1661 - JOÃO CARDOSO

Produto das “escolas” do Vitória Futebol Clube, Carlos João Guilherme Cardoso, ainda em idade de formação, seria chamado a participar nos trabalhos das jovens equipas à guarda da Federação Portuguesa de Futebol. Integrado no conjunto de juniores, o defesa-central, num alinhamento a contar igualmente com Laranjeira, Gregório Freixo, Edmundo Duarte, João Cardoso, Cacheira, entre outros, faria, a 5 de Dezembro de 1969, a estreia com a “camisola das quinas”. Ainda por Portugal, depois desse “particular” frente à Suíça, o atleta ainda teria a oportunidade de participar noutra peleja pelo conjunto luso e, desse modo, juntaria ao currículo um par de internacionalizações pelos actualmente designados por sub-18.
Alguns meses após as referidas contendas disputadas por Portugal, João Cardoso, chamado por José Maria Pedroto, estrear-se-ia na equipa principal do Vitória Futebol Clube. Porém, nessa campanha de 1970/71, tapado essencialmente por Carlos Cardoso e por José Mendes, o jovem atleta não conseguiria muitas oportunidades para sublinhar o seu real valor. Aliás, o mesmo ocaso verificar-se-ia nas épocas seguintes. Com o intuito de dar mais experiência competitiva ao jogador, a época 1973/74 passá-la-ia ao serviço do também primodivisionário Montijo. Para infelicidade do defesa-central, o regresso ao Estádio do Bonfim, sensivelmente um ano após a saída, nem sempre traria a tão almejada titularidade. Com excepção da época de 1974/75, durante a qual jogaria com alguma regularidade, as temporadas seguintes voltariam a empurrá-lo para a condição de suplente e, por essa razão, em 1977/78 decidiria abraçar outro projecto.
Já como praticante ao serviço do Portimonense, dando jus às suas qualidades, João Cardoso viria, de forma inequívoca, a tornar-se num dos mais utilizados da equipa. Habitualmente chamado ao “onze”, o defesa-central transformar-se-ia numa das grandes figuras do conjunto sediado no Barlavento. Durante as 4 temporadas cumpridas no Algarve, o jogador, com excepção feita à campanha de 1978/79, passaria 3 anos nas disputas primodivisionárias. A assiduidade com que apareceria em campo, frequência transversal aos diversos treinadores, dar-lhe o direito de figurar na lista dos atletas com mais presenças em campo nas disputas da 1ª divisão, pelo listado alvinegro. Tal rol de jornadas findaria com o termo da temporada de 1980/81 e o atleta, consumada a separação consumada, retornaria a uma casa por si bem conhecida.
De novo com a camisola dos “Sadinos”, João Cardoso teria na época de 1981/82, no que ao plano pessoal concerne, um ano bastante positivo. Todavia, inicialmente titular nesse novo ciclo com o listado verde e branco, a campanha seguinte no Bonfim traria ao atleta números significativamente mais baixos. Desse modo, o jogador tomaria a decisão de, mais uma vez, deixar o Vitória Futebol Clube, para dar seguimento à sua caminhada profissional noutras paragens. Seguir-se-iam, longe dos principais palcos do desporto luso e em passagens de apenas 1 ano, o Benfica e Castelo Branco, o Recreio de Águeda, o Olhanense, o Juventude de Évora e, para finalizar um trajecto de praticamente duas décadas, o Comércio e Indústria de 1987/88.

1660 - KALI

Carlos Manuel Gonçalves Alonso, popularizado como Kali, nasceria em Angola. No entanto, seria na Margem Sul do Rio Tejo que daria os primeiros passos no mundo do futebol. Formado nas “escolas” do Montijo, o jovem defesa-central, sem deixar o emblema aldegalense, acabaria, pelas mãos do treinador Conhé, chamado à equipa principal. Apesar de disputar apenas a 3ª divisão, as suas exibições, no decorrer da temporada de 1997/98, seriam suficientes para chamar a atenção de outro emblema. Como elemento do FC Barreirense a partir da campanha de 1998/99, onde passaria a trabalhar sob a intendência de José Rachão, o atleta, nas pelejas da 2ª divisão “b”, não decepcionaria quem nele tinha apostado e depressa asseguraria para si um lugar como titular.
A primeira oportunidade no escalão máximo português surgiria, pelo consentimento de Carlos Manuel, outro elemento com forte ligação ao clube sediado na cidade do Barreiro, na temporada de 2001/02. Já no plantel do Santa Clara, o grande destaque dessa época surgiria, não no plano interno, mas através dos responsáveis técnicos da Federação Angolana de Futebol. Convocado por Mário Calado, Kali teria a oportunidade de fazer a estreia na principal equipa do seu país. Todavia, o encontro agendado para o Estádio de Alvalade, um “particular” frente a Portugal, ficaria na memória dos adeptos pelas piores razões. Num jogo disputado com extrema brutalidade, as 4 expulsões de elementos africanos, seguida de uma hipotética lesão, levaria, estando as substituições esgotadas, a um fim prematuro da partida. Ainda assim, os créditos do defesa-central não sairiam muito beliscados e dando seguimento ao bom trabalho feito a nível clubístico, o jogador, cerca de um par de anos mais tarde, voltaria a ser chamado às contendas dos “Palancas Negros”. Nesse sentido, o atleta passaria a figurar no rol de nomes chamados aos principais certames futebolísticos. Marcaria presença nas edições de 2006, 2008, 2010 e 2012 da CAN e, como um dos grandes destaques da sua carreira, veria Luís de Oliveira Gonçalves a incluí-lo no grupo de trabalho com destino à Alemanha, viagem com vista à participação no Mundial de 2006.
Voltando ao percurso clubístico, Kali, ainda como atleta do Santa Clara, teria na temporada de 2002/03 a oportunidade de disputar as provas de índole continental. Com a colectividade açoriana integrada na Taça Intertoto, Manuel Fernandes daria ao defesa-central lugar nas 4 partidas disputadas, na referida prova, pelo clube insular. Por outro lado, a campanha da agremiação de Ponta Delgada no Campeonato Nacional ditaria a indesejada despromoção. Como consequência de tamanho desaire, o jogador, nas 2 épocas subsequentes, ver-se-ia inserido nas contendas da divisão de Honra. Mesmo como um dos principais elementos do plantel micaelense, o atleta, para a campanha de 2005/06, sem sair do mesmo escalão, preferiria retornar ao FC Barreirense. A verdade é que o regresso à Margem Sul seria curto e 2006/07 daria início a um périplo por emblemas de outros países.
Os helvéticos do FC Sion e os franceses do AC Arles-Avignon antecederiam a sua entrada, em 2010, nos angolanos do 1º de Agosto. A chegada ao “Girabola” significaria para Kali o encetar daquele que viria a tornar-se no derradeiro capítulo da sua caminhada competitiva. Com as divisas dos “Militares”, onde começaria por trabalhar sob as instruções de Ljubinko Drulovic, o defesa-central jogaria 5 temporadas, durante as quais, para além de disputar a CAF Confederation Cup e a Liga dos Campeões Africana, ainda contribuiria para a vitória na Supertaça de 2010.

1659 - CASIMIRO

Seria ainda como elemento das “escolas” do FC Porto que Casimiro António Cerqueira da Rocha seria chamado às equipas sob a guarda da Federação Portuguesa de Futebol. Com a estreia a acontecer a 16 de Fevereiro de 1980, o defesa-esquerdo ganharia, frente à Republica Federal da Alemanha, um lugar no “onze” idealizado por Jesualdo Ferreira. Após essa partida dos actualmente designados por sub-16, ronda a contar para o Torneio Internacional do Algarve, o jovem praticante ainda voltaria a ser chamado a envergar a “camisola das quinas” e por Portugal, sempre no escalão acima referido, conseguiria um total de 4 presenças.
No que diz respeito à evolução da sua caminhada clubística, a passagem para o patamar sénior não haveria de revelar grandes facilidades para o defesa. Com o austríaco Hermann Stessl a dar a preferência a atletas mais experientes, a solução encontrada para Casimiro surgiria fora do Estádio das Antas e um pouco mais a norte. Apresentado como reforço da AD Fafe, o lateral-esquerdo cumpriria a temporada de 1981/82 na disputa da 2ª divisão. Mesmo tendo mudado de emblema na campanha seguinte, o escalão secundário, já enquanto atleta do Paços de Ferreira, manter-se-ia no seu contexto competitivo por mais um par de anos. Ainda assim, os bons desempenhos não deixariam de apontá-lo como um elemento de grandes recursos e, por essa razão, dono de um enorme potencial. Tal aferição levaria o Salgueiros a apostar na sua contratação e o regresso à cidade do Porto aconteceria em 1984/85.
No popular bairro de Paranhos, inicialmente orientado por Henrique Calisto, Casimiro, já em contexto primodivisionário, ainda teria de enfrentar a concorrência de João Gouveia. No entanto, com a saída deste na época seguinte, o defesa-esquerdo, já a trabalhar com o treinador Humberto Coelho, passaria a ocupar um papel de relevo no alinhamento inicial do Salgueiros. Daí em diante, mesmo com a passagem pelo comando técnico salgueirista de Rodolfo Reis, Fernando Festas e de Fidalgo, o jogador nunca perderia o lugar no “onze”. Sempre nas pelejas do escalão maior português, o destaque merecido levá-lo-ia a ser tido como um dos bons nomes a actuar nas provas lusas. O pior emergiria com o termo da temporada de 1987/88 e o penúltimo lugar na tabela classificativa do Campeonato Nacional determinaria a despromoção do emblema a disputar os desafios caseiros no Estádio Engenheiro Vidal Pinheiro.
Com a descida, Casimiro resolveria dar um novo rumo à sua caminhada profissional. Todavia, ao mudar de emblema, o jogador, em 1988/89, não conseguiria escapar ao degrau secundário. Ainda assim, duraria pouco tempo o regresso aos patamares inferiores. Após ajudar à conquista do Campeonato Nacional da 2ª divisão, o defesa-esquerdo, ao manter-se como um dos nomes no plantel do União da Madeira, voltaria ao cenário competitivo dos “grandes”. A temporada de 1989/90 e a seguinte, sempre na alçada das instruções de Rui Mâncio, dariam ao currículo do atleta mais um par de épocas na disputa da prova de maior calibre no cenário futebolístico português. Ao somar, com o período passado na região insular, uma dúzia de anos cumpridos no patamar maior, o lateral deixaria a colectividade sediada na cidade do Funchal, para retornar ao continente. Na realidade, o regresso à zona Norte, embora afastado definitivamente das pelejas primodivisionárias, levá-lo-ia a abraçar o projecto mais emblemático do seu trajecto enquanto desportista. Na Ovarense passaria 5 campanhas consecutivas, teria nos quartos-de-final da Taça de Portugal de 1994/95 o momento de maior destaque e tomaria, no final das provas agendadas para 1995/96, a decisão de, ao serviço dos “Vareiros”, “pendurar as chuteiras”.

1658 - SOEIRO

Com a formação terminada ao serviço do Vitória Sport Clube, seria ainda em idade júnior que José Manuel Guedes Soeiro da Silva acabaria, pela mão da dupla Djunga/Alfredo Murça, chamado à equipa principal. Após essa estreia, ocorrida no decorrer da temporada de 1983/84, o jovem jogador passaria a fazer parte integrante do plantel sénior do emblema vimaranense. No entanto, a falta de oportunidades traçaria um novo rumo para sua caminhada e o atleta, na campanha de 1985/86, encetaria um périplo que, durante 3 anos, iria levá-lo a representar diversas colectividades.
A passagem por Lixa, AD Fafe e “O Elvas”, mormente pelas duas últimas agremiações mencionadas, acrescentariam bastante ao seu percurso profissional. Nesse sentido, seria com as cores da colectividade minhota que Soeiro viria, inicialmente, a ser chamado aos trabalhos das jovens equipas à guarda da Federação Portuguesa de Futebol. Integrado nos “esperanças”, o jogador, que devido à sua propensão defensiva viria a posicionar no centro da defesa ou a “trinco”, estrear-se-ia com as cores lusas na edição de 1987 do Torneio Internacional de Toulon. Depois dessa partida frente ao Brasil, onde seria orientado por António Oliveira, o atleta, sempre no mesmo escalão, ainda teria a oportunidade de vestir a “camisola das quinas” por outras 5 ocasiões e impulsionado por tais experiências veria as portas do clube sediado na “Cidade Berço” a abrirem-se para o seu regresso.
Em abono da verdade, não seriam apenas as internacionalizações conseguidas que convenceriam os responsáveis técnicos pelo Vitória Sport Clube a recebê-lo de novo em Guimarães. Também a passagem pelo emblema alentejano mencionado no começo do parágrafo anterior, principalmente a maneira como assumiria a titularidade no contexto primodivisionário, serviria de tónico ao seu regresso. Ainda assim, as várias presenças em campo pelo “O Elvas” de 1987/88 não assegurariam o mesmo destaque com a camisola dos “Conquistadores”. Tal preponderância surgiria apenas na temporada de 1988/89 e o jogador, a partir dessa campanha, assumir-se-ia como uma das principais caras da colectividade minhota.
Curiosamente, depois de ter ajudado ao triunfo na edição de 1988/89 da Supertaça e de ter granjeado, com o seu trabalho, o papel de capitão de equipa, o termo da campanha de 1991/92 levá-lo-ia a abraçar outro projecto. Apresentado como reforço do plantel de 1992/93 do Marítimo, Soeiro voltaria a trabalhar sob a intendência de Paulo Autuori, treinador que tinha apostado em si, de forma bem vincada, em Guimarães. No novo contexto competitivo, o atleta entraria para a história do emblema insular, logo na campanha da sua chegada ao Estádio dos Barreiros, como um dos homens a assegurar o 5º posto na tabela classificativa do Campeonato Nacional e, por consequência, a levar os “Leões do Almirante Reis” à inédita qualificação para as provas de índole continental. Já na época seguinte, sob o comando de Edinho, participaria na estreia dos “Verde-rubros” na Taça UEFA e entraria em campo em ambas as partidas frente aos belgas do Royal Antwerp.
No Funchal, permaneceria por 3 anos, ao fim das quais retornaria ao Vitória Sport Clube. Nessa campanha de 1995/96, tal como anteriormente, o jogador viria a assumir-se como um dos nomes habituais arrolados ao “onze”. Porém, a época seguinte voltaria a apresentá-lo com uma camisola diferente. No Sporting de Espinho, a temporada de 1996/97 transformar-se-ia na última da sua caminhada nos cenários primodivisionários. De seguida, pouco tendo passado da barreira dos 30 anos de idade, Soeiro começaria a aproximar-se do fim da sua carreira enquanto atleta e 1998/99, depois de representar o Felgueiras, daria azo a que “pendurasse as chuteiras”.
Apesar de deixar os relvados, Soeiro manter-se-ia ligado à modalidade. Ao abraçar as funções de técnico, o antigo futebolista orientaria diferentes colectividades e, num percurso feito pelos escalões inferiores, Joane, AD Fafe, Paredes, Lixa, Ribeirão, AR São Martinho e Tourizense fariam parte desse trajecto.

1657 - FAIA

Seria no FC Barreirense que João Júlio de Almeida e Silva encetaria a carreira no “jogo da bola”. Após terminar a formação nos “Alvirrubros”, a época de 1947/48, na qual a colectividade sediada na Margem Sul atingiria as meias-finais da Taça de Portugal, dar-lhe-ia a oportunidade de dar, ainda em idade adolescente, os primeiros passos no escalão sénior. Dando início ao percurso na equipa principal na disputa do escalão secundário, o atleta, popularizado pela alcunha Faia, teria de aguardar algumas temporadas para conseguir experimentar as pelejas travadas nos principais palcos do desporto luso. Essa oportunidade surgiria no decorrer da campanha de 1951/52 e daria azo a um dos grandes momentos da sua caminhada competitiva.
Na última temporada referida no parágrafo anterior, orientado por Artur Quaresma e com a chegada às meias-finais da Taça de Portugal como a grande proeza dessa época, Faia, como resultado das suas exibições, seria convidado pelo Sporting para integrar uma digressão agendada para o Brasil. Em “Terras de Vera Cruz”, a participação na Copa Rio daria ao ponta-de-lança o ensejo de entrar em campo frente ao Fluminense e contra os helvéticos do Grasshopers. Já no regresso a Portugal, de volta ao listado branco e vermelho do FC Barreirense, o jogador continuaria a revelar excelsas qualidades para os desempenhos das funções a si atribuídas no sector mais ofensivo da equipa. Tais habilidades, que ajudariam ao 5º posto na tabela classificativa do Campeonato Nacional de 1952/53, seriam suficientes para que de outros emblemas continuasse a surgir o interesse no seu concurso. A transferência viria mesmo a concretizar-se e o avançado, em 1954/55, seria apresentado como reforço da Académica de Coimbra.
Depois de um par de anos na “Cidade dos Estudantes”, a reentrada no Estádio Dom Manuel de Mello entregaria o atleta aos melhores anos da sua carreira. Uma das grandes provas do que acabo de afirmar seria a forma incontestada como assumiria a titularidade. Nesse campo, com o regresso ao FC Barreirense a acontecer em 1956/57, o avançado, na aludida época e nas duas seguintes, conseguiria ser sempre totalista no Campeonato Nacional. Outro aspecto importante emergiria com o interesse dos responsáveis técnicos da Federação Portuguesa de Futebol nos seus préstimos. Com as cores lusas, para além das participações pela selecção militar, Faia exibir-se-ia por duas vezes, com a estreia, frente a um colectivo da região germânica de Sarre, a acontecer a 3 de Junho de 1956. Depois dessa partida, o jogador ainda vestiria mais uma vez a “camisola das quinas” e encerraria as suas participações por Portugal com duas internacionalizações “B”.
Após cumprido mais um triénio ao serviço do FC Barreirense, a despromoção da colectividade por si representadas levaria o atleta a prosseguir a sua carreira noutras paragens. Depois de deixar os “Alvirrubros” não só como um dos nomes com mais presenças no escalão máximo, os 72 golos concretizados, num total de 5 campanhas, transformá-lo-iam, até aos dias de hoje, no goleador máximo da equipa no contexto primodivisionário. Ainda assim, a sua decisão de mudar de cores levá-lo-ia, em 1959/60, a escolher os grandes rivais da CUF como o emblema seguinte na caminhada competitiva. Na colectividade fabril, mesmo não tendo atingido as metas pessoais alcançadas anteriormente, o atacante conseguiria manter-se importante para os objectivos do colectivo e, nesse sentido, seria preponderante na luta pelos lugares cimeiros da tabela classificativa, nomeadamente para o 4º posto atingido em 1961/62. Por fim, em 1963/64 e num trajecto quase exclusivamente dedicado a agremiações do Barreiro, viria o seu ingresso no Luso, emblema que representaria até à segunda metade da década de 1960.

1656 - BARNABÉ

Formado no futebol do Sporting, depois de também ter praticado natação e ginástica no clube, João Pedro Barnabé dos Santos, chegaria a sénior na temporada de 1965/66. Porém, apesar da qualidade exibida projectar para si um lugar no plantel principal, a verdade é que uma lesão levá-lo-ia a adiar tal estreia. Inserido nos “reservas”, o defesa-direito, na campanha de 1967/68, finalmente conseguiria ser chamado ao mais importante “onze” leonino. Arrolado por Fernando Caiado à titularidade, o jogador, na 5ª jornada do Campeonato Nacional, teria o arranque de uma caminhada que, em Alvalade, pouco mais tempo duraria. Sem lugar no plantel dos “Verdes e Brancos”, o atleta mudaria de emblema e encontraria no União de Tomar a sua nova divisa.
No emblema do distrito de Santarém a partir da temporada de 1968/69, Barnabé, como um dos atletas a fazer parte do primeiro grupo a disputar, na história dos “Nabantinos”, o escalão máximo, automaticamente entraria para os anais do clube. Obviamente, não seria apenas este facto a pô-lo em destaque na simpatia dos adeptos. Num conjunto orientado por Oscar Tellechea, o defesa desde logo assumiria um papel deveras importante nos esquemas tácticos pensados pelo treinador argentino. É também verdade que, apesar da segurança dada ao último sector dos homens sediados na “Cidade dos Templários”, onde chegaria a ocupar ambas as laterais, nem sempre conseguiria manter-se como um dos titulares. Nesse sentido, a época seguinte à da sua chegada constituiria uma dessas excepções e, curiosamente, o termo da campanha referida ditaria a despromoção do União de Tomar.
Nas 6 temporadas do União de Tomar na 1ª divisão, Barnabé passaria 4 anos entre os “grandes” do futebol luso. Nesse contexto competitivo, o atleta, em 1971/72 e orientado por Fernando Cabrita, teria a época mais produtiva em termos individuais. Infelizmente, a campanha seguinte voltaria a trazer ao seu percurso a malapata das lesões. Com graves mazelas a atrapalhar a sua continuidade como praticante de alta-competição, o defesa pouco jogaria nas temporadas de 1972/73 e 1973/74. Tamanho revés levá-lo-ia a encarar a sua ligação com o desporto de uma forma diferente da relação tida até esse momento. Ao decidir ser a altura certa para, com 27 anos, “pendurar as chuteiras”, o antigo praticante veria no trilho escolar a melhor maneira de regressar à modalidade da sua paixão e o curso de Educação Física passaria a ocupar a maior parte do seu tempo.
 Ao completar o mencionado grau académico, durante o qual ainda jogaria no Campeonato estudantil e também com as cores do CIF, o antigo futebolista profissional ganharia mais valências para operar no universo do futebol. Ele que, em 1972, já tinha feito parte do grupo fundador do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, a partir de 1982/83, passaria a desempenhar, nas “escolas” leoninas, as funções de treinador. Igualmente como técnico, a sua ligação à Federação Portuguesa de Futebol começaria, no conjunto “A”, como adjunto de Juca. Ainda com a “camisola das quinas”, em dois períodos distintos, assumiria o papel de seleccionador nacional de futebol de praia. Também no futebol de rua haveria de ser o principal timoneiro do conjunto luso. Já no que diz respeito ao trajecto no cenário clubístico, cumprido como técnico-principal, como coordenador-técnico ou coordenador da formação, João Barnabé teria passagens pelo União de Coimbra, Torreense, União de Tomar, Sintrense e Atlético. Para juntar a tudo isto, falta ainda fazer referência às várias “escolas” onde haveria de trabalhar ou o labor na Associação de Futebol de Lisboa.

1655 - RODRIGUES DIAS

Não havendo grandes dados sobre o assunto, ainda assim, existem algumas fontes a asseverar um trajecto de José Rodrigues Dias enquanto futebolista. Dizem-nos essas informações ter, o futuro treinador, jogado a guarda-redes e que, num percurso modesto, terá ainda representado colectividades como o União Almadense, o Trafaria e o Sintrense.
O que parece ser verdade é que, concluído o curso em Educação Física, Rodrigues Dias, paralelamente às actividades relacionadas com o ensino escolar, também terá dedicado bastante da sua disponibilidade ao futebol. Ao assumir, em diferentes ocasiões, diversas funções, o seu trajecto como treinador-principal terá começado pelo Torres Novas e, posteriormente, no Ginásio Clube do Sul. Em 1964/65 terá representado, como elemento técnico das camadas jovens, o alcantarense Atlético. Seguir-se-ia, não muito tempo depois, a entrada naquele que viria a tornar-se no emblema mais representativo da sua caminhada na modalidade, o Sporting.
Em Alvalade começaria o seu trabalho, nas camadas jovens, a partir da temporada de 1965/66. Igualmente contribuiria para os sucessos da equipa principal nas funções de adjunto e, como aconteceria em 1967, por ocasião do Torneio Ibérico de Badajoz, assumiria, ainda que de forma interina, o papel de técnico-principal dos “Leões”. No entanto, mesmo com desempenhos louváveis, a primeira grande oportunidade conseguida para o seu trajecto profissional viria do Norte de Portugal. Convidado pelo Varzim, agarraria o momento e ficaria como responsável-mor dos “Lobos-do-mar”. Nessa campanha de 1970/71, a disputar a 1ª divisão, a verdade é que o desempenho colectivo ficaria aquém do esperado. Numa equipa a contar com nomes míticos da colectividade, como Sidónio, Fernando Ferreira, Quim ou Salvador, as pobres exibições do grupo a envergar o listado alvinegro fariam com que Rodrigues Dias, após a 21ª jornada, abandonasse o clube, indo para o seu lugar Noé Castro.
Já aquela que viria a tornar-se na época áurea da sua caminhada pelo futebol desenrolar-se-ia entre a última metade da década de 1970 e o início dos anos de 1980. O encetar desse grande capítulo surgiria em 1975/76, durante o qual, Rodrigues Dias emergiria como o preparador-físico da equipa principal do Sporting. Em idênticas tarefas, num grupo de trabalho liderado por José Maria Pedroto, surgiria o período entre 1976 e 1977, onde trabalharia para a Federação Portuguesa de Futebol. Depois assomar-se-ia novamente a Alvalade. Ao aceitar o desafio do Presidente João Rocha, substituiria o brasileiro Paulo Emílio para, a partir de Janeiro, passar a liderar os “Leões”. No que restaria da temporada de 1977/78, seria na Taça de Portugal que conseguiria tirar, do grupo ao seu cargo, os melhores resultados. Com os “Verdes e Brancos” a alcançarem a derradeira ronda da denominada “Prova Rainha”, a resolução da referida competição, após o empate a 1-1, necessitaria de uma sequela. Na finalíssima, o resultado frente ao FC Porto fixar-se-ia nos 2-1 e o tão almejado troféu ficaria a cargo dos escaparates do emblema lisboeta.
Após, em 1978/79, ter voltado às funções de preparador-físico, o começo da época seguinte surgiria com a aposta do seu nome para regressar ao comando técnico do Sporting. Todavia, a primeira metade da temporada resultaria, depois de algumas polémicas com a direcção, na saída do treinador. Com Fernando Mendes a ocupar o seu lugar, a substituição, muito à custa do trabalho iniciado por Rodrigues Dias, resultaria na conquista da prova de maior calibre no calendário luso e, meritoriamente, o nome do técnico também seria incluído no rol de figuras a contribuir para a vitória no Campeonato Nacional.
Ainda nessa temporada de 1978/79, Rodrigues Dias continuaria o seu périplo por emblemas primodivisionários. Depois de orientar o Beira-Mar, seguir-se-iam, nas épocas vindouras, o par de campanhas ao serviço do Vitória Futebol Clube e a campanha de 1981/82 à frente do Belenenses. Por fim, o treinador ainda registaria passagens pelo Quimigal, Sintrense e Lusitano de Vila Real de Santo António.

1654 - SIDÓNIO

Júnior do Benfica, a época de 1958/59 significaria para Sidónio da Silva Bastos a chegada ao universo sénior. Tendo conseguido apenas segurar um lugar no conjunto de “reservas” das “Águias”, o jovem praticante teria de aguardar até 1960/61 para receber de Béla Guttmann a primeira oportunidade na equipa principal. Na referida temporada e na subsequente, campanhas em que os “Encarnados” triunfariam na Taça dos Clubes Campeões Europeus, o jogador somente entraria em campo nas competições de índole interno. Ainda assim, a meia dúzia de partidas por si disputadas, serviriam para inscrever no seu currículo alguns títulos importantes e as vitórias no Campeonato Nacional de 1960/61 e na Taça de Portugal do ano seguinte passariam a fazer parte do palmarés do defesa-esquerdo.
Já como internacional militar, Sidónio, em busca de mais presenças em campo, seria, na temporada de 1962/63, apresentado como reforço do Atlético. Sem deixar as contendas do escalão máximo, o defesa-esquerdo, a exibir-se no Estádio da Tapadinha, conseguiria afirmar-se como um dos elementos habitualmente arrolados ao “onze” inicial. No entanto, a despromoção da colectividade nascida no lisboeta bairro de Alcântara, faria com que procurasse prosseguir a sua senda competitiva noutras paragens. Nesse sentido, seria o plantel de 1963/64 do Varzim, colectividade a estrear-se na 1ª divisão, a receber o atleta nascido em Moçambique. A trabalhar sob a intendência de Artur Quaresma, o esquerdino voltaria a afirmar-se como uma dos bons elementos a passar pelas provas de maior calibre no calendário futebolístico português. Tal estatuto saberia mantê-lo nas campanhas seguintes e com o acumular de partidas cumpridas pelos “Lobos-do-mar”, o jogador encaminhar-se-ia para o estrito rol de nomes históricos a envergar a camisola da colectividade nortenha.
Tendo passado pelas mãos de diferentes treinadores, como são exemplo, para além do nome referido no parágrafo anterior, José Maria Pedroto, José Valle, Ricardo Perez, Monteiro da Costa, Joaquim Meirim, Rodrigues Dias ou Noé Castro, Sidónio raras vezes perderia a importância no seio do plantel do Varzim. A preponderância apresentada durante 8 temporadas consecutivas, todas elas na disputa da 1ª divisão, faria com que também fosse um dos responsáveis pelas diferentes metas alcançadas pelo clube. Entre os sucessos conseguidos, o maior destaque ira para o 6º posto atingido, na tabela classificativa do Campeonato Nacional, com o termo da campanha de 1969/70. Curiosamente, a época imediatamente a seguir terminaria com a despromoção do colectivo a trajar o listado alvinegro. O desaire marcaria também a separação do emblema e do defesa-esquerdo, o qual, em 1971/72, viria a prosseguir a carreira ao serviço da AD Fafe.
Sem ter conseguido confirmar a veracidade da informação fornecida por algumas fontes, depois da passagem de um ano pela agremiação minhota, Sidónio, hipoteticamente, ainda terá regressado ao Varzim. Infelizmente faltaram-me encontrar outras evidências para que possa considerar tal afirmação como correcta. Todavia, achei relevante torná-la aqui disponível.

1653 - MONTEIRO DA COSTA

António Henrique Monteiro da Costa encetaria a sua caminhada desportiva ao serviço do Sporting de Espinho. Tendo chegado à equipa principal dos “Tigres da Costa Verde” na temporada de 1946/47, não demoraria muito até ver reconhecidos os excelentes predicados como jogador. Aguerrido, resistente, com boa velocidade, excelente leitura de jogo, passe certeiro e ainda com “faro” para o golo, o jovem praticante depressa revelaria capacidades para ocupar um lugar em colectividades com ambições maiores. Seria, no entanto, já como membro do plantel de 1948/49 da UD Oliveirense que a cobiça de outras agremiações começaria a acicatar-se. Já cotado como uma excelente promessa, Benfica, Sporting e Académica de Coimbra viriam no seu encalço. Ainda assim, a sua preferência recairia sobre o emblema favorito da família e a camisola do FC Porto, a partir da campanha de 1949/50, passaria a fazer parte da sua senda competitiva.
Depois de uma enorme confusão com “fichas” rubricadas pelos “Dragões” e pela UD Oliveirense e com o Sporting de Espinho a reclamar igualmente os direitos de uma transferência, Monteiro da Costa, a troco de aproximadamente cem contos e 4 partidas disputadas, total distribuído pelas duas instituições a reclamar as compensações, lá chegaria à Constituição. Estrear-se-ia na 1ª divisão, sob as ordens de Augusto Silva, como avançado. No entanto, ao longo dos anos, dando justiça às suas habilidades de elemento polivalente, passaria por todas as posições de campo. Com tantos atributos, o jogador depressa viria a constituir-se como um dos elementos principais do plantel portista. Daí em diante, raras seriam as ocasiões em que o seu nome não marcaria presença no “onze”. Tal regularidade dar-lhe-ia o direito de figurar nos momentos mais faustosos, cumpridos durante a década de 1950, pelo FC Porto. Destacar-se-iam os títulos conquistados e, nesse campo, sobressairiam as vitórias nos Campeonatos Nacionais de 1955/56 e de 1958/59 e nas edições de 1955/56 e de 1957/58 da Taça de Portugal.
Tamanho sucesso levá-lo-ia, com alguma naturalidade, a ocupar um lugar nas convocatórias da selecção nacional. A 23 de Novembro de 1952, num grupo a contar também com Barrigana e com Carvalho, seus colegas no FC Porto, o atleta seria chamado a um jogo de preparação. Esse desafio, jogado sob a intendência de Cândido de Oliveira, serviria de arranque a uma caminhada a levá-lo a outras partidas disputadas com a “camisola das quinas”. Após a referida peleja frente à Áustria, seguir-se-iam, ainda que espaçadas, outras 3 aparições pelo conjunto “A” português, às quais, num total de 6 internacionalizações, o jogador juntaria um par de presenças feitas ao serviço da equipa “B” lusa.
Apesar da passagem pela selecção de Portugal, os maiores destaques da sua carreira surgiriam com as cores do FC Porto. Num cômputo de 328 partidas disputadas e 92 golos concretizados ao longo de 13 épocas de jogos oficiais, Monteiro da Costa transformar-se-ia numa figura mais do que merecedora de um lugar na lista dos nomes mais notáveis da história dos “Dragões”. Muito para além dos números faustosos a compor a sua longa passagem pelo emblema da “Cidade Invicta”, premiados pela íntegra utilização da braçadeira de capitão, o atleta também alcançaria feitos e faria parte de momentos de indubitável importância para a agremiação nortenha. A inauguração do Estádio das Antas, a 28 de Maio de 1952, transfigurar-se-ia num desses capítulos. Outro seria a estreia dos “Azuis e Brancos” nas competições de índole continental, onde, frente aos bascos do Athletic Bilbao, disputaria a edição de 1956/57 da Taça dos Clubes Campeões Europeus.
Mesmo tendo em conta a fiel ligação entre o jogador e o clube, a caminhada de Monteiro da Costa enquanto futebolista conheceria, na temporada de 1961/62, o seu termo. Afastado temporariamente do FC Porto, Monteiro da Costa daria início à carreira como treinador. O Salgueiros, a promoção à 1ª divisão conseguida ao serviço da Sanjoanense, o Varzim ou o Paços de Ferreira só seriam ultrapassados, no plano meramente pessoal, pela importância das suas passagens pelos “Dragões” onde, para além de orientar as camadas jovens, também chegaria à equipa principal, embora de forma interina, nas campanhas de 1974/75 e 1975/76.

1652 - OSVALDO CAMBALACHO

Familiar de Octávio Cambalacho e de Manuel Cambalacho*, outros dois nomes com forte passagem pelo futebol português, Osvaldo Marques Santos Cambalacho, com uma carreira notável, não deixaria o nome do clã envergonhado. Tal como a parentela referida, seria o Seixal a conferir-lhe a naturalidade. Também na Margem Sul, o defesa-esquerdo, naquele que é o emblema mais representativo da mencionada localidade, daria os primeiros passos na modalidade. Com a estreia sénior a acontecer na temporada de 1942/43, os primeiros anos do atleta seriam cumpridos nas disputas dos patamares secundários. Ainda assim, as suas qualidades não passariam despercebidas a emblemas de outra monta e na campanha de 1948/49 seria apresentado como reforço do “O Elvas”.
Com o emblema alentejano a militar na 1ª divisão, Osvaldo Cambalacho, com outros colegas a merecerem a preferência de Severiano Correia, teria uma primeira época algo discreta. Já a chegada ao comando técnico dos “Azul e Oiro” de Mariano Amaro mudaria o seu cenário competitivo, tornando-se o defesa-esquerdo num dos elementos mais utilizados no plantel da colectividade raiana. Por outro lado, essa campanha de 1949/50 ditaria a despromoção do “O Elvas” ao 2º escalão. Ainda assim, a descida de divisão em pouco beliscaria a cotação do jogador. Nesse sentido, passados 4 anos sobre a chegada ao Rossio da Fonte Nova, o atleta receberia um novo convite e a viagem até ao Norte do país levá-lo-ia a abraçar a época mais faustosa da sua carreira.
Contratado pelo FC Porto para a temporada de 1952/53, o atleta começaria a trabalhar sob as instruções do argentino Lino Taioli. No entanto, mesmo reconhecidas as suas qualidades, a presença no plantel de Virgílio e de Carvalho impediria que o jogador conseguisse agarrar um lugar na equipa. Aliás, seria necessária a introdução, por parte de Dorival Yustrich, de um sistema táctico com três defesas, para que o esquerdino tomasse lugar, de forma inequívoca, no “onze” dos “Azuis e Brancos”. Já consigo cimentado como titular, essa temporada de 1955/56 significaria também a estreia do jogador nas conquistas de cariz nacional. Nesse contexto vencedor, primeiro emergiria o triunfo no Campeonato Nacional para, de seguida, numa final com a presença de Osvaldo Cambalacho, surgir a vitória na Taça de Portugal.
Outro momento de inolvidável importância na sua carreira surgiria na temporada a seguir à conquista da “dobradinha”. Com o FC Porto, pela primeira vez na história, a participar numa prova de âmbito continental, o sorteio da Taça dos Clubes Campeões Europeus ditaria ao destino o embate entre os “Dragões” e o Athletic Bilbao e apesar da dupla derrota do conjunto português, Osvaldo Cambalacho surgiria, numa eleição do brasileiro Flávio Costa, como um dos atletas arrolados ao embate ibérico.
Numa última temporada em que Barbosa ultrapassaria Osvaldo Cambalacho na luta por um lugar na equipa, o defesa-esquerdo teria na campanha de 1957/58 a derradeira aparição ao serviço do FC Porto. Daí em diante, numa caminhada a aproximar-se do fim, tempo ainda para o atleta representar o Vila Real, o Freamunde e o Leverense. Mesmo “penduradas as chuteiras”, o antigo jogador voltaria a ligar-se ao futebol e, no papel de treinador, orientaria emblemas como o Boavista, o Juventude de Évora, o Vizela ou a UD Oliveirense.

*Cheguei a ler que Osvaldo seria irmão de Octávio e tio de Manuel. Recentemente, noutra versão, em que só era feita referência à relação dos dois futebolistas mais velhos, dizia-se que Osvaldo seria sobrinho de Octávio. Nunca consegui confirmar a correcção de qualquer uma das afirmações.