Modesto Luís Ortiz de Sousa Neves, popularizado no mundo do futebol como Néne, nasceria em Madrid para, ainda em tenra idade, acompanhar a família na mudança para Moçambique. Na actual Maputo começaria a prática do futebol e as enormes qualidades exibidas levá-lo-iam a ser cobiçado na metrópole. Veloz e dono de uma técnica estonteante, o jovem avançado deixaria o Desportivo de Lourenço Marques, onde tinha conseguido popularizar-se, para escolher nos estudos em Coimbra e na camisola negra da Académica o novo destino da sua vida. Já na “Cidade dos Estudantes”, onde chegaria para integrar a equipa de juniores, depressa as suas qualidades empurrariam o avançado para o conjunto principal e ao agarrar a titularidade, a época de 1968/69 tornar-se-ia no primeiro grande capítulo da história de uma verdadeira lenda.
Parte de um sector ofensivo que, na sua época de estreia pelos seniores, contava com nomes como Manuel António, Artur Jorge, Crispim, Serafim ou Rocha, Néne não deixaria intimidar-se pela forte concorrência e assumiria, a partir da 12ª jornada do Campeonato Nacional, um papel de enorme relevância no decorrer da temporada de 1968/69. Muito para além da presença naquela que é a competição de maior relevo no calendário futebolístico luso, o atacante assumir-se-ia de fulcral importância no desenrolar da Taça de Portugal. Nesse sentido, depois de marcar um dos golos que, na disputa das meias-finais, ajudaria a eliminar o Sporting, o jogador seria chamado, por Fernando Andrade, para a disputa da derradeira peleja da prova. No Estádio Nacional, numa partida que ficaria para sempre marcada pelo protesto estudantil contra o vigente regime ditatorial, o atleta entraria no alinhamento inicial, mas o seu génio seria insuficiente para derrotar o Benfica.
Antes ainda da partida disputada no Jamor e aludida no parágrafo anterior, já Néne tinha tido a oportunidade para envergar a “camisola das quinas”. Chamado aos trabalhos da equipa de “esperanças” à guarda da Federação Portuguesa de Futebol, o avançado, ao lado de outros colegas da Académica, casos de Toni e de Mário Campos, integraria a comitiva a viajar para “Terras de Sua Majestade”. Na cidade de Coventry, a 16 de Abril de 1969, o avançado faria parte do “onze” que entraria no Highfield Road Ground. Frente a Inglaterra, o jogador estrear-se-ia por Portugal e consequentemente adicionaria 1 internacionalização ao currículo pessoal.
A segunda temporada cumprida pela Académica iria trazer-lhe a estreia nas competições sob a tutela da UEFA. Com os “Estudantes” incluídos nos sorteios associados à Taça dos Vencedores das Taças, a progressão na prova levaria Nené e os companheiros a enfrentar, já nos quartos-de-final, o Manchester City. Convocado por Juca, disputaria ambas as mãos da referida ronda e mesmo com o afastamento da agremiação conimbricense, o jogador sairia da eliminatória como um dos elementos merecedor dos mais rasgados elogios.
Seria já com o início da época de 1970/71 à vista que a desgraça atingiria o jovem praticante. Aferido como uma das maiores promessas do desporto luso, Néne começaria a ser perseguido por Benfica, Sporting e, segundo veiculado, pelo Real Madrid. Com o assédio a crescer de tom e com a confusão instalada entre as direcções leoninas e da “Briosa”, o jogador, à altura a cumprir o Serviço Militar Obrigatório nas Caladas da Rainha, aproveitaria uma das licenças para desanuviar do clima tenso que o suposto “namoro” com outros emblemas havia causado no meio futebolístico estudantil. Nessa viagem, na estrada entre Coimbra e a Figueira da Foz, o avançado, a conduzir o seu Mini, embateria de frente com uma camioneta e na sequência do terrível acidente de viação, perderia a vida a 10 dias de cumprir 21 anos de idade.
Parte de um sector ofensivo que, na sua época de estreia pelos seniores, contava com nomes como Manuel António, Artur Jorge, Crispim, Serafim ou Rocha, Néne não deixaria intimidar-se pela forte concorrência e assumiria, a partir da 12ª jornada do Campeonato Nacional, um papel de enorme relevância no decorrer da temporada de 1968/69. Muito para além da presença naquela que é a competição de maior relevo no calendário futebolístico luso, o atacante assumir-se-ia de fulcral importância no desenrolar da Taça de Portugal. Nesse sentido, depois de marcar um dos golos que, na disputa das meias-finais, ajudaria a eliminar o Sporting, o jogador seria chamado, por Fernando Andrade, para a disputa da derradeira peleja da prova. No Estádio Nacional, numa partida que ficaria para sempre marcada pelo protesto estudantil contra o vigente regime ditatorial, o atleta entraria no alinhamento inicial, mas o seu génio seria insuficiente para derrotar o Benfica.
Antes ainda da partida disputada no Jamor e aludida no parágrafo anterior, já Néne tinha tido a oportunidade para envergar a “camisola das quinas”. Chamado aos trabalhos da equipa de “esperanças” à guarda da Federação Portuguesa de Futebol, o avançado, ao lado de outros colegas da Académica, casos de Toni e de Mário Campos, integraria a comitiva a viajar para “Terras de Sua Majestade”. Na cidade de Coventry, a 16 de Abril de 1969, o avançado faria parte do “onze” que entraria no Highfield Road Ground. Frente a Inglaterra, o jogador estrear-se-ia por Portugal e consequentemente adicionaria 1 internacionalização ao currículo pessoal.
A segunda temporada cumprida pela Académica iria trazer-lhe a estreia nas competições sob a tutela da UEFA. Com os “Estudantes” incluídos nos sorteios associados à Taça dos Vencedores das Taças, a progressão na prova levaria Nené e os companheiros a enfrentar, já nos quartos-de-final, o Manchester City. Convocado por Juca, disputaria ambas as mãos da referida ronda e mesmo com o afastamento da agremiação conimbricense, o jogador sairia da eliminatória como um dos elementos merecedor dos mais rasgados elogios.
Seria já com o início da época de 1970/71 à vista que a desgraça atingiria o jovem praticante. Aferido como uma das maiores promessas do desporto luso, Néne começaria a ser perseguido por Benfica, Sporting e, segundo veiculado, pelo Real Madrid. Com o assédio a crescer de tom e com a confusão instalada entre as direcções leoninas e da “Briosa”, o jogador, à altura a cumprir o Serviço Militar Obrigatório nas Caladas da Rainha, aproveitaria uma das licenças para desanuviar do clima tenso que o suposto “namoro” com outros emblemas havia causado no meio futebolístico estudantil. Nessa viagem, na estrada entre Coimbra e a Figueira da Foz, o avançado, a conduzir o seu Mini, embateria de frente com uma camioneta e na sequência do terrível acidente de viação, perderia a vida a 10 dias de cumprir 21 anos de idade.
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