Ao dividir o trajecto formativo entre duas agremiações com sede no extremo sul do país, Fernando Jorge Figueiredo Campos, tendo anteriormente representado o Portimonense, seria com as cores do Torralta que viria a concluir essa etapa do seu percurso. Tal transição, para o atleta que ficaria conhecido no mundo do desporto por Nando, levá-lo-ia, em 1982/83, a manter-se com as cores da colectividade associada ao mundo do imobiliário. Com o clube inicialmente a militar nos “regionais” algarvios, a verdade é que o forte investimento no futebol, por parte do referido grupo empresarial, depressa faria com que o emblema começasse a galgar alguns patamares competitivos. Individualmente, a presença no balneário de craques como Narciso, Toninho Metralha, Pacheco, Vado, Rui Manuel, Décio, Sota, Sabú, Florival, Norberto Rodrigues ou Matine contribuiria para o seu crescimento e o defesa-esquerdo rapidamente começaria a ser cobiçado por conjuntos de outra monta.
Antes ainda de dar o salto em termos clubísticos, Nando, ao revelar qualidades acima da média, começaria a ser chamado aos trabalhos das jovens equipas a cargo da Federação Portuguesa de Futebol. Integrado nos trabalhos dos sub-18, o lateral-esquerdo, que também sabia actuar no lado canhoto do meio-campo, teria a estreia com a “camisola das quinas” a 23 de Dezembro de 1980. Após essa partida frente a Espanha, orientado pelo “magriço” José Augusto, o atleta manter-se-ia nos planos das jovens selecções lusas. Nesse sentido, continuaria a ser chamado aos desafios agendados para Portugal e num rumo a encaminhá-lo igualmente às jornadas dos sub-16, o jogador conseguiria somar ao currículo um total 8 disputas efectuadas pelo seu país.
Seria já com o estatuto de internacional que Nando, na temporada de 1986/87, acabaria apresentado como reforço do Rio Ave. A transferência levá-lo-ia a estrear-se, sob a alçada de Mário Reis, no Campeonato Nacional da 1ª divisão. Em Vila do Conde, perfeitamente integrado nas metas colectivas do clube, o jogador, nessa época de arranque com o listado verde e branco, acabaria por disputar um número bastante aceitável de partidas. Aliás, essa condição sairia reforçada nas campanhas seguintes, com a titularidade, amiúde, a ser entregue ao seu cargo. Curiosamente, numa altura em que estava a cimentar-se como um praticante de categoria primodivisionária, a descida do emblema da caravela fá-lo-ia regressar ao espectro secundário das competições portuguesas e só uma nova mudança viria trazê-lo de volta ao convívio com os “grandes”.
Depois de 4 temporadas ao serviço do Rio Ave, as 2 últimas na disputa da 2ª divisão, seguir-se-ia a transferência para o Vitória Futebol Clube. No entanto, em abono da verdade, a entrada na colectividade de Setúbal, com os “Sadinos” a competir no escalão máximo, não traria ao jogador qualquer presença no Campeonato Nacional de 1990/91. Tal ocaso, já com o colectivo a sofrer os efeitos da despromoção, inverter-se-ia. Infelizmente para Nando, a campanha de 1991/92 daria início a um períplo que, durante alguns anos, conseguiria afastá-lo dos principais palcos portugueses. Nesse sentido, Penafiel e Ovarense seriam os emblemas a preencher os capítulos seguintes da sua caminhada profissional e a anteceder a chegada à agremiação a devolvê-lo ao contexto primodivisionário.
Integrado no plantel de 1994/95 do Leça, a experiência de Nando empurrá-lo-ia, de imediato, para um lugar no “onze” inicial. Como um dos pilares da equipa comandada por Joaquim Teixeira, o jogador, nesse ano de entrada no clube, seria umas das principais peças na conquista da divisão de Honra e na consequente subida de patamar. Com a agremiação do concelho de Matosinhos de regresso, mais de meio século depois, à 1ª divisão, o defesa, só por tal razão, conquistaria o direito a inscrever o seu nome nos anais da colectividade. Contudo, a ligação de 5 campanhas daria para muito mais. No período ainda agora sublinhado, destacar-se-iam as 4 épocas consecutivas no patamar maior, a partilha do relvado com Jaime Magalhães, Constantino, Vladan, Armando, Cao, Sérgio Conceição, Zé da Rocha, Serifo, Alfaia, Tozé, ou Cristóvão e as 97 partidas cumpridas na principal prova do calendário luso. Ainda assim, a separação entre o atleta e a colectividade surgiria numa altura periclitante para o emblema nortenho e a denotar algum ressentimento por parte do experiente praticante – “Por aquilo que fiz ao longo destes cinco anos, merecia mais respeito”*.
Numa altura em que já estava a aproximar-se do termo da carreira, Nando ainda revelaria disponibilidade para representar Marco, Vilanovense e Celoricense. Alguns anos depois, ao trocar as chuteiras pelas sapatilhas, o atleta voltaria à prática do desporto federado e entraria, em 2006/07, para a equipa de futsal do SS Montepio Geral.
*retirado do artigo de Renato Melo, publicado a 23/07/1999, em www.record.pt
Antes ainda de dar o salto em termos clubísticos, Nando, ao revelar qualidades acima da média, começaria a ser chamado aos trabalhos das jovens equipas a cargo da Federação Portuguesa de Futebol. Integrado nos trabalhos dos sub-18, o lateral-esquerdo, que também sabia actuar no lado canhoto do meio-campo, teria a estreia com a “camisola das quinas” a 23 de Dezembro de 1980. Após essa partida frente a Espanha, orientado pelo “magriço” José Augusto, o atleta manter-se-ia nos planos das jovens selecções lusas. Nesse sentido, continuaria a ser chamado aos desafios agendados para Portugal e num rumo a encaminhá-lo igualmente às jornadas dos sub-16, o jogador conseguiria somar ao currículo um total 8 disputas efectuadas pelo seu país.
Seria já com o estatuto de internacional que Nando, na temporada de 1986/87, acabaria apresentado como reforço do Rio Ave. A transferência levá-lo-ia a estrear-se, sob a alçada de Mário Reis, no Campeonato Nacional da 1ª divisão. Em Vila do Conde, perfeitamente integrado nas metas colectivas do clube, o jogador, nessa época de arranque com o listado verde e branco, acabaria por disputar um número bastante aceitável de partidas. Aliás, essa condição sairia reforçada nas campanhas seguintes, com a titularidade, amiúde, a ser entregue ao seu cargo. Curiosamente, numa altura em que estava a cimentar-se como um praticante de categoria primodivisionária, a descida do emblema da caravela fá-lo-ia regressar ao espectro secundário das competições portuguesas e só uma nova mudança viria trazê-lo de volta ao convívio com os “grandes”.
Depois de 4 temporadas ao serviço do Rio Ave, as 2 últimas na disputa da 2ª divisão, seguir-se-ia a transferência para o Vitória Futebol Clube. No entanto, em abono da verdade, a entrada na colectividade de Setúbal, com os “Sadinos” a competir no escalão máximo, não traria ao jogador qualquer presença no Campeonato Nacional de 1990/91. Tal ocaso, já com o colectivo a sofrer os efeitos da despromoção, inverter-se-ia. Infelizmente para Nando, a campanha de 1991/92 daria início a um períplo que, durante alguns anos, conseguiria afastá-lo dos principais palcos portugueses. Nesse sentido, Penafiel e Ovarense seriam os emblemas a preencher os capítulos seguintes da sua caminhada profissional e a anteceder a chegada à agremiação a devolvê-lo ao contexto primodivisionário.
Integrado no plantel de 1994/95 do Leça, a experiência de Nando empurrá-lo-ia, de imediato, para um lugar no “onze” inicial. Como um dos pilares da equipa comandada por Joaquim Teixeira, o jogador, nesse ano de entrada no clube, seria umas das principais peças na conquista da divisão de Honra e na consequente subida de patamar. Com a agremiação do concelho de Matosinhos de regresso, mais de meio século depois, à 1ª divisão, o defesa, só por tal razão, conquistaria o direito a inscrever o seu nome nos anais da colectividade. Contudo, a ligação de 5 campanhas daria para muito mais. No período ainda agora sublinhado, destacar-se-iam as 4 épocas consecutivas no patamar maior, a partilha do relvado com Jaime Magalhães, Constantino, Vladan, Armando, Cao, Sérgio Conceição, Zé da Rocha, Serifo, Alfaia, Tozé, ou Cristóvão e as 97 partidas cumpridas na principal prova do calendário luso. Ainda assim, a separação entre o atleta e a colectividade surgiria numa altura periclitante para o emblema nortenho e a denotar algum ressentimento por parte do experiente praticante – “Por aquilo que fiz ao longo destes cinco anos, merecia mais respeito”*.
Numa altura em que já estava a aproximar-se do termo da carreira, Nando ainda revelaria disponibilidade para representar Marco, Vilanovense e Celoricense. Alguns anos depois, ao trocar as chuteiras pelas sapatilhas, o atleta voltaria à prática do desporto federado e entraria, em 2006/07, para a equipa de futsal do SS Montepio Geral.
*retirado do artigo de Renato Melo, publicado a 23/07/1999, em www.record.pt
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