1394 - MANUEL RODRIGUES

Ao iniciar o seu percurso futebolístico com apenas 10 anos, seriam as “escolas” do Belenenses a recebê-lo. No emblema da “Cruz de Cristo” subiria os degraus necessários até que, na temporada de 1960/61, viria a ser chamado à equipa de “reservas”. Seria ainda durante essa campanha que despertaria a atenção de David Sequerra, que haveria de convocá-lo para a disputa do Torneio Internacional de Juniores da UEFA de 1961. No certame organizado em Portugal, o, à altura, médio acabaria integrado num grupo de jovens promessas, onde pontuavam nomes como os de Simões, Peres, Oliveira Duarte, Serafim, Crispim, Carriço, entre outros elementos que viriam a brilhar no desporto luso. Sob a orientação de José Maria Pedroto, sem ser um dos mais utilizados, o jogador daria o seu contributo para a belíssima caminhada do conjunto nacional e, nesse contexto, para a inédita conquista do troféu.
Seria já sob a batuta de Fernando Vaz que, para o Campeonato Nacional da 1ª divisão, Manuel Rodrigues faria a sua aparição de estreia na equipa principal do Belenenses. Daí em diante, o defesa-direito, como um elemento combativo, incapaz de desistir de uma bola dividida, passaria a ser um dos nomes que, com raras excepções, apareceria nas fichas de jogo dos “Azuis”. Essa preponderância levá-lo-ia a ser cobiçado por outros emblemas. Com o Benfica no seu encalço, o jogador, em 1965, veria o Presidente Acácio Rosa a recusar a proposta das “Águias” para a sua transferência. Manter-se-ia com a “Cruz de Cristo” ao peito e a partilhar o balneário com grandes nomes como Vicente, José Pereira e a servir de inspiração a jovens como Godinho ou Alfredo Quaresma.
Já a selecção principal chegaria ao currículo do defesa depois de 4 presenças pelos “BB” e numa altura em que estava consagrado como um dos grandes nomes do futebol luso. Chamado à Fase de Qualificação do Euro 68 por José Gomes da Silva, Manuel Rodrigues estrear-se-ia numa partida, disputada no Estádio das Antas, frente à Noruega. Depois dessa peleja agendada para 12 de Novembro de 1967, onde partilharia o quarto com o seu grande amigo Germano, seguir-se-iam, sempre em jornadas para o referido apuramento, outras 2 partidas, o que daria, à caminhada profissional do jogador, um total de 3 internacionalizações “A”.
No que diz respeito ao resto do trajecto feito ao serviço do Belenenses, numa ligação que, só nos seniores, duraria uma década e incluiria inúmeros jogos com a braçadeira de capitão à sua guarda, o fim emergeria com o termo da temporada de 1969/70. Dispensado por Joaquim Meirim, Manuel Rodrigues encontraria um novo poiso na Margem Sul do Rio Tejo. Ao serviço da CUF do Barreiro, num balneário orientado por Carlos Silva e com nomes como os de Conhé, Manuel Fernandes, Vítor Pereira, Arnaldo ou Capitão-Mor, o defesa, nas 3 temporadas passadas no Lavradio, tal como nas cumpridas pelos “Azuis”, contribuiria para as classificações que dariam aos respectivos emblemas as qualificações para as provas continentais.
Ao entrar na derradeira fase da carreira como praticante, Manuel Rodrigues retirar-se-ia com o fim da campanha de 1972/73. No entanto, apesar de “penduradas as chuteiras”, o antigo atleta ainda voltaria a ligar-se ao futebol. Como treinador, a exemplo, passaria pelo comando do Seixal. Já como director-desportivo, teria no Alentejo e no Campomaiorense uma boa experiência.

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