1573 - ARMANDO

Armando Ferreira Gomes terminaria o percurso formativo ao serviço do Paços de Ferreira. Defesa-lateral ambidestro, o jogador, na temporada de 1989/90, também faria a estreia nas competições seniores ao serviço do emblema sediado na “Capital do Móvel”. Com o experiente José Mota como concorrente directo por um lugar no “onze”, as oportunidades conquistadas sob a alçada do treinador Vítor Oliveira seriam raras. A escassa utilização levá-lo-ia, inicialmente e na campanha de 1990/91, a passar por uma cedência ao Castêlo da Maia. Apesar do traquejo ganho durante o empréstimo de um ano, o regresso ao Estádio da Mata resultaria, mais uma vez, em poucas presenças em campo. No entanto, mesmo depois da estreia no contexto primodivisionário, o objectivo de jogar com mais frequência, fá-lo-ia aceitar um novo desafio para a, ainda curta, carreira e a mudança de colectividade surgiria no horizonte como uma inevitabilidade.
Com a entrada no plantel do Leça a ocorrer na temporada de 1992/93, Armando retrocederia no contexto competitivo. Ainda que na 2ª divisão “b”, o defesa, com a aludida transferência, encetaria um dos mais importantes troços da sua caminhada profissional. Com as cores do emblema do Concelho de Matosinhos, o jogador ajudaria a cumprir diversas metas colectivas e logo nesse ano de entrada no clube seria peça importante no conquistar do campeonato do escalão referido no começo deste parágrafo. Já em 1994/95, o lateral, ao manter a preponderância dentro do grupo de trabalho, transformar-se-ia numa das figuras da vitória na divisão de Honra e do regresso do listado verde e branco ao convívio com os “grandes”. Seguir-se-iam 3 épocas no patamar cimeiro do futebol português, com a titularidade mantida durante esses anos a servirem para sublinhá-lo como um dos históricos da colectividade nortenha. Aliás, as 77 presenças em jornadas do escalão maior transformá-lo-iam num dos nomes com mais aparições pelos leceiros naquela que é a prova de maior expressão no calendário luso. Acima desse registo haveria de surgir o cargo de capitão e a braçadeira, tantas vezes posta à sua responsabilidade, serviria como forma de vincá-lo, ainda mais, como uma das figuras de calibre inesquecível na existência da agremiação.
Depois da despromoção de cariz administrativo que o Leça sofreria, a temporada de 1998/99 e a seguinte seriam passadas no escalão secundário. Pondo termo a uma ligação de 8 anos, apareceria então o convite do Leixões e a entrada do defesa-lateral no Estádio do Mar. Um ano após o ingresso no novo clube, Armando ainda faria parte do grupo que, comandado por Carlos Carvalhal, surpreendentemente atingiria, na Taça de Portugal, a final da edição de 2001/02. Seguir-se-ia o fim do seu trajecto como futebolista de “onze”. Porém, o antigo defesa manter-se-ia ligado à prática do desporto, dando seguimento à mesma com a entrada no futsal. Pelos pavilhões, de regresso à cidade de Paços de Ferreira, continuaria a alimentar o gosto pelos “jogos da bola” e representaria durante alguns anos o CD Boavista e o GDCR Escolas de Arreigada.