Terá sido, provavelmente, o melhor jogador saído do antigo bloco soviético. É certo que em termos de popularidade teremos que o comparar com Belanov ou com o incontornável Yashin. Todavia, e perdoem-me o abuso, mas Blokhin foi o maior génio em termos técnicos saído da URSS.
Formado nas escolas do Dínamo de Kiev, Blokhin chegaria à categoria principal pelas mãos do técnico Victor Maslov. Chamado quando ainda era adolescente, os primeiros anos com os seniores serviriam para que o avançado conseguisse adaptar-se a uma realidade competitiva mais exigente. É lógico que tão precoce convocatória era o reflexo de todas as esperanças que, desde cedo, começariam a depositar-se no avançado. Excelente com a bola nos pés, a maneira como lia o jogo e a capacidade que tinha para finalizar jogadas de ataque, completavam-se com harmonia na sua pessoa. Todas essas características vincar-se-iam com maior enfase passados alguns anos e, mormente, sob o comando do mítico Valeriy Lobanovskiy.
A partir de 1972, Blokhin começa a ganhar uma preponderância enorme no seio do plantel. No final dessa campanha, orientado ainda por Aleksandr Sevidov, os 14 golos que concretizaria dar-lhe-iam o troféu de Melhor Marcador do Campeonato Soviético. Esse prémio, a juntar ao título de campeão conquistado um ano antes, serviriam de prelúdio para uma carreira recheada de vitórias. Com o referido Valeriy Lobanovskiy já como treinador, mais conquistas entrariam no seu palmarés. É certo que inserido num plantel recheado craques, mas sendo o grande esteio de toda uma dinâmica, o avançado voltaria ser a principal figura nas campanhas seguintes.
Para além das 8 conquistas no Campeonato Soviético, das 5 na Taça da URSS e mais 3 na Supertaça, seriam as competições europeias que transformariam o avançado num fenómeno global. Para tal muito contribuiriam as brilhantes vitórias na Taça dos Vencedores das Taças de 1974/75 e de 1985/86 e na Supertaça da UEFA de 1975/76. No entanto, e sem tirar valor aos outros 2 triunfos, há um momento que ficaria na memória de todos os adeptos do futebol. Numa Supertaça da UEFA ainda disputada a 2 mãos, os 3-0 do cômputo final contariam com 3 golos de Blokhin. Ainda assim, um dos golos mereceria um maior destaque do que os restantes. No primeiro embate frente ao Bayern de Munique, uma bola recuperada à saída da grande-área, acabaria nos pés do atacante. Sem que nada o intimidasse, nem o facto de estar a jogar na casa do adversário, o avançado arranca pelo campo fora. Um a um, “dribla” os adversários que se atravessam no seu caminho e, depois de deixar Franz Beckenbauer para trás, bate o guardião Sepp Maier.
Além-fronteiras, também as cores do seu país serviriam para aumentar a sua reputação. Com a estreia pela principal equipa da URSS a acontecer em 1972, esse particular frente à Finlândia daria início a uma caminhada de 112 internacionalizações e 42 golos. Os números aqui apresentados fariam do avançado o atleta com mais jogos e remates certeiros na história da selecção soviética. No contexto da equipa nacional, e mesmo sem conseguir vencer os grandes torneios em que participaria, as disputas dos Mundiais de 1982 e 1986 seriam os palcos certos para sublinhar o seu valor. Claro está, e muito à imagem da sua nação, seriam os Jogos Olímpicos a laureá-lo. Duas medalhas, ambas de bronze, seriam o rescaldo da sua participação nas edições de 1972 e 1976.
Para entender melhor a grandeza do seu futebol há que falar nos prémios individuais que, durante mais de duas décadas como futebolista, conseguiria amealhar. Já aqui foi referido o primeiro prémio que ganhou como Melhor Marcador do Campeonato. A esse teremos ainda que adicionar uma longa lista. Nesse rol de troféus há que incluir mais 4 como o goleador máximo soviético. Depois, vêm ainda os 3 galardões de Jogador Soviético do Ano, de Melhor Marcador na edição de 1985/86 da Taça das Taças, o recorde de presenças e golos no Campeonato Soviético e, como a cereja no “topo do bolo”, o Ballon d’Or de 1975.
Faltou-lhe, se analisarmos a sua carreira aos olhos de hoje, uma mudança para uma das principais ligas europeias. Curiosamente, tal esteve à beira de acontecer! O Real Madrid, após as primeiras conquistas europeias do avançado, chegaria a apresentar uma proposta pela aquisição dos seus serviços. Consta que tudo chegou a estar acordado entre os dois emblemas. No entanto, prevaleceria a lei que impedia atletas de deixar a URSS antes de completarem 29 anos de idade. Blokhin acabaria por manter-se com as cores do Dínamo de Kiev quase até ao fim do seu trajecto como futebolista. Sairia em 1988, quando já contava 35 anos, para os austríacos do Vorwärts Steyr.
No que à sua relação com a modalidade diz respeito, Blokhin acabaria também por desempenhar outras funções. Após, em 1990 e ao serviço do Aris Limassol, ter posto um ponto final na sua caminhada como atleta, o antigo atacante abraçaria as obrigações de treinador. Nessas tarefas passaria mais de uma década a orientar clubes gregos, entre os quais o Olympiacos e o AEK. No regresso ao seu país, tomaria conta da selecção e, com a Ucrânia, participaria no Mundial de 2006 e no Euro 2012. Destaque também para a sua passagem pelo Dínamo Kiev e, como dirigente, pelo Chornomorets.
Formado nas escolas do Dínamo de Kiev, Blokhin chegaria à categoria principal pelas mãos do técnico Victor Maslov. Chamado quando ainda era adolescente, os primeiros anos com os seniores serviriam para que o avançado conseguisse adaptar-se a uma realidade competitiva mais exigente. É lógico que tão precoce convocatória era o reflexo de todas as esperanças que, desde cedo, começariam a depositar-se no avançado. Excelente com a bola nos pés, a maneira como lia o jogo e a capacidade que tinha para finalizar jogadas de ataque, completavam-se com harmonia na sua pessoa. Todas essas características vincar-se-iam com maior enfase passados alguns anos e, mormente, sob o comando do mítico Valeriy Lobanovskiy.
A partir de 1972, Blokhin começa a ganhar uma preponderância enorme no seio do plantel. No final dessa campanha, orientado ainda por Aleksandr Sevidov, os 14 golos que concretizaria dar-lhe-iam o troféu de Melhor Marcador do Campeonato Soviético. Esse prémio, a juntar ao título de campeão conquistado um ano antes, serviriam de prelúdio para uma carreira recheada de vitórias. Com o referido Valeriy Lobanovskiy já como treinador, mais conquistas entrariam no seu palmarés. É certo que inserido num plantel recheado craques, mas sendo o grande esteio de toda uma dinâmica, o avançado voltaria ser a principal figura nas campanhas seguintes.
Para além das 8 conquistas no Campeonato Soviético, das 5 na Taça da URSS e mais 3 na Supertaça, seriam as competições europeias que transformariam o avançado num fenómeno global. Para tal muito contribuiriam as brilhantes vitórias na Taça dos Vencedores das Taças de 1974/75 e de 1985/86 e na Supertaça da UEFA de 1975/76. No entanto, e sem tirar valor aos outros 2 triunfos, há um momento que ficaria na memória de todos os adeptos do futebol. Numa Supertaça da UEFA ainda disputada a 2 mãos, os 3-0 do cômputo final contariam com 3 golos de Blokhin. Ainda assim, um dos golos mereceria um maior destaque do que os restantes. No primeiro embate frente ao Bayern de Munique, uma bola recuperada à saída da grande-área, acabaria nos pés do atacante. Sem que nada o intimidasse, nem o facto de estar a jogar na casa do adversário, o avançado arranca pelo campo fora. Um a um, “dribla” os adversários que se atravessam no seu caminho e, depois de deixar Franz Beckenbauer para trás, bate o guardião Sepp Maier.
Além-fronteiras, também as cores do seu país serviriam para aumentar a sua reputação. Com a estreia pela principal equipa da URSS a acontecer em 1972, esse particular frente à Finlândia daria início a uma caminhada de 112 internacionalizações e 42 golos. Os números aqui apresentados fariam do avançado o atleta com mais jogos e remates certeiros na história da selecção soviética. No contexto da equipa nacional, e mesmo sem conseguir vencer os grandes torneios em que participaria, as disputas dos Mundiais de 1982 e 1986 seriam os palcos certos para sublinhar o seu valor. Claro está, e muito à imagem da sua nação, seriam os Jogos Olímpicos a laureá-lo. Duas medalhas, ambas de bronze, seriam o rescaldo da sua participação nas edições de 1972 e 1976.
Para entender melhor a grandeza do seu futebol há que falar nos prémios individuais que, durante mais de duas décadas como futebolista, conseguiria amealhar. Já aqui foi referido o primeiro prémio que ganhou como Melhor Marcador do Campeonato. A esse teremos ainda que adicionar uma longa lista. Nesse rol de troféus há que incluir mais 4 como o goleador máximo soviético. Depois, vêm ainda os 3 galardões de Jogador Soviético do Ano, de Melhor Marcador na edição de 1985/86 da Taça das Taças, o recorde de presenças e golos no Campeonato Soviético e, como a cereja no “topo do bolo”, o Ballon d’Or de 1975.
Faltou-lhe, se analisarmos a sua carreira aos olhos de hoje, uma mudança para uma das principais ligas europeias. Curiosamente, tal esteve à beira de acontecer! O Real Madrid, após as primeiras conquistas europeias do avançado, chegaria a apresentar uma proposta pela aquisição dos seus serviços. Consta que tudo chegou a estar acordado entre os dois emblemas. No entanto, prevaleceria a lei que impedia atletas de deixar a URSS antes de completarem 29 anos de idade. Blokhin acabaria por manter-se com as cores do Dínamo de Kiev quase até ao fim do seu trajecto como futebolista. Sairia em 1988, quando já contava 35 anos, para os austríacos do Vorwärts Steyr.
No que à sua relação com a modalidade diz respeito, Blokhin acabaria também por desempenhar outras funções. Após, em 1990 e ao serviço do Aris Limassol, ter posto um ponto final na sua caminhada como atleta, o antigo atacante abraçaria as obrigações de treinador. Nessas tarefas passaria mais de uma década a orientar clubes gregos, entre os quais o Olympiacos e o AEK. No regresso ao seu país, tomaria conta da selecção e, com a Ucrânia, participaria no Mundial de 2006 e no Euro 2012. Destaque também para a sua passagem pelo Dínamo Kiev e, como dirigente, pelo Chornomorets.