
Numa altura em que já exibia o estatuto de internacional, Manuel António Amaral Fonseca sairia dos escalões de formação do Atlético para fazer a estreia na equipa principal do conjunto sediado no lisboeta bairro de Alcântara. Antes da referida transição, a oportunidade sob a chancela da Federação Portuguesa de Futebol, com a orientação de José Maria Pedroto, surgiria no âmbito das partidas agendadas para os juniores. Depois desse jogo frente à Suíça, disputado em Alvalade a 27 de Março de 1974, desafio que também marcaria o arranque da caminhada de Fernando Gomes com as cores lusas, o atacante continuaria a ser arrolado às pelejas de Portugal. Com a “camisola das quinas” participaria num total de 18 contendas, divididas as mesmas, em partes iguais, pelo já aludido escalão e pelos “esperanças”. Já o grande destaque viria no final desse trajecto, com as suas presenças nas edições de 1976 e de 1977 do Torneio de Toulon.
Clubisticamente, com o atleta ainda em idade de júnior, as primeiras jornadas disputadas como sénior surgiriam na temporada de 1974/75. Com a estreia a acontecer pela mão de Fernando Vaz, mas com Guerreiro, Arcanjo e Prieto a revelarem-se como as prioridades nos diferentes alinhamentos do Atlético, Manuel Amaral ainda demoraria algum tempo até conseguir asseverar-se como um dos atletas de maior calibre na colectividade “alfacinha”. Em abono da verdade, tal afirmação nunca viria a acontecer nos anos cumpridos pelo jogador no Estádio da Tapadinha e seria preciso uma mudança de emblema para que o atacante começasse a ver a frequência da sua utilização a crescer.
Como membro do plantel do Belenenses a partir de 1976/77, a mudança de Manuel Amaral para o Restelo estaria intimamente ligada à contratação do seu último treinador no Atlético. Com Carlos Silva como “timoneiro”, o jogador, mesmo sem atingir a titularidade indiscutível, começaria a jogar com maior regularidade. Por outro lado, a grande novidade na primeira época ao serviço dos “Azuis” emergiria com a participação do clube nas provas de cariz continental. Nesse contexto competitivo, ao conjunto português, no sorteio da Taça UEFA, calharia em sorte defrontar o FC Barcelona. Com o atacante a ser chamado às duas mãos da 1ª eliminatória e apesar do afastamento do conjunto luso, o 2-2 no embate caseiro frente aos “Culés” de Neeskens ou de Cruyff, não deixaria de ser um momento inolvidável na carreira do avançado.
Após 4 temporadas a representar o Belenenses e um cúmulo de aproximadamente um cento de partidas disputadas pela agremiação a jogar em casa no Estádio do Restelo, Manuel Amaral voltaria a cambiar de emblema. No Sul do país a partir da campanha de 1980/81, o avançado passaria a envergar a camisola do Portimonense. No entanto, orientado por Manuel Oliveira, os números do jogador, ainda que a manter-se no escalão máximo do futebol português, cairiam drasticamente. Pior surgiria, na temporada seguinte, com a transferência para o Amora treinado por José Moniz e com a ausência de registos da sua presença em qualquer das rondas do Campeonato Nacional da 1ª divisão.
A partir do termo dessa época passada na Medideira, não encontrei mais pistas sobre a sua carreira. Com Manuel Amaral a contar, por essa altura, apenas 25 anos de idade, não sei dizer-vos se terá posto um ponto final na carreira ou se terá dado continuidade à mesma. Noutro sentido, em jeito de curiosidade, encontrei na rede LinkedIn um perfil com o mesmo nome do antigo futebolista e com uma fotografia, mesmo tendo em conta os anos de diferença, a quase “jurar-me” o ex-avançado como consultor imobiliário.

Nascido na antiga Jugoslávia, Zlatko Zahovic, ainda como praticante do Kovinar, seria descoberto por Milko Gjurovski, atleta do Partizan a cumprir o Serviço Militar Obrigatório em Maribor. Por razão do enorme potencial apresentado, o jovem jogador acabaria recomendado ao colosso de Belgrado. Pouco tempo depois, na temporada de 1989/90, o médio-ofensivo viria a ser integrado no plantel dos “Alvinegros”, onde, ao longo dos anos, viria a partilhar o balneário com os ex-sportinguistas Budimir Vujacic e Ivica Kralj e ainda com Milan Djurdjevic e com Goran Stevanovic, também eles conhecidos do desporto luso. No entanto, a forte concorrência, originada por um grupo de trabalho recheado de internacionais, levá-lo-ia, na época seguinte à da sua chegada, a um empréstimo ao Proleter Zrenjanin. Já o regresso ao clube detentor do seu passe, entregá-lo-ia a uma utilização mais regular e o facto de ser visto como um intérprete cerebral e de enorme capacidade técnica abrir-lhe-ia as portas da selecção sub-21 jugoslava.
Com o desmantelamento da Jugoslávia a dar ao currículo do jogador a primeira internacionalização “A” pela Eslovénia e com o palmarés recheado pela “dobradinha” conquistada, em 1992/93, nas provas da Sérvia, a Zahovic seria dada a oportunidade de escolher o estrangeiro para prosseguir a carreira. Com a chegada a Portugal a ocorrer em 1993/94, o médio-ofensivo seria apresentado como reforço do Vitória Sport Clube. Em Guimarães, inicialmente orientado por Bernardino Pedroto, o atleta não ficaria assustado pela qualidade do plantel minhoto. Ao lado de Dimas, Paulo Bento, N’Dinga, Pedro Barbosa, Ziad, entre outros, a facilidade com que conseguiria impor-se no “onze” espantaria até os mais optimistas. Como pilar das manobras tácticas idealizadas para os “Conquistadores”, os seus passes e a excelente visão de jogo depressa iriam pô-lo no topo dos melhores intérpretes a actuar nas provas lusas e, em paralelo, como grande referência da selecção do seu país.
Pela Eslovénia, os números conseguidos ao longo dos anos haveriam de inscrever o seu nome no rol de notáveis do desporto daquela nação. Muito mais do que as 80 internacionalizações conseguidas durante o percurso profissional, registo a mantê-lo, até 2004, como o jogador com mais jogos feitos pelo país, ou para além dos 35 golos concretizados, recorde ainda hoje na sua posse, Zahovic, convocado por Srecko Katanec, faria parte das comitivas que encetariam o caminho da selecção eslovena em grandes certames. Nesse sentido, o médio-ofensivo, com Miran Pavlin como companheiro de viagem, marcaria presença no Euro 2000. Também seria chamado às pelejas do Mundial de 2002. Todavia, na prova organizada entre a Coreia do Sul e o Japão, o médio, como em outras ocasiões, envolver-se-ia numa enorme polémica com o já referido treinador e acabaria por abandonar o torneio, após disputar uma única partida.
Regressando ao seu percurso clubístico, as boas exibições conseguidas com as cores do Vitória Sport Clube abrir-lhe-iam as portas de outros emblemas. No FC Porto a partir de 1996/97, o jogador daria um enorme contributo para os 3 últimos anos da inolvidável senda do “Penta”. Titular com António Oliveira, tal como sob a alçada de Fernando Santos, o médio-ofensivo seria uma das figuras da conquista de 3 Campeonatos, 1 Taça de Portugal e 2 Supertaças. A preponderância alcançada nos 3 anos a representar os “Dragões”, com a “Champions” a servir de principal escaparate, serviria para alimentar a cobiça de outros emblemas e com as transferências a envolver montantes significativos, o Olympiakos e o Valência seriam as colectividades seguintes na sua carreira.
As passagens de Zahovic pela Grécia e por Espanha, tal como destapado anteriormente, muito para além das prestações desportivas, ficariam marcadas por algumas polémicas vividas com os treinadores. No emblema helénico, as contendas com Dusan Bajevic e, depois da saída deste, com Alberto Bigon, seriam devidamente badaladas. Já em Valência, o choque acabaria por ser com Héctor Cúper. Ainda assim, apesar de tanta celeuma, há que relembrar a sua importância nos marcos alcançados por ambos os clubes e, nesses dois anos, após ajudar à vitória na Liga grega, o jogador participaria pelos “Che” na final da edição de 2000/01 da Liga dos Campeões onde, frente ao Bayern München e no desempate por grandes penalidades, falharia o remate que viria a dar a vitória ao emblema bávaro.
Depois de fracassadas as experiências relatadas no parágrafo anterior, o atleta, em 2001/02, chegaria ao Benfica. Com a colectividade lisboeta já a trabalhar sob a égide do Presidente Luís Filipe Vieira, a 3ª campanha do médio-ofensivo na “Luz” corresponderia ao regresso das “Águias” aos títulos. O troféu surgiria na disputa da Taça de Portugal de 2003/04. No Jamor, Zahovic começaria o desafio no banco de suplentes, mas no decorrer do segundo tempo seria chamado a jogo pelo treinador José António Camacho e contribuiria para o triunfo frente ao FC Porto. Nisso de conquistas, a campanha seguinte à última mencionada devolveria igualmente os “Encarnados” às vitórias no Campeonato Nacional. Contudo, mesmo ao ficar registado como um dos elementos vencedores da prova, o internacional esloveno, pouco utilizado por Giovanni Trapattoni, decidiria deixar Portugal a meio da época e, pouco tempo depois, viria a anunciar o final da carreira.
Em abono da verdade o termo da sua caminhada enquanto futebolista não aconteceria em Janeiro de 2005. Em paralelo com as funções de director para o futebol do Maribor, Zahovic voltaria a calçar as chuteiras. Na temporada de 2008/09, e na seguinte, passaria a envergar as cores do modesto NK Limbus Pekre, emblema onde o filho Luka Zahovic, actual internacional pela Eslovénia, jogava, à altura, no escalão de juniores.

Nascido na capital do País de Gales, seria no Cardiff City que John Benjamin Toshack encetaria a caminhada no futebol profissional. Logo nessa época de 1965/66, com 16 anos apenas, revindicaria para si o título do jogador mais novo de sempre a actuar pela equipa principal do clube, recorde entretanto batido, em 2007, por Aaron Ramsey. Praticante fisicamente poderoso, forte nas disputas aéreas e com boa propensão para o golo, rapidamente o avançado-centro começaria a impor-se no alinhamento inicial dos “Bluebirds”. Mesmo com o clube a militar nos escalões inferiores de Inglaterra, as diversas conquistas da Welsh Cup, competição a dar acesso às provas sob a alçada da UEFA, dariam ao jogador o destaque necessário para ser notado por outras colectividades. Nesse sentido, uma das edições da Taça dos Vencedores das Taças, a de 1967/68, levaria o clube avante até às meias-finais, caindo apenas aos pés dos alemães do Hamburger SV. Claro que outras portas também viriam a abrir-se para o atleta e a selecção nacional também serviria para projectar a sua carreira.
Com as cores do País de Gales, John Toshack estrear-se-ia a 26 de Março de 1969. Essa partida frente à Republica Federal da Alemanha, chamado por David Bowen, serviria de arranque para um trajecto que daria ao atacante, soma conseguida na passagem pelas três agremiações a comporem a sua carreira enquanto praticante, um total de 40 internacionalizações. Porém, a camisola que maior prestígio traria à sua senda enquanto desportista seria a do “todo-poderoso” Liverpool. Aos “Reds” chegaria com a temporada de 1970/71 já em andamento. Ainda assim, pouco tempo demoraria até ultrapassar a concorrência de outros colegas bem mais traquejados, como são exemplo Ian St. John, Ian Callaghan ou Peter Thompson. A partilhar o balneário com outro conhecido do cenário português, caso do antigo adjunto do Benfica Phil Boersma, seria com um dos nomes mais famosos do futebol mundial que formaria uma das duplas mais temíveis a actuar pelo emblema de Merseyside. No entanto, não seria apenas Kevin Keegan o único a dividir consigo o estrelato e, numa equipa orientada pelo mítico Bill Shankly e mais tarde por Bob Paisley, Ray Clemence, Emlyn Hughes, Kenny Dalglish, Graeme Souness, entre tantos outros, serviriam de esteio para uma série inolvidável de conquistas.
Já com o currículo recheado por 8 temporadas ao serviço do Liverpool e o palmarés colorido pelas vitórias em 3 Division One, 1 FA Cup, 1 Charity Shield e principalmente em 1 Taça dos Clubes Campeões Europeus, 2 Taças UEFA e 1 Supertaça da UEFA, o avançado decidiria regressar ao País de Gales. Já numa fase de mudança na sua ligação ao futebol, John Toshack assumiria, em 1978/79, o cargo de treinador-jogador do Swansea City. Mais uma vez de volta aos patamares inferiores das ligas inglesas, os anos passados à frente dos “Swans” serviriam para engrossar o seu rol de conquistas com mais algumas vitórias na Welsh Cup e, muiito à custa da chegada ao escalão máximo, para cevar os créditos enquanto técnico. Curiosamente, com o desenrolar da caminhada enquanto treinador, a aposta na contratação do antigo avançado viria do estrangeiro. Apresentado no Sporting como o “timoneiro” para a campanha de 1984/85, a escolha do Presidente João Rocha não traria grandes sucessos para os lados de Alvalade. Ainda assim, durante a passagem de alguns meses por Portugal, ficariam nos registos a tentativa de implementar um sistema com 3 defesas-centrais e, acima de tudo, as estreias de Oceano, Litos e Fernando Mendes com a camisola dos “Leões”.
Apesar do desaire na experiência lusa, a fama de John Toshack não sairia muito beliscada, com o convite da Real Sociedad a surgir logo de seguida. Aliás, grande parte dos êxitos da sua senda enquanto treinador emergiria das inúmeras épocas vividas em Espanha. Tendo estado também à frente do Real Madrid, do Deportivo La Coruña e do Murcia o técnico galês atingiria a glória com as conquistas, à frente dos “Merengues”, da La Liga de 1989/90, com o triunfo, ao liderar a referida agremiação basca, na Copa del Rey de 1986/87 ou com a vitória, com as cores do aludido emblema galego, na Supercopa de 1995/96. Para além do já referido, há também que registar os anos em que passou aos comandos do Besiktas, do Saint-Étienne, do Catania, dos azeris do Khazar, dos marroquinos do WAC, dos iranianos do Tractor ou ainda as experiências na selecção do País de Gales e na equipa nacional da Macedónia do Norte.

Começaria no “jogo da bola” à beira de casa. No modesto Maikes Fraião, essa temporada de 1992/93, a disputar os “regionais” da Associação de Futebol de Braga, serviria de arranque a uma carreira que, em abono da verdade, ninguém acreditaria que de tão forte viria a tornar-se. No entanto, bastariam 4 campanhas para que outro emblema reparasse nele. No Caçadores das Taipas continuaria a revelar-se como um praticante veloz, com boa técnica e dono de um remate certeiro e portentoso. Tais características, ainda que nas pelejas do 3º escalão, não tardariam muito a chamar a atenção de colectividades com outras ambições e o convite para o passo seguinte na sua caminhada competitiva surgiria com naturalidade – “O Mota foi ver dois jogos e deu aval para me contratar. Optei pelo Paços e fiz bem, longe de saber que, passado um ano, estava na Primeira Liga”*.
Na colectividade da “Cidade do Móvel” a partir de 1999/00, José Manuel da Silva Fernandes seria um dos nomes, nesse ano da sua chegada, a preencher o rol de atletas campeões da divisão de Honra. Tal feito levá-lo-ia, ainda como membro do Paços de Ferreira, a estrear-se no patamar máximo do futebol luso. Titular indiscutível, o extremo começaria a ser cogitado para outros cenários competitivos. Como resultado dessa aferição, as portas dos grupos de trabalho à guarda da Federação Portuguesa de Futebol abrir-se-iam para si. A estreia com a “camisola das quinas” aconteceria no âmbito das contendas marcada para a selecção “B”. Nesse sentido, o primeiro jogo por Portugal, a 22 de Janeiro de 2002, viria a ser um embate frente à Noruega. Ainda com as cores do país natal, também no contexto da mesma edição do Torneio Internacional do Vale do Tejo, o jogador ver-se-ia no alinhamento escolhido para enfrentar a Grécia e, desse modo, juntaria ao currículo uma 2ª internacionalização.
Após cumprir 5 temporadas pelos “Castores”, com 148 partidas e 31 golos a somar ao trajecto desportivo, José Manuel mudaria de clube. No plantel do Boavista de 2004/05, o atacante sublinhar-se-ia como um elemento de indubitável cariz primodivisionário. Orientado inicialmente por Jaime Pacheco, o atleta manter-se-ia, ao longo dos 3 anos a competir pelas “Panteras”, como um dos elementos mais importantes nas manobras tácticas idealizadas para a colectividade portuense. Ainda assim, a primeira ligação do extremo aos “Axadrezados” conheceria o fim. A agremiação seguinte seria o Sporting de Braga e ano de regresso ao Minho precederia um novo desafio arremessado por um velho conhecido – “Fui para o Leixões porque o José Mota convidou-me para ajudá-lo. E eu «tudo bem, vamos lá»”*.
Ao serviço do emblema de Matosinhos completaria um ciclo de uma década a competir na 1ª divisão. Para além disso, logo no ano de entrada no Estádio do Mar, contribuiria para o 6º lugar da tabela classificativa, obtido com o termo do Campeonato Nacional de 2008/09. Já definitivamente afastado do escalão máximo, seguir-se-iam duas temporadas ao serviço do Trofense, o Boavista já nas garras de uma grave crise, o regresso ao Caçadores das Taipas e o fim da carreira como futebolista depois de uma época a envergar as cores do Académico Martim. Retirado da competição, José Manuel passaria a dedicar-se a outras actividades e, para além da dedicação dada à sua propriedade agrícola, o antigo avançado, na distribuição de bens, entregar-se-ia às tarefas de condutor de veículos pesados.
*retirado do artigo de Ricardo Jorge Castro, publicado a 25/04/2019, em https://maisfutebol.iol.pt

Formado, em grande parte, no Vitória Futebol Clube, seria a transição para o patamar sénior a fazer com que Jorge Miguel Ferreira dos Santos deixasse a cidade de Setúbal para abraçar a oportunidade de envergar as cores do Desportivo de Beja. No novo emblema a partir da temporada de 1994/95, o extremo passaria a disputar a 3ª divisão. Mesmo afastado dos principais palcos do desporto luso, o jogador saberia manter as suas exibições em níveis bem acima da média e haveria, desse modo, por despertar a atenção de outros emblemas. Em abono da verdade, a transferência para o Campomaiorense estaria directamente ligada à contratação de Diamantino Miranda, técnico que tinha orientado o jogador na colectividade do Baixo Alentejo. O referido treinador, adepto das suas qualidades como praticante, aconselharia a sua contratação e com chegada ao “Galgos” a ocorrer na campanha de 1996/97, rapidamente o atacante viria a assumir-se como um dos esteios da agremiação.
Logo no ano da chegada a Campo Maior, onde marcavam presença atletas de grande gabarito, como são exemplo Reinaldo, Gonçalves, Álvaro, Paulo Sérgio, Sousa, Joel, Portela, Vítor Manuel, Nuno Luís, Abel Silva, Jorge Ferreira, entre outros, Jorginho também inscreveria o nome no regresso do emblema sediado no distrito de Portalegre ao convívio com os “grandes”. Ao estrear-se na 1ª divisão, o extremo, ao confirmar as habilidades para a prática do “jogo da bola”, abriria novas portas para a carreira. Uma delas seria a da Federação Portuguesa de Futebol. Nesse contexto, a primeira aparição do atacante com a “camisola das quinas” surgiria no âmbito das pelejas agendadas para os sub-21. Chamado ao mencionado escalão pela dupla Jesualdo Ferreira/Rui Caçador, o jogador, a 6 de Junho de 1997, entraria em campo numa partida frente à Albânia. Ainda no que diz respeito ao seu percurso internacional, o avançado ainda envergaria mais uma vez as cores lusas e a 25 de Janeiro de 2001 somaria, pela selecção “B”, mais um encontro ao currículo.
Apesar de ter sido um dos clubes mais importantes na carreira de Jorginho, nem só coisas boas o atacante viveria no tempo passado com o Campomaiorense. Algumas mazelas físicas haveriam de atrapalhar a sua evolução. No entanto, o grande amargo de boca viria com as negociações falhadas entre o Presidente João Manuel Nabeiro e os representantes do Salamanca, as quais acabariam por inviabilizar a transferência do avançado para o emblema espanhol. Ainda assim, outros momentos transformar-se-iam em capítulos de inolvidável preponderância na sua caminhada desportiva. Um desses episódios seria a presença dos “Galgos” na final da Taça de Portugal de 1998/99. Todavia, mais uma vez o azar bateria à porta do extremo e para além da lesão a afastá-lo do encontro disputado no Estádio Nacional, o atacante ainda veria os colegas a sair do Jamor sem o almejado troféu.
Depois de 6 temporadas a competir pelo Campomaiorense e dos 90 jogos disputados na 1ª divisão, partidas essas a fazer do extremo o 3º atleta com mais jornadas cumpridas pelo clube no escalão maior, Jorginho, com a extinção do futebol profissional no emblema alentejano, passaria a representar a Académica de Coimbra. Pelos “Estudantes”, onde chegaria como reforço para a campanha de 2002/03, cumpriria as 2 últimas temporadas entre os “grandes”. De seguida, já nos patamares secundários, emergiriam no seu caminho o Académico de Viseu, o Imortal e o Maia. Por fim, outras 5 épocas com as cores dos “Galgos” precederiam 1 ano a representar “O Elvas” e, à beira de atingir os 40 anos de idade, surgiria o fim da sua carreira com o encerrar das provas agendadas para 2013/14.