória no escalão referido no começo deste parágrafo, mas a subida ao patamar maior do futebol luso. No convívio com os “grandes”, já com Mário Reis como “timoneiro”, Sérgio Nunes destacar-se-ia como um dos nomes mais interessantes dessa campanha de 1998/99. Os desempenhos pessoais, como esteio do 6º lugar atingido pelo colectivo beirão no Campeonato Nacional, faria com que outros emblemas olhassem para si como um hipotético reforço. Quem venceria a corrida pelo seu concurso viria a ser o Benfica e logo no dia de assinar o novo contrato, o atleta mostraria uma justa ambição – “Quero impor-me. A minha vida tem sido feita de etapas e esta é mais uma. Tenho de estar preparado para este desafio, pois se as pessoas não confiassem em mim não teria chegado a este ponto da minha carreira”*.
Apesar da aspiração manifestada, a verdade é que Sérgio Nunes revelaria algumas dificuldades em adaptar-se no Benfica. Tapado por Paulo Madeira e pelo brasileiro Ronaldo, o defesa-central nunca conseguiria impor-se como uma primeira escolha para Jupp Heynckes. Ainda assim, a temporada de entrada na Luz não seria má de todo, com o jogador a aparecer em campo com uma boa regularidade. O pior viria com a campanha seguinte, onde, para além do técnico alemão, ainda seria treinado por Toni e por José Mourinho. Praticamente sem jogar, o atleta seria dispensado pelas “Águias”. Seguir-se-iam 3 anos ao serviço do Santa Clara, com os 2 primeiros ainda na disputa do escalão maior. Depois emergiria no seu caminho aquele que, num regresso a uma casa conhecida, surgiria como o emblema mais representativo da sua caminhada sénior. De novo ao serviço do Desportivo das Aves, as 6 épocas consecutivas passadas na agremiação nortenha, dar-lhe-ia ao currículo a última aparição na 1ª divisão. Após essa época de 2006/07, não mais voltaria aos palcos principais do desporto português e com a saída da colectividade do município de Santo Tirso com o termo das provas agendadas para 2009/10, as duas últimas temporadas da sua carreira seriam vividas com as cores do Freamunde.
*retirado do artigo de António José Oliveira, publicado a 17/06/1999, em www.record.pt
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