Quando alguém como Alfredo di Stéfano baptiza outro jogador – ainda por cima foi quase sempre seu adversário – como "El Arquitecto", então muito há a dizer sobre tal apelido! Ora, há que reconhecê-lo e a alcunha posta pela estrela do Real Madrid, numa maneira correcta e sucinta de descrever o antigo médio espanhol, serve às mil maravilhas. Em abono da verdade, seu jogo era magistral. Diziam dele que conseguia pôr a bola como e a que distância queria. A sua exactidão era estonteante, ao ponto de outro dos grandes mitos do futebol, o treinador argentino Helénio Herrera – também passou pelo Belenenses –, seu treinador em Espanha e em Itália, dizer que, tê-lo em campo, era o seu conceito de tranquilidade.
Luis Suárez, ou, se quiserem, Luisito, começou por jogar, profissionalmente, no clube da sua terra natal, o Deportivo La Coruña. Contudo, pouco foi o tempo que aí passou, pois a sua excelência em campo agoirava outros voos. Da Galiza, com 18 anos apenas, partiu para a Catalunha. Em Barcelona, começavam a lançar-se os alicerces de uma equipa mítica. Ramallets, Czibor, Kubala, Kocsis são só alguns dos nomes que, com Suárez, partilharam o balneário. Nesse erguer, sob o comando do já referido técnico argentino, o FC Barcelona venceu 1 Taça do Rei, 2 Taças das Cidades com Feira e 2 Campeonatos. Aliás, seria o último título de campeão que lançaria os “Blaugrana” para a campanha, já sob o comando do espanhol Enrique Orizaola, da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1960/61. É estranho tal número?! Não devia ser! A campanha de 1960/61 é a época em que o Benfica levantaria, em Berna, o dito troféu. Pois é, foram as "Águias" as responsáveis, sem saberem que mais tarde haveriam de sofrer uma "vendetta", pelo primeiro dissabor na carreira de Luis Suárez. Certo é que nem tal desaire impediu o jogador de, nesse mesmo final de temporada, conseguir protagonizar a maior transferência de sempre, no futebol daquela altura.
O Inter acabava de acenar, ao atleta e ao emblema "Blaugrana", com duas propostas irrecusáveis. Para os cofres dos catalães seguiram qualquer coisa como 200 mil euros e para o atleta, ele já com o estatuto do Ballon d'Or ganho em 1960, mais uma pequena fortuna. Bem longe de estar alheio à mudança do médio, mais uma vez, estava a incontornável figura de Herrera. O treinador, que agora orientava os de Milão, precisava de alguém que desenhasse as suas jogadas com exactidão, de alguém que municiasse os seus atacantes de forma precisa e o nome que surgiu na sua cabeça foi, naturalmente, o do internacional espanhol. Já em Itália, ao lado de nomes como Facchetti, Mazzola, Picchi, do brasileiro Jair ou, ainda, do português Jorge Humberto, Suárez rapidamente tomou conta da zona central do terreno de jogo. Com jogadas geniais, lançou o Inter para uma série de títulos nacionais e continentais, onde merecem maior destaque 3 "Scudettos", 2 Taças Intercontinentais e 2 Taças dos Clubes Campeões Europeus, onde, lá está, tenho de incluir a de 1964/65, conquistada frente ao Benfica.
Na selecção, tal como nos clubes por onde passou, o seu papel como pensador do jogo, assumiu grande relevância. Foi assim que a Espanha conseguiu alcançar o seu primeiro grande título enquanto nação, ou seja, o Europeu de selecções de 1964. Já “penduradas as chuteiras”, sendo um intérprete inteligente, nada mais normal que, após o final da carreira nos relvados, fizesse a transição para a vida de treinador. É certo que, em tais funções, nunca conseguiu o prestígio, nem, tão pouco, os títulos alcançados enquanto futebolista. No entanto, a sua carreira não deixa de ter pontos de interesse, como é exemplo a presença no Mundial de 1990, onde, em Itália, comandou os destinos da selecção espanhola.
Luis Suárez, ou, se quiserem, Luisito, começou por jogar, profissionalmente, no clube da sua terra natal, o Deportivo La Coruña. Contudo, pouco foi o tempo que aí passou, pois a sua excelência em campo agoirava outros voos. Da Galiza, com 18 anos apenas, partiu para a Catalunha. Em Barcelona, começavam a lançar-se os alicerces de uma equipa mítica. Ramallets, Czibor, Kubala, Kocsis são só alguns dos nomes que, com Suárez, partilharam o balneário. Nesse erguer, sob o comando do já referido técnico argentino, o FC Barcelona venceu 1 Taça do Rei, 2 Taças das Cidades com Feira e 2 Campeonatos. Aliás, seria o último título de campeão que lançaria os “Blaugrana” para a campanha, já sob o comando do espanhol Enrique Orizaola, da Taça dos Clubes Campeões Europeus de 1960/61. É estranho tal número?! Não devia ser! A campanha de 1960/61 é a época em que o Benfica levantaria, em Berna, o dito troféu. Pois é, foram as "Águias" as responsáveis, sem saberem que mais tarde haveriam de sofrer uma "vendetta", pelo primeiro dissabor na carreira de Luis Suárez. Certo é que nem tal desaire impediu o jogador de, nesse mesmo final de temporada, conseguir protagonizar a maior transferência de sempre, no futebol daquela altura.
O Inter acabava de acenar, ao atleta e ao emblema "Blaugrana", com duas propostas irrecusáveis. Para os cofres dos catalães seguiram qualquer coisa como 200 mil euros e para o atleta, ele já com o estatuto do Ballon d'Or ganho em 1960, mais uma pequena fortuna. Bem longe de estar alheio à mudança do médio, mais uma vez, estava a incontornável figura de Herrera. O treinador, que agora orientava os de Milão, precisava de alguém que desenhasse as suas jogadas com exactidão, de alguém que municiasse os seus atacantes de forma precisa e o nome que surgiu na sua cabeça foi, naturalmente, o do internacional espanhol. Já em Itália, ao lado de nomes como Facchetti, Mazzola, Picchi, do brasileiro Jair ou, ainda, do português Jorge Humberto, Suárez rapidamente tomou conta da zona central do terreno de jogo. Com jogadas geniais, lançou o Inter para uma série de títulos nacionais e continentais, onde merecem maior destaque 3 "Scudettos", 2 Taças Intercontinentais e 2 Taças dos Clubes Campeões Europeus, onde, lá está, tenho de incluir a de 1964/65, conquistada frente ao Benfica.
Na selecção, tal como nos clubes por onde passou, o seu papel como pensador do jogo, assumiu grande relevância. Foi assim que a Espanha conseguiu alcançar o seu primeiro grande título enquanto nação, ou seja, o Europeu de selecções de 1964. Já “penduradas as chuteiras”, sendo um intérprete inteligente, nada mais normal que, após o final da carreira nos relvados, fizesse a transição para a vida de treinador. É certo que, em tais funções, nunca conseguiu o prestígio, nem, tão pouco, os títulos alcançados enquanto futebolista. No entanto, a sua carreira não deixa de ter pontos de interesse, como é exemplo a presença no Mundial de 1990, onde, em Itália, comandou os destinos da selecção espanhola.