Com os pais e irmãos ligados ao basquetebol, onde a irmã Carla Sofia viria a tornar-se numa das atletas das mais consagradas em Portugal, Rui Esteves também escolheria as actividades de cariz físico como um dos entreténs favoritos. Começaria no atletismo do Benfica e abraçaria igualmente a modalidade mais popularizada entre a família. Só depois chegaria o “jogo da bola”.
Seria já como praticante do “desporto rei” que um episódio viria a modificar a sua vida. Aquando da ida do seu pai, Manuel Esteves, para Moçambique, com o intuito de treinar o “basket” do Maxaquene, umas férias passadas no referido país africano levá-lo-ia a conviver com duas figuras do desporto português, ambas a orientar o futebol da aludida agremiação. Se o primeiro tratar-se-ia do mítico Joaquim Meirim, o segundo viria a mudar-lhe o rumo – “(…) há um dia em que faltavam jogadores para fazer um treino qualquer e o Rui Caçador pediu-me para ir treinar com a malta, para fazer número. Fui e ele pegou logo em mim «Tu não vais jogar mais basquetebol, tu vais jogar é futebol» (…).O Rui Caçador ligou para o prof. José Lemos que era treinador do Torreense e disse-lhe: «Vou-te mandar um puto daqui». Quando cheguei a Portugal fui ao Torreense, assinei contrato, fiquei lá e assim começou a minha carreira”*.
Com a estreia sénior pelo emblema do Oeste a acontecer no contexto da 2ª divisão de 1985/86, a falta de oportunidades conseguidas sob a égide de Pedro Gomes levá-lo-ia a procurar outro destino para a sua, ainda recente, caminhada no futebol, com a ocasião a surgir vinda do plantel de 1986/87 do Olhanense. Orientado por Manuel Cajuda, ainda no escalão secundário, o médio começaria a sublinhar as suas qualidades como um intérprete de cariz técnico apurado e com um entendimento do jogo bem acima da média. Daí para um Louletano a apostar fortemente numa possível subida ao patamar máximo, treinado inicialmente por Manuel Oliveira e na campanha subsequente por Manuel Cajuda, passar-se-iam dois anos. Ao manter-se no Algarve, os seus desempenhos chamariam a atenção do Farense. Porém, a mudança para a equipa comandada pelo catalão Paco Fortes não traria os frutos desejados e a passagem pelo panorama primodivisionário de 1990/91, com poucos jogos disputados, transformar-se-ia num período bem discreto.
Depois de outra época no Louletano e de um regresso ao Torreense, onde voltaria a encontrar-se com Manuel Cajuda, Rui Esteves veria as portas da 1ª divisão a abrirem-se novamente. Dessa feita, a aposta surgiria do Vitória Futebol Clube de 1993/94, onde uma brilhante época, a trabalhar sob as instruções de Raul Águas, fá-lo-ia dar o maior salto da carreira. Já com a época seguinte à da chegada a Setúbal em andamento, a proposta entregue pelo Benfica aos responsáveis pelo “Sadinos” levá-lo-ia de volta a Lisboa e, por empréstimo, ao Benfica. Porém, ao serviço daquele que é o clube do seu coração, a experiência no conjunto às ordens de Artur Jorge correria muito aquém das expectativas, com o jogador curiosamente a recusar um contrato de 3 anos com as “Águias” e ainda a experimentar um terceiro emblema na temporada de 1994/95, ou seja, o Birmingham de Pedro Paulo e José Dominguez.
Após a curta e discreta passagem por Inglaterra, Rui Esteves ainda rubricaria um contrato com o Vitória Futebol Clube, rapidamente rescindido por uma alegada entrevista dada pelo jogador. Afastado do emblema de Setúbal, seguir-se-iam o famoso Belenenses de João Alves, as duas temporadas pelos “Azuis” na 1ª divisão, a recusa à proposta do Sporting de Braga de Manuel Cajuda e a aventura no Oriente. Na Coreia do Sul assinaria pelo Daewoo Royals, onde viria a sagrar-se campeão nacional. Já na China passaria a representar o Beijing Guoan, onde haveria de lesionar-se gravemente num joelho. De seguida, no regresso a Portugal, ainda receberia o convite do Felgueiras orientado por Jorge Jesus, mas recusaria. Anos mais tarde voltaria a ligar-se futebol, como treinador. Nas funções de técnico, cumpriria a totalidade do seu percurso nos patamares inferiores. Ainda assim, teria experiências em emblemas de grande história no desporto luso, casos do Torreense, Farense ou a antiga CUF, agora Fabril.
*adaptado da entrevista de Ana Brígida, publicada a 21/10/2018, em https://tribuna.expresso.pt
Desde cedo demonstraria fortes qualidades para o futebol. Como tal, começaria a ser cobiçado por emblemas de topo e por razão da paixão clubística do pai, numa altura em que o Sporting de Braga já andava no seu encalço, Daniel Barreto sairia de Ponte da Barca para prestar provas no Vitória Sport Clube. Agradados os responsáveis pela colectividade de Guimarães com as características reveladas, o jovem praticante seria integrado nos juniores de 1953/54, tendo, ainda no decorrer dessa temporada, passado a treinar-se com o plantel sénior. Já a estreia no conjunto principal ficaria reservada para a campanha seguinte. Pela mão do inglês Randolph Galloway, subiria a campo na 2ª jornada do Campeonato Nacional da 1ª divisão e nessa partida caseira frente ao Benfica, onde também concretizaria um dos golos da vitória por 2-1, o atleta tornar-se-ia no mais novo de sempre a marcar, no patamar máximo, pela agremiação minhota.
Infelizmente para si e para os seus pares, a época de 1954/55 terminaria com a descida do clube ao 2º escalão. A separação dos principais palcos do futebol português ainda duraria alguns anos, com o regresso ao convívio com os “grandes” a acontecer em 1958/59. Curiosamente, depois da promoção ter em Fernando Vaz o principal obreiro, seria Mariano Amaro, na referida campanha de volta ao escalão maior, a pegar na equipa. Daniel, tendo aproveitado o afastamento dos principais palcos para afirmar o seu nome como um dos titulares do conjunto vimaranense, manter-se-ia como uma das principais figuras do clube. Inicialmente a posicionar-se como interior-direito ou interior-esquerdo para, mais tarde, começar a notabilizar-se, nos mesmos lados, mas a defesa, o atleta depressa chegaria ao estatuto de “estrela da companhia”. Como tal, mesmo ao partilhar o balneário com craques como Edmur, Silveira, Romeu, Mendes, Caiçara, Azevedo, Rola, Bártolo, entre tantos outros, o jogador tornar-se-ia numa das pedras basilares dos sucessos colectivos e a chegada à final da Taça de Portugal de 1962/63, onde marcaria presença no Jamor, o 3º lugar conquistado na 1ª divisão de 1968/69 e o consequente e inédito apuramento para as provas continentais seriam disso bons exemplos.
Em abono da verdade, a última temporada aludida no parágrafo anterior viria a tornar-se na primeira em que Daniel perderia a preponderância de anos anteriores. Independentemente disso, o jogador marcaria presença em momentos decisivos na história do Vitória Sport Clube, como, para além do já mencionado, posso juntar a passagem do Campo da Amorosa para o Estádio Municipal de Guimarães, em 1964/65. Pelo todo registado, ao atleta seria entregue a braçadeira de capitão. No entanto, apesar da sua importância, a campanha de 1969/70 marcaria o fim da ligação de 17 anos ao emblema minhoto. Seguir-se-iam, como treinador/jogador as passagens pela AD Fafe, a primeira promoção à 2ª divisão do Desportivo das Aves no termo da provas agendadas para 1972/73 e o título de campeão nacional da 3ª divisão de 1973/74, com as cores do Paços de Ferreira.
Já em exclusivo a desempenhar as funções de técnico, Daniel Barreto voltaria, em 1974/75, ao Desportivo das Aves. Depois viria o regresso a Guimarães para, em 1975/76, passar a ser adjunto de Fernando Caiado e para, de 1976/77 a 1978/79, adjuvar Mário Wilson. Nessa última temporada, após o despedimento do “Velho Capitão”, ainda assumiria o cargo de treinador-principal. Papel que pouco durou, pois um desentendimento com o Presidente Gil Mesquita resultaria na sua dispensa. Em 1979/80, ainda no papel de “timoneiro” retornaria à “Capital do Móvel”.
Formado em Educação Física, seria no início dos anos de 1970 que Carlos Alberto Silva encetaria a carreira como treinador-principal no futebol sénior. Ainda na mesma década, a mudança para o Guarani, onde viria a orientar os ainda jovens Careca e Renato, traria ao seu palmarés o primeiro grande título. Com a entrada no emblema de Campinas a acontecer na temporada de 1978, o treinador dirigiria o clube até ao derradeiro jogo do “Brasileirão”. Na final encontrar-se-ia com o Palmeiras e, com vitórias em ambas as mãos, daria aos escaparates do “Bugre” o mais importante título do calendário futebolístico brasileiro.
Também nos “estaduais” conseguiria títulos meritórios. Pelo São Paulo venceria o “Paulistão” em 1980, 1989 e ainda participaria na campanha vitoriosa de 1981. No Campeonato Pernambucano, ao serviço do Santa Cruz, ergueria o troféu em 1983. Já na disputa do “Mineirão”, sagrar-se-ia campeão em 1981 pelo Atlético Mineiro e teria, mais uma vez, a sua cota parte de responsabilidade no triunfo conseguido pelo Cruzeiro, na época de 1987. Aliás, seria no emblema de Belo Horizonte que viria a selar outro momento importante na sua caminhada profissional, quando, numa digressão em Portugal, tomaria a decisão de lançar na equipa principal um jovem de nome Ronaldo Luís Nazário de Lima.
Outro emblema que defenderia, com enorme galhardia e sucesso, seria o da Confederação Brasileira de Futebol. Pela “Canarinha” venceria a edição de 1987 dos Jogos Pan-Americanos e qualificaria o Brasil para os Jogos Olímpicos de 1988. No torneio com sede em Seul, para onde levaria inúmeros nomes bem conhecidos do futebol português, como José Carlos, Batista, Ricardo Gomes, André Cruz, Aloísio, Careca e Valdo, o técnico conduziria o “Escrete” até à Medalha de Prata.
No estrangeiro, já como um treinador de créditos firmados no seu país natal, começaria pelo Japão, onde, ao serviço do Yomiuri FC (actual Tokyo Verdy) viria a sagrar-se campeão em 1991. Seguir-se-ia, pouco tempo depois, a sua experiência em Portugal. Contratado por Jorge Nuno Pinto da Costa para orientar o plantel de 1991/92 do FC Porto, o sucesso do técnico brasileiro seria imediato. À frente dos “Dragões”, onde voltaria a encontrar-se com Aloísio, venceria, por duas vezes consecutivas, o Campeonato Nacional da 1ª divisão. Também conquistaria a Supertaça de 1991/92, após uma finalíssima curiosamente disputada já no decorrer da época seguinte. No entanto, a memória do aludido Presidente dos “Dragões” sublinhá-lo-ia como uma pessoa distinta – “Tinha aquele jeito introvertido, mas era um excelente conversador e enquanto foi nosso treinador mostrou ser sempre um trabalhador incansável, com os bons resultados que conhecemos (…), mas nesta altura o que mais recordo é a relação de amizade que mantivemos todos estes anos”*.
No resto da carreira, cumprida na sua grande percentagem na defesa de emblemas brasileiros, as excepções emergiriam dos desafios lançados por emblemas europeus. Nesses regressos ao “Velho Continente”, o maior destaque iria para os seus desempenhos na La Liga, com as cores do Deportivo La Coruña. Obviamente, seria impossível esquecer a sua passagem pelos Açores, onde, à frente de um primodivisionário Santa Clara, orientaria o conjunto micaelense no decorrer da campanha de 2002/03.
*retirado do artigo de Joana Quintas, publicado a 13/11/2017, em https://bolanarede.pt
Alcunhado pelos companheiros como “Zé do Barrote”, José Maria Antunes, como praticante de hipismo, esgrima, rugby, atletismo e natação, cedo demonstraria uma forte apetência para as actividades de pendor físico. No entanto, seria o futebol, ou não fosse a disciplina classificada como o “desporto rei”, que mais o notabilizaria como praticante. Já em Coimbra, para onde seguiria com o objectivo de dar azo aos estudos no Curso de Medicina, o defesa-direito haveria de ingressar na Académica e seria com o dístico dos “Estudantes” que cumpriria toda a carreira na modalidade.
Iniciar-se-ia no futebol da “Briosa” na temporada de 1934/35, numa altura em que já contava 21 anos de idade. Paralelamente, algumas temporadas mais tarde, tornar-se-ia no grande dinamizador e fundador do rugby da Académica de Coimbra. Porém, como referido no parágrafo anterior, seria no “jogo da bola” que José Maria Antunes, conhecido por aparecer com um lenço na cabeça, mais destaques conseguiria obter. Nesse sentido, seria o magiar Rudolf Jeney a lançá-lo no conjunto principal. Na estreia do Campeonato da 1ª Liga, na disputa do Campeonato de Portugal e ainda no Campeonato conimbricense, o defesa logo iria afirmar-se como uma das figuras de proa do conjunto beirão. Os títulos, com os “Estudantes” a dominar o panorama regional, surgiriam anualmente. Todavia, também no plano nacional o jogador haveria de participar em inolvidáveis brilharetes e a estreia da Taça de Portugal na campanha de 1938/39 teria como resultado um desses grandes momentos.
Com o derradeiro desafio da “Prova Rainha” a acontecer no lisboeta Estádio das Salésias, José Maria Antunes, orientado por Albano Paulo e ao lado de nomes como o internacional Alberto Gomes, veria o Benfica a entrar em campo como o emblema dono de todas as probabilidades de vitória. Mesmo com o favoritismo atribuído ao adversário, a colectividade sediada em Coimbra bater-se-ia com enorme galhardia. Num jogo deveras renhido, os 7 golos concretizados por ambas as partes traduzir-se-iam no triunfo por 4-3 da Académica e o almejado troféu sairia da capital na intendência da “Briosa” e em direcção aos escaparates da “Cidade dos Estudantes”.
Com as actividades de futebolista a serem, no decorrer das provas agendadas para 1942/43, substituídas em definitivo pela carreira de médico, José Maria Antunes, mesmo em franca ascensão na actividade profissional, manter-se-ia perto da modalidade. Alguns anos após “pendurar as chuteiras”, o antigo defesa assumiria, pela primeira vez, as tarefas de treinador. Nessas funções, sempre no escalão máximo do futebol luso, também passaria pelo comando da Académica e do Torreense. Ainda assim, seria como timoneiro da selecção nacional que mais cintilaria. Com as cores de Portugal, onde viria a tornar-se no primeiro a acumular os cargos de seleccionador e de treinador de campo, haveria de ter 3 experiências distintas. Na primeira, de 1957 a 1960, sublinhada pela segunda passagem de 1962 a 1964, seria o grande responsável pelo lançamento de novos métodos de escolha e treinamento dos arrolados aos desafios de Portugal. Também seria dele a renovação de caras nos eleitos e, por consequência, acabaria como uma das caras a lançar os alicerces da geração dos “Magriços”. Por fim, o terceiro trecho e o falhanço de Portugal na Fase de Apuramento para o Mundial de 1970.
Com o percurso formativo terminado com as cores do Monção, seria na agremiação do Alto Minho que José Garrido haveria de encetar a caminhada enquanto sénior. Tal passo, a levá-lo a partilhar o balneário com o avançado Penteado, fá-lo-ia entrar nas disputas do Campeonato Nacional da 3ª divisão de 1978/79. Aliás, seria nos escalões inferiores que o defesa-central trilharia praticamente toda a primeira metade da carreira. Ainda assim, 4 épocas cumpridas sobre a estreia do atleta na equipa principal do emblema raiano, surgiria a transferência para uma colectividade com outras ambições. No Gil Vicente a partir da campanha de 1982/83, o jogador começaria a ganhar o traquejo e a visibilidade que, alguns anos mais tarde, o levariam a ser cobiçado pelo Desportivo de Chaves.
A entrada nos “Flavienses” na temporada de 1986/87 coincidiria, não só com a sua estreia nas pelejas da 1ª divisão, como com a melhor classificação de sempre da colectividade sediada em Trás-os-Montes, no escalão máximo do futebol luso. Orientado por Raul Águas, sob as ordens do qual o conjunto “azul-grená” atingiria o 5º posto no Campeonato Nacional, o defesa-central, como um dos nomes mais utilizados no “onze”, seria também um dos responsáveis pela brilhante e inédita qualificação para as provas de índole continental. Apurado para a edição de 1987/88 da Taça UEFA, ao Desportivo de Chaves calharia em sorte disputar a ronda inicial da referida competição com Universitatea Craiova e o jogador, após participar nas duas mãos a com o conjunto romeno, também entraria em campo em ambos os jogos frente aos húngaros do Hónved.
As excelsas exibições conseguidas com a camisola do Desportivo de Chaves valer-lhe-iam, pela mão de Juca, algumas chamadas à selecção nacional. No entanto, apesar de ter chegado, em Dezembro de 1987, ao banco de suplentes em duas partidas a contar para a Fase de Apuramento do Euro 88, Garrido nunca alcançaria a tão almejada internacionalização “A”. Ainda assim, alguns meses após as aludidas presenças frente a Malta e a Itália, surgiria, sob a intendência do treinador referido no começo deste parágrafo, a convocatória para os “olímpicos” e o jogo, agendado frente à Islândia, a 24 de Maio de 1988, daria ao currículo do atleta 1 partida com a “camisola das quinas”.
Outro dos prémios alcançados com as exibições ao serviço dos “Flavienses” seria a transferência para o Benfica. Na Luz, a trabalhar sob as instruções de Toni, Garrido, na condição de suplente de Mozer e de Ricardo Gomes, daria um bom contributo para a conquista do Campeonato Nacional de 1988/89. Já na campanha seguinte, depois da contratação de Sven-Göran Eriksson, o defesa-central ainda participaria na pré-temporada das “Águias”. Contudo, seria preterido pelo técnico sueco e a alternativa surgiria no Boavista. Com a chegada ao Bessa na época de 1989/90, o jogador acabaria por regressar à titularidade. Escolhido em grande parte das partidas disputadas pelos “Axadrezados”, excepção feita a 1991/92, seria também dele a responsabilidade por momentos de relevo na história do clube portuense. Nesse contexto, ajudaria a vencer a Supertaça de 1992/93 e marcaria presença, ainda no mesmo ano, na final da Taça de Portugal.
Já na derradeira fase da carreira como futebolista, Garrido teria no plantel de 1993/94 do Famalicão a última presença no patamar maior português. Seguir-se-iam os dois anos ao serviço do Desportivo das Aves e o “pendurar das chuteiras” com o termo das provas agendadas para a temporada de 1995/96. No ano seguinte, encetaria o trajecto como treinador. Depois das primeiras épocas como técnico cumpridas em Portugal, o antigo defesa começaria uma extensa aventura pelo estrangeiro. Durante esse longo périplo, passaria pela Malásia, por vários países do Médio Oriente, onde chegaria a campeão pelos sauditas do Al-Batin, e teria ainda um experiência na selecção do Gabão, mas como Coordenador Técnico.
Ao surgir na equipa principal do Ajax durante a temporada de 1994/95, Nordin Wooter, muito mais do que partilhar o balneário com outro conhecido do futebol português, o avançado Cyde Wijnhard, passaria a integrar um grupo de trabalho orientado por Louis van Gaal e recheado por uma longa lista de craques. Tal contexto competitivo daria, ao primeiro capítulo sénior do extremo, aquele que viria a tornar-se num dos mais importantes troféus do seu palmarés pessoal, a vitória na Eredivisie. No entanto, o emblema neerlandês, para além de brilhar no âmbito das provas nacionais, também atingiria o topo das competições de índole continental e o atacante, por não ter entrado em qualquer partida da edição de 1994/95 da Liga dos Campeões, não viria a constar no rol de atletas vencedores da aludida prova.
Apesar do pequeno dissabor, a verdade é que o avançado continuaria a ser tido como uma das grandes promessas do Ajax. Logo nas épocas seguintes à da sua estreia como sénior, o extremo, com um grande número de chamadas a jogo, tornar-se-ia num dos pilares dos sucessos da equipa. Nessa lista de êxitos colectivos constaria a final da “Champions” de 1995/96, mas, dessa feita, com duas grandes diferenças, ou seja, a presença de Wooter na final e a derrota frente à Juventus. Mesmo tendo em conta o desaire frente aos italianos, ainda assim, os títulos continuariam a chegar ao currículo do jogador e as vitórias em mais 1 Eredivisie, 1 Johan Cruijff Schaal (Supertaça dos Países Baixos) e 1 Supertaça UEFA serviriam para valorizar o jovem atleta.
O apreço pelo extremo que, entretanto, já havia acumulado um bom número de internacionalizações ao serviço das selecções de formação dos Países Baixos, levá-lo-ia a ser cobiçado por outros emblemas. Nesse sentido, daquele que, à altura, era o cenário futebolístico mais apetecido pela maioria dos atletas, surgiria o convite do Zaragoza. Porém, a mudança para a La Liga, em 1997/98, ficaria aquém das expectativas criadas à volta do jogador. Sem conseguir conquistar um lugar como titular nos dois anos passados em Espanha, Wooter começaria a procurar uma solução para a sua carreira. Então, de Inglaterra chegaria o repto a levá-lo até à Premier League. No plantel de 1999/00 do Watford, o extremo, contrariamente ao projectado no começo da sua caminhada desportiva, voltaria a ser sublinhado como um portento de técnica, mas cuja objectividade, nomeadamente na hora de entregar a bola, deixava muito a desejar. Mesmo com tal avaliação, a ligação ao emblema britânico manter-se-ia e depois da despromoção sofrida na época da sua chegada a “Terras de Sua Majestade” , o atacante manter-se-ia com as cores dos “Hornets” por outras 2 campanhas.
Seria posteriormente à passagem de uma época pelo RBC Roosendaal que Wooter acabaria apresentado como reforço do Sporting de Braga. Com a entrada na agremiação minhota a acontecer na época de 2003/04, o atacante, a trabalhar sob as instruções de Jesualdo Ferreira, conseguiria um número simpático de presenças em campo. Ainda assim, tal cômputo seria insuficiente para convencer os responsáveis pelos “Guerreiros” das vantagens da sua continuidade na “Cidade dos Arcebispos”. Seguir-se-ia a curta experiência nos cipriotas do Anorthosis Famagusta e o salto, a meio de 2004/05, para as competições helénicas. No ano e meio ao serviço do Panathinaikos, o extremo voltaria a apresentar-se de forma modesta. Aliás, seriam desse tipo os registos por si conseguidos até ao final da carreira, a qual acabaria com o termo das provas agendadas para 2007/08 e depois de vestir as camisolas do Sivasspor e do AEK Larnaca.
Após “pendurar as chuteiras”, o antigo extremo manter-se-ia ligado à modalidade. Primeiramente passaria a dedicar-se às funções de Presidente do FC New Amsterdam. Depois abraçaria a carreira de treinador e, como técnico, paralelamente à sua participação na Wooter Academy, seria nas camadas jovens do Ajax que trilharia grande parte do seu percurso.
Com o percurso formativo feito na totalidade com as cores do Sporting, seria ainda com a camisola leonina que António Gaspar Duarte Mesquita subiria a sénior. No entanto, a forte concorrência no sector mais recuado dos “Verde e Brancos”, onde marcavam presença atletas como Caldeira, Mário Lino, Morato, Galaz, Hilário ou Pacheco, ao invés de permitir, ao jovem praticante, a oportunidade de agarrar um lugar na categoria principal de 1958/59, apenas autorizaria a sua presença nas competições outorgadas ao calendário das “reservas”.
Seguir-se-ia, na ainda curta carreira do defesa, a transferência para a Académica de Coimbra. Com a entrada no emblema beirão a acontecer na campanha de 1959/60, o jogador haveria de conquistar as preferências dos treinadores responsáveis pelos destinos da “Briosa” no decorrer da aludida temporada, ou seja, o húngaro János Biri e o argentino Óscar Montez. Como um dos titulares nessa campanha de chegada às margens do Mondego, a época seguinte, todavia, seria deveras diferente, com Mário Wilson, Mário Torres, Marta ou Curado a figurarem como os preferidos para o alinhamento inicial.
Talvez pela falta de oportunidades alcançadas na segunda campanha ao serviço dos “Estudantes”, Mesquita veria o convite lançado pelo FC Porto como um desafio sem hipótese de recusa. Desse modo, a mudança do defesa para a “Cidade Invicta” ocorreria no âmbito do planeamento da época de 1961/62. Porém, o intuito de mais vezes ser chamado a jogo ficaria muito aquém das expectativas. Já a temporada seguinte, sob a égide técnica do magiar Jeno Kalmár, erguer-se-ia de forma totalmente distinta. Novamente titular, Mesquita participaria em momentos de sublinhada importância na vida dos “Azuis e Brancos”. Dentro desses capítulos, há a destacar o “particular” entre os “Dragões” e o Athletic Bilbao, a assinalar a inauguração do sistema eléctrico do Estádio das Antas, e, principalmente, a presença do jogador em ambas as mãos frente ao Dinamo Zagreb, eliminatória a contar para a Taça das Cidades com Feira.
Depois de uma terceira temporada ao serviço do FC Porto caracterizada, em termos individuais, pela discrição, António Mesquita tomaria a decisão de voltar a Coimbra. Ainda assim, o regresso à “Briosa” mantê-lo-ia agarrado à condição de suplente e o jogador, finda a época de 1964/65, partiria em direcção a sul e à sua Lisboa natal. Já como atleta do Benfica, o defesa, no seio de um plantel a viver inolvidáveis epopeias pela europa do futebol, não conseguiria passar do conjunto de “reservas”. Daí em diante, a reconstituição daquele que terá sido o seu trajecto enquanto futebolista torna-se bastante mais difícil. Ainda assim, existem fontes a garantirem, entre 1968/69 e 1970/71, a sua integração no grupo de trabalho do Sesimbra e a campanha de 1974/75 cumprida com as divisas do Vilafranquense.
Tal como Lito, Luís Vidigal, Jorge Vidigal e Beto, Toni Vidigal, num dos grupos de irmãos mais conhecidos no futebol profissional português, teria n’ “O Elvas”, depois de aí ter feito todo o trajecto formativo, a oportunidade de subir ao escalão sénior. Com a entrada no plantel principal da colectividade alentejana a ocorrer na temporada de 1991/92, o atacante começaria por experimentar as pelejas agendadas para a 2ª divisão B. Desde cedo tido como um dos bons elementos do emblema raiano, a curiosidade de outras colectividades surgiria naturalmente. Seria no âmbito desse interesse que Carlos Manuel, à altura a orientar o Estoril Praia, decidiria observar o jovem atleta. Agradado com as qualidades do extremo, o antigo internacional português endereçar-lhe-ia um convite para que viesse a fazer parte do plantel “canarinho” e a ligação do avançado com a colectividade sediada na Amoreira, depois de um período de adaptação sucedido ainda no decurso da época anterior, aconteceria, oficialmente, na temporada de 1994/95.
Curiosamente, a primeira passagem de Toni Vidigal pelo Estoril Praia dar-se-ia por empréstimo d’ “O Elvas”. Ainda ligado à agremiação alentejana, a campanha de 1995/96, em nova cedência, levaria o extremo até ao Vitória Futebol Clube. A época ao serviço do emblema setubalense, na qual ajudaria os “Sadinos” a subir à 1ª divisão, faria com que a cotação do jogador subisse em flecha. Quem haveria de apostar na sua contratação, acabaria por ser o Sporting. No entanto, ao invés de integrar o plantel leonino, o atacante, após ter feito a pré-temporada de 1996/97 vestido de “verde e branco”, ver-se-ia envolvido numa nova senda de empréstimos, os quais começariam, mais uma vez, pelo Estádio António Coimbra da Mota.
Perto do final da época de regresso aos “Canarinhos”, a inclusão do avançado no plantel leonino chegaria a ser equacionada. Todavia, uma perna partida na derradeira jornada de 1996/97 deitaria por terra o projectado plano. Seguir-se-iam outras 2 campanhas ao serviço do Estoril Praia, outra com as cores do Penafiel e a desvinculação ao Sporting. Liberto do acordo feito com os “Verde e Brancos”, Toni Vidigal pôde rubricar um novo contrato. O acordo que daria seguimento à sua caminhada desportiva emergiria com o desígnio de entrar no plantel do Varzim e sua chegada ao emblema poveiro encetaria, em 2000/01, aquela que provavelmente haveria de tornar-se na melhor fase da sua carreira.
Logo na campanha de chegada à Póvoa de Varzim, Toni Vidigal, mesmo ao não atingir a titularidade na equipa comandada por Rogério Gonçalves, transformar-se-ia numa das figuras da subida ao principal patamar do futebol luso. Tal promoção, depois de 10 temporadas a vogar pelos escalões secundários, dar-lhe-ia a ocasião para fazer a estreia entre os “grandes”. A disputar a edição de 2001/02 da 1ª divisão, numa época que, para além de ser orientado pelo técnico referido no início deste parágrafo, também acabaria treinado por José Alberto Costa, o extremo viria a assegurar um lugar no “onze”, ajudando à sofrida manutenção. Pior viria a acontecer na campanha seguinte, com os “Lobos-do-mar” a não assegurarem os objectivos colectivos e com o extremo, ao lado da sua equipa, a voltar à divisão de Honra.
A experiência com as cores do Varzim, muito para além da passagem de 2 épocas pelo 1º escalão, dar-lhe-ia também a oportunidade de representar a selecção de Angola. Contudo, contactado por Carlos Alhinho, à altura o timoneiro dos “Palancas Negros”, o extremo, com a esperança de uma chamada aos trabalhos de Portugal, recusaria o convite. Já no que diz respeito ao trilho clubístico, o passo seguinte levá-lo-ia ao Portosantense, onde seria treinado pelo irmão Lito. Após a aventura madeirense, Toni Vidigal, a preencher os últimos capítulos da carreira, ainda regressaria ao “O Elvas” para, em 2009/10, já na condição de treinador/jogador, representar o Sintra Football. Aliás, seria na função de técnico que manteria a ligação à modalidade e, para além do mencionado, o antigo atacante também já conduziu os juniores do 1º de Dezembro e as camadas de formação d’ “Os Elvenses”.
Domenico Garófalo (ou Domingo, depois da castelhanização do nome) nasceria em Bari. No entanto, por razão da mudança da família para a Argentina, cresceria no país sul-americano, a partir dos 9 anos de idade. Seria no La Boca, popular bairro da capital, que começaria a ganhar o gosto pelo “jogo da bola”. Curiosa seria a sua chegada ao futebol profissional, numa altura em que já contava 21 anos de idade. Diz-se que, ao integrar a equipa de veteranos do Boca Juniors, o médio conheceria o popular Roberto Cherro. O avançado, ao reconhecer nele qualidades excepcionais, haveria de recomendá-lo, não aos “Xeneizes”, mas, curiosamente, ao Argentinos Juniors!
No emblema do bairro de La Paternal a partir da campanha de 1948, Garófalo tornar-se-ia numa presença habitual nos alinhamentos da equipa. Dotado de capacidades técnicas acima da média, o jogador, mesmo ao posicionar preferencialmente numa área mais central do rectângulo de jogo, conseguiria igualmente caracterizar-se pela capacidade para chegar às zonas de finalização e ainda hoje, à custa dessa faceta goleadora, é referido como um dos melhores marcadores estrangeiros do clube.
Em 1951, Garófalo decidir-se-ia pela mudança para o Montevideo Wanderers. Na agremiação uruguaia continuaria a mostrar-se como um portento de técnica e as suas habilidades haveriam de colocá-lo numa situação caricata – “Pelo clube uruguaio defrontou Obdulio Varela, símbolo do Peñarol e da seleção uruguaia. Numa ocasião da partida escapou-lhe ao “partir-lhe os rins” e fazendo-lhe uma “cueca”, humilhando o “Negro Jefe”. Na semana seguinte, enquanto passeava com um amigo na 18 de Julho, esbarra com Varela, que pára para conversar com o companheiro de Garófalo. Ao despedir-se diz: «Diz ao teu amigo (…) para não me voltar a fazer isso no domingo»”*.
A temporada de 1954 marcaria o seu regresso à Argentina, dessa feita para representar o Temperley. Apesar de apenas ter representado o novo emblema por alguns meses, a preponderância revelada nos destinos do clube levaria a que fosse recordado pelo prestigiado jornalista Rafael Saralegui de uma forma bem faustosa – “Garófalo era canhoto, tinha as pernas dispostas como as “10:10”, os passos eram curtos e quando corria não levantava muito os calcanhares. Era um virtuoso no drible e no manuseamento da bola, da qual geralmente se desprendia quando acreditava assegurada a recepção por um colega”*.
Os passos seguintes na carreira de Garófalo já seriam dados em Portugal. Contratado pelo Sporting de Braga já no decorrer da campanha de 1954/55, o médio, que no Minho também chegaria a ocupar todas as posições do sector atacante, voltaria a partilhar o balneário com o antigo colega no Argentinos Juniors, José Fantín. Orientado pelo também argentino Mário Imbelloni, o atleta rapidamente viria a afirmar-se como uma das grandes figuras a exibir-se no Campeonato Nacional da 1ª divisão. Nesse cenário, as suas exibições seriam de tal forma apreciadas que, em Fevereiro de 1956, na festa de homenagem a Ben David, o seu nome seria um dos escolhidos para representar os “Argentinos”, que acabariam derrotados pelos “Ultramarinos”.
Seguir-se-ia, depois das 2 temporadas a representar a colectividade minhota e com a descida do Sporting de Braga no termo das provas agendadas para 1955/56, a época de 1956/57 a representar o Caldas. No conjunto do Oeste, onde seria orientado por Fernando Vaz, Garófalo, de forma ainda mais vincada do que nas anteriores experiências nas competições lusas, agarrar-se-ia à titularidade. Um ano depois surgiria a sua experiência primodivisionária mais proveitosa em termos individuais e ao serviço do Oriental, treinado pelo húngaro János Biri, terminaria a campanha como o melhor marcador e o elemento mais utilizado pelos “Guerreiros de Marvila”. Ainda em Portugal, o médio, na condição de treinador/jogador, viria a cumprir a temporada de 1958/59 e a seguinte com as cores do Vila Real. Finalmente, sem deixar Trás-os-Montes, há que fazer referência, ainda a acumular as funções de técnico e atleta, à sua passagem pelo plantel de 1959/60 do Desportivo de Chaves.
*adaptado do artigo publicado a 11/06/2024, em https://temperley9.rssing.com
Descoberto nas “escolas” do Lusitânia de Lourosa, seria já como elemento das camadas de formação do FC Porto que Joaquim dos Santos Martins seria chamado às jovens equipas a trabalhar sob a intendência da Federação Portuguesa de Futebol. Integrado nos sub-16, o atleta seria convocado a disputar o Europeu da referida categoria, organizado em França. Arrolado ao “onze” inicial por José Augusto, o jogador entraria em campo frente à equipa da casa e a 25 de Maio de 1987, ao lado de nomes como Paulo Sousa, Pedro Barbosa, Folha, Paulo Madeira, Bilro, entre outros, conseguiria alcançar 1 internacionalização.
Sem espaço no plantel dos “Azuis e Brancos”, Martins estrear-se-ia como sénior com as cores do Vianense. Seguir-se-ia, após essa época de 1989/90 passada no Minho, a chegada ao Varzim, onde, entre a divisão de Honra e a 2ª divisão “B”, cumpriria 2 temporadas. Aliás, os primeiros anos da sua carreira, durante os quais ainda representaria o Maia e, num regresso à sua terra natal, o Lusitânia de Lourosa, seriam despendidos nas lutas dos escalões secundários. Finalmente, a oportunidade de conseguir encetar um caminho entre os “grandes” surgiria e a campanha de 1996/97, após a ajudar o Rio Ave a sagrar-se campeão da divisão de Honra, representaria os primeiros passos do jogador no patamar máximo do futebol português.
A entrada no emblema sediado em Vila do Conde daria início a uma ligação que viria a tornar-se, para o defesa, na mais representativa da sua carreira enquanto futebolista. Como titular, num conjunto inicialmente orientado por Henrique Calisto, o atleta rapidamente conseguiria afirmar-se como uma das principais figuras do plantel. Paralelamente, mesmo com algumas lutas a estenderem-se praticamente até ao último minuto, os objectivos do colectivo iam sendo executados. Com a manutenção assegurada, o currículo primodivisionário do jogador começaria a crescer e Martins acumularia, no seu trajecto profissional, um total de 4 épocas consecutivas a disputar a 1ª divisão do Campeonato Nacional.
Seria de regresso às pelejas da divisão de Honra que o infortúnio bateria à porta do defesa. Uma gravíssima lesão na coluna impossibilitaria o jogador de continuar a dar os seus préstimos ao Rio Ave. Mesmo ao manter-se contratualmente ligado ao clube vilacondense, com a derradeira partida a ocorrer na época de 2000/01, o atleta, com apenas 29 anos de idade, não mais voltaria a entrar em campo. Passaria, algumas temporadas mais tarde, a abraçar as tarefas de treinador. Como técnico, num percurso feito pelos patamares secundários e pelos escalões de formação, Martins já conta com experiências ao serviço de agremiações como o Arrifanense, o Carregosense, o Cesarense e o Lusitânia de Lourosa.