1471 - JOSÉ DOMINGOS


Ao concluir o percurso formativo como atleta do Benfica, José Domingos já contava com várias chamadas aos escalões jovens das equipas a trabalhar na égide da Federação Portuguesa de Futebol. Com a estreia a acontecer a 1 de Dezembro de 1971, essa partida frente à Suíça ocorreria no âmbito das competições de juniores e com José Augusto como treinador. Seguir-se-iam outras chamadas e no somatório dos desafios disputados pelos escalões agora denominados como sub-18, sub-21 e equipa “B”, o avançado envergaria a “camisola das quinas” em 10 ocasiões.
Apesar da presença assídua nas jovens selecções portuguesas, o atleta não conseguiria reservar para si um lugar no plantel principal do Benfica. Com as “Águias” recheadas de grandes nomes para o sector ofensivo, a solução encontrada para o atacante emergiria da Margem Sul do Rio Tejo. Com a CUF de 1973/74 a acolher os passos iniciais do atleta enquanto sénior, José Domingos encontrar-se-ia com outro grande nome do universo benfiquista, o treinador Fernando Caiado. Como elemento da agremiação sediada no Lavradio, o avançado cumpriria 2 temporadas no escalão máximo luso e o traquejo ganho durante esses anos, apesar de nunca ter atingido a titularidade, justificaria o seu regresso à Luz.
De volta ao Benfica, o atleta não teria a vida facilitada. Com Mário Wilson como líder da equipa técnica “encarnada”, o avançado, na temporada de 1975/76, enfrentaria a forte concorrência de nomes como Nené, Jordão ou Vítor Baptista. Na campanha subsequente, já com o inglês John Mortimore à frente dos destinos das “Águias, José Domingos passaria a ser um pouco mais chamado à ficha de jogo, mas em quantidade insuficiente para prolongar a sua continuidade no plantel lisboeta. Por essa razão, o jogador voltaria a mudar de rumo e anos seguintes, em colectividades situadas mais a norte, transformar-se-iam, em termos individuais, nos mais prolíferos da sua carreira desportiva.
Com o currículo recheado pela vitória no Campeonato Nacional de 1976/77 e pela participação, na mesma época, na Taça dos Clubes Campeões Europeus, José Domingos mudar-se-ia para o plantel primodivisionário do Feirense. Depois da experiência com os “Fogaceiros”, o avançado, sem deixar a 1ª divisão, transferir-se-ia para o Varzim. Logo na temporada de estreia pelos “Lobos-do-mar”, o jogador, eleito como um dos esteios da equipa a trabalhar sob a alçada de António Teixeira, contribuiria para a 5ª posição do clube na tabela classificativa do Campeonato Nacional. Tal proeza, um recorde na história do emblema poveiro, dar-lhe-ia a honra de gravar o seu nome nos anais da colectividade. Seguir-se-iam outras 2 épocas com o listado alvinegro e a sua consolidação como um praticante com capacidades para continuar nas pelejas do escalão maior.
Ironicamente, a mudança para o plantel de 1981/82 do Amora surgiria em contraciclo com os registos conseguidos pelo atleta em anos anteriores. Habituado ao “onze”, a temporada passada na Medideira empurrá-lo-ia de volta aos números modestos. Daí em diante, José Domingos, depois de 9 campanhas consecutivas cumpridas nos principais palcos lusos, passaria a abraçar as competições dos escalões secundários. O Benfica e Castelo Branco, a União de Leiria e o Caldas, preencheriam também a recta final de um trajecto que viria a conhecer o seu fim no termo da época de 1986/87, ao serviço do Grupo Desportivo “Os Nazarenos”.

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